Tarcísio não é dono de seu destino e terá de ser candidato ao Planalto

Tarcísio de Freitas é o 14º ministro diagnosticado com covid-19

Na direita, Tarcísio é o único que poderá enfrentar Lula

Ricardo Corrêa
Estadão

Quantas vezes você já ouviu o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, dizer publicamente que pretende disputar a reeleição ao governo de São Paulo? Foi o que se deu, de novo, no início da semana, ao deixar a casa do ex-presidente Jair Bolsonaro. Também nos bastidores, vários aliados ouvem o mesmo. Ninguém acredita, porém, e as perguntas sobre o assunto continuam pipocando. E a razão é muito simples: Tarcísio não é mais dono de seu próprio destino.

Eis uma lição clássica que políticos mais antigos sempre repetem quando questionados sobre uma decisão sobre candidatura. Chega um momento em que você vai, empurrado ou não, queira ou não, no sacrifício ou não, para qualquer disputa. É exatamente o que pode se passar com Tarcísio. Por bons e maus motivos. Empurrado ou barrado pelo Centrão de um lado e por Bolsonaro de outro.

ALTA VIISIBILIDADE – O bom motivo é que ninguém é empurrado à cabeça de chapa de uma eleição ao mais importante do País sem que tenha se tornado uma figura de alta viabilidade. Tarcísio conquistou prestígio político e passa a ideia de alguém que pode vencer, razão pela qual as figuras do centrão que orbitavam o bolsonarismo o querem na campanha.

Esses grupos ao centro e na centro-direita, que até chegaram a tolerar a participação em uma gestão petista mas que sempre quiseram mais, veem o governador de São Paulo como o cara capaz de vencer.

Há, porém, a voz forte o suficiente para mexer com os destinos de Tarcísio de Freitas: o ex-presidente Jair Bolsonaro. E é por isso que aliados dizem que, se Bolsonaro pedir, Tarcísio, a contragosto, disputará a Presidência. Está expresso em reportagem de Bianca Gomes e Pedro Augusto Figueiredo publicada neste Estadão, acerca da visita de Tarcísio a Bolsonaro.

SERIA MISSÃO – Recentemente, um aliado de Tarcísio explicitava com mais detalhes esse raciocínio. Usava como argumento a disciplina militar e o senso de que “missão dada é missão cumprida”.

Dizia ele que, uma vez que Bolsonaro passasse uma missão a Tarcísio, o homem que ele inventou para a política, seja por gratidão ou pelo desafio, Tarcísio não poderia dizer não.

Hoje, o governador diz que tem interesse em disputar a reeleição. Nem poderia ser diferente. Não poderia atropelar a palavra de Bolsonaro e seus familiares, que estrilam apenas com um movimento mais dúbio do governador. Ele não está autorizado a dizer nada diferente.

VITÓRIA TRANQUILA – Além do mais, preferir a disputa do Bandeirantes faz sentido. Tarcísio tem uma eleição considerada bastante viável em São Paulo e se manteria como um nome cotadíssimo para 2030, quando a disputa nacional tende a estar mais aberta.

Na esquerda, não estará mais o único homem que ganhou três eleições nacionais, elegeu aliados outras duas vezes e que, neste século, só viu seu grupo político perder uma disputa ao Planalto quando estava preso. Por mais que enfrente desgaste e uma popularidade claudicante, Lula, candidato a reeleição, é um nome sempre difícil de ser batido.

Há também os dissabores que Tarcísio terá que enfrentar se aceitar a empreitada. Se hoje ele já enfrenta as pressões do bolsonarismo, incluindo uma parcela ainda mais radical comandada por Eduardo Bolsonaro, imagine quando ele não tiver mais o controle do Estado, em abril do ano que vem, quando terá que se desincompatibilizar.

CARTILHA DA FAMÍLIA – Será obrigado a rezar a cartilha da família sem qualquer questionamento, sob o risco de ser abandonado ou traído, sem nada, com o lançamento de uma candidatura com o sobrenome de Jair.

