“Vamos falar quando tudo acabar”, diz Tomás Paiva sobre o golpe

Comandante do Exército rebate Eduardo Bolsonaro e diz que prisão de Mauro  Cid foi 'dentro da lei'

Paiva vai fingir que não viu o envolvimento de militares

Diógenes Freire Feitosa
Gazeta do Povo

O comandante do Exército, general Tomás Ribeiro de Paiva, disse que só se manifestará sobre a operação da Polícia Federal (PF) que prendeu militares por participação em suposta trama golpista após o fim de todas as operações.

“Isso nós vamos falar quando terminar todas as operações da PF e recebermos os inquéritos. Aí teremos uma informação mais oficial”, afirmou o general. A declaração foi dada durante cerimônia de abertura do exercício Perseu, na Base da Aviação do Exército, em Taubaté, no Vale do Paraíba.

INDICIAMENTO – Na semana passada, a Polícia Federal (PF) indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 36 pessoas por suspeita de participação em plano golpista, incluindo ex-ministros, militares, policiais federais e um padre.

De acordo com a PF, o suposto plano previa até o assassinato do presidente Lula (PT), de seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

Conforme noticiou a Gazeta do Povo, quatro dos militares do Exército presos estariam ligados aos “kids pretos”, nome informal atribuído aos militares de operações especiais que usam gorro preto.

CORTE DE GASTOS – Ao falar sobre o pacote de corte de gastos estudado pelo governo que prevê a suspensão do pagamento dos vencimentos de militares condenados ou expulsos da Força Terrestre, o general Tomás Paiva disse que o assunto está sendo discutido pelos Ministérios da Fazenda e da Defesa.

“As medidas que estão sendo tomadas não são direcionadas a ‘a’ ou a ‘b’, mas são direcionadas para poder ajudar o Brasil como um todo a encontrar soluções para os problemas emergenciais que ele está atravessando”, afirmou o comandante do Exército.

Na semana passada, o ministro da Defesa, José Múcio, disse que acatou o pedido do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre as medidas de corte de gastos. Entre outras coisas, a proposta apresentada por Haddad prevê alterações nos gastos com a aposentadoria dos militares e na progressão de carreira. 

IDADE MÍNIMA – Múcio confirmou que também está em debate uma alteração na idade mínima para o militar seguir para a reserva remunerada. Hoje, a idade mínima é de 55 anos.

Atualmente, o militar precisa ter 35 anos de serviço para ir à reserva. A mudança pode aumentar o tempo de serviço em três anos.

O corte ainda prevê o fim do benefício pago a familiares de militares expulsos das Forças Armadas; o aumento do desconto para os fundos de saúde para 3,5%; e o fim do pagamento de pensão para parentes como pais e irmãos (beneficiários em segunda ordem) depois de já concedido o benefício para cônjuge e filhos (beneficiários em primeira ordem).

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
É melhor mesmo que o comandante fique calado. Se abrir a boca, terá de mentir, porque a imensa maioria dos oficiais é antilulista e estava animadíssima com o golpe, caso houvesse alguma suspeita com as urnas ou com a apuração. (C.N.)

4 thoughts on ““Vamos falar quando tudo acabar”, diz Tomás Paiva sobre o golpe

  1. Bora, Dolinha, arrebenta com o Ladrão Desgraçado…!!!

    Dólar bate R$ 6 pela primeira vez após anúncio de pacote de cortes de gastos com isenção no IR

    O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem tentado tranquilizar o mercado ao explicar que a reforma de renda será neutra

  2. Senhor Carlos Newton , por qual cargas d’água esses caras não impediram a reabilitação política de Lula , ainda no nascedouro ao invés de se meterem nessa trama pastelão .

  3. Segundo o CN, “a imensa maioria dos oficiais é antilulista e estava animadíssima com o golpe, caso houvesse alguma suspeita com as urnas ou com a apuração”.

    Discordo.

    Para a imensa maioria desses caras essa condição é (e era) irrelevante. Gostam mesmo é de GOLPE, desde 1889, pelo menos, né Dodô?

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