Mario Sabino
Metrópoles
Não tem limite a história da carochinha de que o governo brasileiro está trabalhando para uma “saída negociada” com Nicolás Maduro. Agora, joga-se a culpa pelo fracasso certo nos opositores venezuelanos.
Na versão que governo brasileiro transpira para a imprensa, ao assinarem uma carta em que pedem aos países vizinhos que reconheçam a vitória da oposição venezuelana na eleição presidencial, Edmundo González Urrutia, o verdadeiro vencedor, e María Corina Machado, essa mulher extraordinária que foi impedida de se candidatar, teriam dificultado o trabalho do Brasil, México e Colômbia junto ao ditador.
INCONFIÁVEL – Nicolás Maduro não é digno de mínima confiança. Basta ver como ele rasgou os Acordos de Barbados, que previam uma eleição presidencial limpa e escrutinada por observadores internacionais das grandes nações democráticas. Basta ver como ele simplesmente ignorou o resultado das urnas, declarando-se vencedor.
Até onde a vista alcança, não há negociação possível com um vigarista desses. Se ele sair do poder, dará margem a que seja preso por associação com o narcotráfico, crime pelo qual é acusado nos Estados Unidos. E o ditador se sente suficientemente forte para recusar um exílio dourado, onde possa gozar da fortuna que roubou e esteja livre de ser preso.
Ele teria de ser saído, mas os militares estão com ele até o momento, apesar de todos os apelos dos opositores.
GUAIDÓ 2 – O governo brasileiro vende a ideia de que é preciso evitar um cenário “Guaidó 2”. É uma malandragem. Ao presidir a Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó autoproclamou-se presidente do país, em desafio ao ditador, e foi reconhecido como “presidente interino” por Estados Unidos e União Europeia. Com o passar do tempo, mostrou-se um personagem de ações e caráter duvidosos.
Edmundo González Urrutia, não. Ele venceu uma eleição presidencial majoritária. Está longe de ser um “Guaidó 2”.
A sua legitimidade como presidente eleito é inquestionável de qualquer ponto de vista, como reforçou a carta pró-democracia assinada por 30 ex-presidentes estrangeiros que cobraram do presidente brasileiro uma posição firme sobre a situação escandalosa na Venezuela.
REFÉNS DO PASSADO – Lula e o PT são aliados históricos do chavismo. Reconhecer o logro e a falência do regime de Nicolás Maduro implica admitir que os adversários do petismo sempre tiveram razão sobre o regime na Venezuela e sobre as reais intenções do Foro de São Paulo.
Lula e a diplomacia brasileira estão reféns desse passado que condena o partido e o seu chefe.
Por último, mas não menos importante, Nicolás Maduro pode ser muito inconveniente: sabe demais sobre o que aconteceu além das suas fronteiras nos últimos 20 anos.
Somente blá, blá, blá
De acordo com a história do golpismo na América Latina, o caos venezuelano só mudaria com um golpe de estado contra o Maduro que, se eleito ou não, ocupa efetivamente a presidência do país.
E golpes latino-americanos foram feitos geralmente por forças armadas com intervenção estrangeira (leia-se Estados Unidos), a exemplo do Brasil em 1964, do Chile em 1973 e da Argentina em 1976.
O resto seria blá, blá, blá.
Jordan Maxwell, afirma:
“O governo: Eu digo, de novo, e é apenas o que acredito, mas penso que no governo tudo se resume a uma guerra entre os Crips e os Bloods (gangues americanas). [risos] É apenas isso. Uma gangue é superior a outro gangue, a não ser é claro que a outro gangue ganhe um pouco mais de dinheiro e fique um pouco mais vingativa, e agora eles tomam a cidade. Então é uma querra entre gangues.
Porque no final de contas, tudo se resume a apenas uma coisa: Somos todos humanos e os humanos, como Matin Luther King disse — as pessoas são organizações.”
PS. Continua, em: https://projectavalon.net/lang/pt/jordan_maxwell_awake_and_aware_pt.html
Dilema venezuelano
O ditador Maduro é uma aberração, e seus opositores também parecem não ser lá essas coisas…
Da mesma forma patética que Edmundo Ganzález faz agora, Juan Quaidó também se autoproclamou presidente em 2019, tentando já naquela época destituir Nicolás Maduro da presidência, coisa que nunca conseguiu.
Foi só blá, blá, blá.
Se a “”Mãe da Impunidade” alça e revesa seus arregimentados e irmanados filhos e se estes fazem parte dessas gangues, provado está sua cumplicidade em todos os programados descaminhos desabonadores de governos e instituições das nações flagradas em tal meio e fim, restando TRAIDORA e SUBVERSIVA como dessimiinada e internacional qualificação!
PS. Quem a utiliza e lucra com essas má ações?
Digo: disseminada….
Lula e Mauro são membros do cartel narco-socialista do Foro de São Paulo. Os seus rabos estão presos um ao outro por um cabo de aço 6x19M. O ladron Lula da Silva não pode abandonar quem lhe enviou milhões de narco-dólares, via malotes diplomáticos, usados para comprar mandatos políticos e ministros das cortes superiores. Somente rematados idiotas acreditam que minstros do STF, que condenavam a roubalheira da quadrilha lulista, soltaram o ladrão pelo bem da democracia.
Maduro prova que ditadores chegam ao poder pela via do voto, mas não saem dela por esta mesma via. O fim da ditadura venezuelana tão cedo não chega, talvez com a morte do ditador, ou com uma muito improvável revolta militar a Venezuela volte à democracia, mas esta é uma hipótese muito improvável de acontecer.
Maduro só sai com facada na barriga ou no tiro na orelha.
Então não sai.