Significa dizer que terá que defender a pauta radical que o bolsonarismo exige, gastando imagem e capital político, mesmo sob o risco de se tornar o cabra marcado para perder.

Mesmo sabendo de tudo isso, Tarcísio muito provavelmente precisará dizer sim se essa for a vontade de Bolsonaro. E cada vez mais parece não haver alternativa para o ex-presidente. O plano A da família, decantada a inelegibilidade de Jair, seria Eduardo. A campanha americana do deputado federal tornou essa possibilidade remota. Ele não poderá voltar ao Brasil. Será condenado e tornado inelegível. É carta fora do baralho da urna.

DESTINO DE TARCÍSIO – As ações no exterior em conspiração com Trump para salvar o pai afetaram também qualquer um com o mesmo sobrenome. De Jair a Michelle, passando por Flávio. As pesquisas mostram que a rejeição à família aumentou. Razão pela qual escolher um nome do núcleo se tornou mais difícil. A não ser que a vitória não esteja mais no horizonte.

Se Lula melhorar a ponto de se tornar um favorito mais claro, a família Bolsonaro pode escolher perder com um dos seus para tentar manter o controle da direita. Como fez Lula em 2018, ao se recusar a apoiar um nome viável de outro partido.

Se a disputa estiver aberta, como está hoje ainda, contudo, com qualquer alternativa a anistia ou ruptura por pressão externa fracassando, Bolsonaro terá que escolher quem tem mais chance de seu grupo. Apostando em um indulto, por mais polêmico e difícil que seja. Este nome é Tarcísio. E seu destino será concorrer.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Excelente artigo de Ricardo Corrêa, ex-editor de Política de O Tempo, que reforça o time de analistas do Estadão. (C.N.)

Câmara avança contra Eduardo Bolsonaro e mantém impasse sobre Zambelli

É cada vez mais difícil manter um blog independente, sem cair na baixaria política

Futuro do Brasil avança com pernas curtas: as fake news - Blog do Ari Cunha

Charge do Ivan Cabral (ivancabral.com/)

Carlos Newton

Neste clima de insensata polarização, é preciso ter paciência para manter um blog independente, que funcione sob o signo da liberdade e esteja realmente aberto a todas as tendências político-ideológicas. Chega a ser uma utopia em hora errada.

Como dizia o jornalista Helio Fernandes, as pessoas não estão acostumadas a esse excesso de liberdade e muitos cidadãos-contribuintes-eleitores sequer concordam com isso. Pelo contrário, querem que sua corrente partidária torne-se hegemônica e que as outras facções simplesmente sejam extintas. É justamente o que constatamos aqui na TI.

ESPAÇO ABERTO – Temos articulistas que se dizem de esquerda e defendem o governo Lula da Silva apaixonadamente. Mas há outros, também de esquerda, que não apoiam o PT. Na direita e no centro, então, a diversidade é ainda mais impressionante.

Estamos fazendo este esclarecimento devido ao clima de radicalização, que nos obriga a ler os comentários com a máxima atenção, para expurgar as ofensas e os palavrões que alguns insistem em escrever.

Mas não adianta. Jamais permitiremos ofensas e palavrões. A Tribuna da Internet nasceu livre e assim permanecerá, enquanto deixarem, porque na antiga Tribuna da Imprensa estivemos sob censura prévia durante 10 anos seguidos – de 1968 a 1978.

BALANÇO DE SETEMBRO – Vamos agora divulgar o balanço das contribuições feitas em setembro pelas amigas e amigos que participam dessa utopia de manter um espaço livre na internet.

Primeiro, os depósitos na Caixa Econômica Federal.

DIA   REGISTRO   OPERAÇÃO         VALOR
01     000001       TED J.VIDAL………..40,00

01     011796       DEP DIN LOT……..100,00
10     101203       DEP DIN LOT……..100,00
17     171608       DEP DIN LOT……..100,00
23     230925       DEP DIN LOT……..230,00
23     231539      DEP DIN LOT………..50,00
23     231539      DEP DIN LOT………..50,00

Agora, os depósitos feitos no banco Itaú/Unibanco:

01     PIX 099122 JOSÉ FR……………150,00
01     TED 133359 ROBR.SD…………200.00
03     TED 0015977 JOSEPJ………….303,09
15     TED 0010416 MARIO AS……..300,00
29     PIX TRANSF DUARTE…………..180,00
30     TED 133359 ROBR.SD………..200,00

Agradecendo muito às amigas e aos amigos que nos acompanham nessa utopia de um espaço verdadeiramente livre, vamos em frente, sempre juntos.

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Fardas no banco dos réus: Dino marca início do julgamento dos ‘kids pretos’

Núcleo é composto por maioria de militares

Márcio Falcão
G1

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), marcou nesta segunda-feira (6) o início do julgamento do “núcleo 3”, dos chamados “kids pretos”, na Primeira Turma da Corte, para 11 de novembro. Também foram reservadas as datas em 12, 18 e 19 de novembro.

As sessões serão realizadas pela manhã, das 9h às 12h. Nos dias 11 e 18 especificamente também haverá sessões à tarde, das 14h às 19h. No dia 11 de setembro, a Primeira Turma condenou os oito integrantes do chamado núcleo crucial da trama golpista. Entre eles, está o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), cuja pena foi fixada em 27 anos e 3 meses de prisão.

“AÇÕES COERCITIVAS” – Já o núcleo 3 é composto por maioria de militares e, segundo a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), foi responsável por “ações coercitivas”. Eles também são chamados de “forças especiais”— militares da ativa ou da reserva do Exército, especialistas em operações especiais.

Segundo a PF, entre as ações elaboradas pelos indiciados desse grupo havia um “detalhado planejamento operacional, denominado ‘Punhal Verde e Amarelo’, que seria executado no dia 15 de dezembro de 2022” para matar os já eleitos presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB).

CRIMES – Eles respondem pelos crimes de: organização criminosa armada; tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano qualificado pela violência e grave ameaça, contra o patrimônio da União, e com considerável prejuízo para a vítima; deterioração de patrimônio tombado.

São réus nesse núcleo: tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo Júnior; tenente-coronel Sérgio Cavaliere de Medeiros; coronel Marcio Nunes de Resende Júnior
coronel Fabrício Moreira de Bastos; coronel Bernardo Romão Corrêa Netto; Wladimir Matos Soares, agente da Polícia Federal (PF); tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo; tenente-coronel Rafael Martins de Oliveira; tenente-coronel Hélio Ferreira Lima e o general Estevam Gaspar de Oliveira. As defesas dos réus negam a participação na trama golpista.

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Disputa por emendas transforma Orçamento em novo campo de batalha

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A mais forte das armas, segundo a poesia de Fagundes Varella

👉 FAGUNDES VARELA, uma notável inspiração poética. - YouTube

Fagundes Varela, grande poeta fluminense

Paulo Peres
Poemas & Canções

O poeta Luís Nicolau Fagundes Varella (1941-1975), nascido em Rio Claro (RJ), indaga qual é a mais forte das armas, a mais firme, a mais tremenda, e nos surpreende com a conclusão a que conseguiu chegar.

ARMAS
Fagundes Varela

– Qual a mais forte das armas,
a mais firme, a mais certeira?
A lança, a espada, a clavina,
ou a funda aventureira?
A pistola? O bacamarte?
A espingarda, ou a flecha?
O canhão que em praça forte
faz em dez minutos brecha?

– Qual a mais firme das armas? –
O terçado, a fisga, o chuço,
o dardo, a maça, o virote?
A faca, o florete, o laço,
o punhal, ou o chifarote?

A mais tremenda das armas,
pior que a durindana,
atendei, meus bons amigos:
se apelida: – a língua humana.

Lula conversa com Trump, troca telefones e pede retirada de sobretaxas

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Derrubada da PEC de Bandidagem se tornou numa lição a todos os brasileiros

Hugo Motta: TCU investiga Republicanos por viagem em jatinho

Hugo Motta não tem condições de presidir a Câmara

Roberto Nascimento

Vivemos uma era de grave retrocesso político. O maior exemplo dessa deformação social foi a recente aprovação, na Câmara dos Deputados, da chamada PEC da Blindagem, que recebeu até votos de petistas e imediatamente passou a ser conhecida como PEC da Bandidagem.

Tratava-se de uma emenda constitucional destinada a proteger quem se apropria do dinheiro das emendas parlamentares, numa sinistra reedição do chamado Orçamento Secreto. Aliás, na mesma votação, tiveram a audácia de aprovar também o voto secreto.

SEM TRANSPARÊNCIA – Portanto, logo se conclui que os deputados consideram que transparência só serve para os outros, porque para eles, os espertos representantes do povo, tudo deve ser secreto e na calada da noite.

A aprovação da PEC da Bandidagem foi uma das maiores vergonhas do Parlamento brasileiro. No entanto, teve também um resultado altamente positivo e esclarecedor.

É que a desfaçatez da Câmara fez ressurgir a voz das ruas, provocando, espontaneamente, uma espécie de união suprapartidária com tal intensidade que o Congresso teve de recuar.

UMA LIÇÃO – Uma semana depois, a Comissão de Constituição e Justiça do Senado arquivou por unanimidade a proposta indecente, embora o influente senador Flávio Bolsonaro tenha feito um apelo pela aprovação, ao afirmar que a PEC da Bandidagem tinha sido apresentada para garantir a sobrevivência dos parlamentares, que, segundo ele, estariam sendo acuados pelo Supremo Tribunal Federal. Havia senadores que apoiavam essa esdrúxula tese, mas acabaram votando pelo arquivamento.

Esse importantíssimo episódio político e parlamentar não pode ser esquecido, pois precisa servir de lição a todos os brasileiros. É um exemplo de que o debate sobre a internet e sua influência sobre a coletividade deve ser travado não somente mostrando os exemplos negativos, mas também os positivos. Pensem sobre isso.

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Uma coisa é certa: Donald Trump não é nada bobo

Carlos Newton

Ao contrário do que a imprensa anda especulando, reunir-se com o presidente brasileiro Lula da Silva não é nenhuma prioridade para Donald Trump. Na verdade, seu comportamento é imprevisível, nunca se sabe como ele se posicionará, porque faz questão de ser uma metamorfose ambulante mais surpreendente do que Raul Seixas.

O fato concreto é que Trump tem muitos assuntos importantes para tratar e que envolvem interesses diretos dos EUA e que ele, desde a campanha de eleitoral vem prometendo resolver, como as duas principais guerras em andamento, em meio aos mais de 110 conflitos armados de caráter interno (guerras civis), aos quais Trump não dá a mínima importância.

TARIFAÇO – A maioria dos 193 países da ONU só interessa a Trump comercialmente, e ele já tocou o assunto através do tarifaço. O mais incrível é que inicialmente o Brasil foi um dos países de menores tarifas, apenas 10%.

Mas Lula precisava ganhar votos antecipadamente, bancou o gostosão e resolveu enfrentar os EUA. O resultado foi patético – Trump, sem fazer comentários, simplesmente elevou a tarifa brasileira para 50% e Lula está dando fricotes até agora.

Preocupado com sua reeleição, o petista vestiu a camisa de um nacionalismo de miopia progressiva, era uma declaração atrás da outra, e Trump calado, sem comentar as fanfarronices de Lula, mas prosseguindo na suspensão de vistos e na aplicação da Lei Magnitsky, em resposta aos erros jurídicos de Moraes e sua troupe.

IDIOTICE TOTAL – O problema é que Moraes consegue ser mais idiota do que Lula e Bolsonaro, juntos e somados. Alucinadamente, o ministro do Supremo colocou o Brasil em péssima situação, ao determinar que as redes sociais estrangeiras cumprissem determinações monocráticas dele que inclusive desrespeitam as leis de nosso país, como o Marco Civil de Internet.

Juridicamente, isso é uma maluquice completa. Porém, Moraes ainda não estava satisfeito e passou a requerer também a extradição de brasileiros, mas as autoridades da Interpol e do governo Joe Biden simplesmente desconheciam essas “ordens”, por julgá-las ilegais pela Primeira Emenda que sustenta a democracia americana.

Essa crise não tem volta, porque as autoridades americanas  não aturam esse tipo de ofensa aos direitos humanos. E Trump pouco tem a ver com isso…

REUNIÃO COM LULA – O tempo passa, e a tal conversa com Lula vai ficando para as calendas, como se dizia antigamente. Lula não tem força política para passar a borracha nos erros do ministro Alexandre de Moraes e criou-se o impasse.

Mesmo que os dois presidentesse encontrem durante o encontro da FAO em Roma ou na outra reunião internacional em Kuala Lumpur, isso não significa que as sanções serão interrompidas ou haverá um acerto sobre tarifas.

Há muitas outras coisas a separar Trump e Lula que dependem de um passo atrás do político brasileiro, como a defesa de uma nova moeda internacional, mas Lula agora precisa ser um refinado socialista que defende o nacionalismo soberano, caso contrário não ganha a eleição. Enquanto isso, Trump se diverte torturando as autoridades brasileiras. Comprem pipocas.

Lições do fracasso golpista de Bolsonaro e do avanço de Trump

TCU gasta R$ 770 mil em reforma de apartamento de apenas um ministro

Anastasia tomou posse no TCU em fevereiro de 2022

Por Rayssa Motta
Fausto Macedo
Estadão

Em tempos de crise e corte de R$ 1,4 bilhão no orçamento – atingindo principalmente a Saúde – o Tribunal de Contas da União (TCU) fechou um contrato de R$ 770 mil para reformar o apartamento funcional ocupado pelo ministro Antonio Anastasia, em Brasília.

Ex-senador pelo PSDB, Anastasia tomou posse no TCU em fevereiro de 2022. O ministro ocupa um imóvel provisório, enquanto aguarda a conclusão da reforma. As obras começaram em junho e estão previstas para seguir até dezembro. A informação foi divulgada pelo portal Metrópoles e confirmada pelo Estadão.

“VANTAGENS INDENIZATÓRIAS” – Em junho, o ministro recebeu R$ 75,6 mil a título de “vantagens indenizatórias” – rubrica usada para ressarcimento por “despesas e prejuízos”. Em julho, o valor foi de R$ 59,9 mil. Em agosto e setembro, de R$ 16,9 mil. Os pagamentos não entram no cálculo do teto remuneratório.

Procurado, o TCU disse que a reforma “foi objeto de licitação” e que a proposta vencedora reduziu o valor global estimado para a obra em 17,2%. O tribunal afirmou também que não está custeando moradia para o ministro durante a renovação do apartamento funcional.

A remodelação será completa no apartamento reservado a Anastasia. Todas as instalações elétricas, hidráulicas e sanitárias estão sendo trocadas, assim como pisos, revestimentos, esquadrias, louças, acabamentos de metal e armários. O sistema de aquecimento da água dos banheiros, que era de chuveiro elétrico, passará para boiler elétrico. E novos aparelhos de ar condicionado serão instalados.

REFORMA – O TCU fez um estudo técnico preliminar antes da contratação. Essa é uma etapa obrigatória para a assinatura de contratos por qualquer órgão público. O estudo aponta a necessidade de reforma do apartamento, “posto que será ocupado por autoridade”. “Sendo necessária a adaptação dos acabamentos à padronização do TCU, a modernização de sistemas e instalações e a adaptação do imóvel às necessidades dos futuros ocupantes”, diz um trecho do documento.

O TCU afirma que os pisos “estão muito desgastados e, em parte, manchados, gastos ou quebrados”. Os revestimentos estão sendo substituídos por peças de porcelanato, sob a justificativa de que o material é “superior ao existente, com durabilidade superior e tecnologia que garante resistência e modularidade adequadas ao imóvel”.

A Corte de Contas também considerou que as esquadrias de ferro precisavam ser trocadas porque não eram suficientes para o isolamento térmico e acústico do apartamento, “ocasionando incômodos”, “atritos e barulhos desagradáveis”.

VALOR ELEVADO – “Não obstante o valor mais elevado de janelas acústicas de alumínio, o custo-benefício da troca de sistema é muito significativo, dada a leveza, desempenho e versatilidade do conjunto. Esse tipo de sistema já vem sendo utilizado na maior parte dos edifícios novos que são construídos na cidade”, segue o relatório do TCU.

As bancadas de granito, “com sinais claros de desgaste por ação de produtos químicos e de trincas superficiais”, e as louças e metais “de modelos ultrapassados”, serão removidas e substituídas por materiais novos. Ao final da reforma, está prevista a impermeabilização e pintura do imóvel.

Inicialmente, o TCU previa gastar R$ 930 mil com a série de melhorias no apartamento, mas a proposta vencedora da MRC Engenharia e Construção reduziu o valor final do contrato. O custo total inclui gastos com mão de obra.

Acredite se quiser! Ancelotti diz que “não está obrigado” a vencer a Copa

Ancelotti announces first Brazilian national soccer team call-up | Agência  Brasil

Ancelotti menospreza a importância da Copa para o Brasil

Vicente Limongi Netto

Li, espantado, declarações infelizes do senhor Carlo Ancelotti, novo rei do futebol pentacampeão do mundo, ao jornal francês “L´Equipe”, assegurando que não entende como obrigação a conquista do hexa, na Copa de 2026.

Entenda o técnico Ancelotti, noviço no comando de uma seleção, que a conquista do hexa é questão de honra para o Brasil, para os atletas e para os torcedores. Acredito que os patrocinadores da seleção também desejam que o Brasil finalmente conquiste o hexa.

ACOMODAÇÃO – É feio para a seleção brasileira se acomodar no penta. Disputar Copa do Mundo sem maiores ambições é ridículo e patético. Alemanha e Itália também são tetracampeões do mundo e podem se igualar ao Brasil.

Passou da hora de os jogadores se encherem de brios para lutar, bravamente, pelo hexa. Francamente, senhor Ancelotti.  Lembro-lhe, ainda, que depois da Copa de 2026, em outubro, serão realizadas eleições majoritárias. Inclusive para Presidência da República.

Desembarcando sem o caneco do hexa, é bom que o senhor não retire a bagagem e vá direto para a Itália. Não precisa voltar.

MALES DA INTERNET – Lamentavelmente, na internet, a caixa de comentários é o paraíso dos recalcados, parasitas, cretinos e levianos. Insultam as pessoas escondidos com apelidos, pseudônimos ou fantasiados de estúpidos. São calhordas e venais que já ganham também o precioso espaço das cartas dos leitores dos jornais. É assustador, dramático e revoltante.

A internet criou um novo tipo de besta humana, vermes travestidos de machões na frente dos teclados do computador. Claro que discordo e bastante de dezenas de analistas, mas tenho por norma de conduta, como veterano jornalista, assinar meu nome em tudo que escrevo, acrescentando Rg, endereço, fone, etc.

Infelizmente não há como controlar este oceano de patifes. Escondidos atrás e dentro de suas mediocridades, insultam e ofendem quem trabalha pelo interesse público.

ANTEVENDO FATOS – A boa coluna do Estadão( 28/09) registrou que uma pesquisa do Ipespe salienta que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, é tóxico para quem quer disputar a Presidência da República, em 2026. P

ara 57% dos brasileiros, segundo a pesquisa, Trump prejudica candidatos no Brasil. Nessa linha, na minha coluna do dia primeiro de agosto, aqui na Tribuna da Internet, assegurei; “Donald Trump é o maior e o mais poderoso amigo do contra da família Bolsonaro”. Repito, minha afirmação e análise é do dia primeiro de agosto. Adiante, acentuei: “Trump avançou completamente o sinal do bom senso. Deu abissal tiro no pé”.

PGR se opõe a mandato virtual e mira ausências de Eduardo Bolsonaro