A secular BIPOLARIDADE que dominou o mundo durante muito tempo, não chegou ao futebol em 80 anos. Houve também BIPOLARIDADE França-Inglaterra, Alemanha-França, Inglaterra-Alemanha, mas todos chegaram ao futebol. É bem verdade que França e Inglaterra, mediocremente, apenas quando jogavam em casa.
Hoje, no primeiro tempo, nada a ver ou comentar, o clima era de 0 a 0. E foram para o vestiário sem gol para qualquer lado. Mas na volta, que domínio da Espanha até os 17 minutos, quando saiu o primeiro gol. Foi um, podiam ter sido vários. E exibição não só em matéria de gols, mas de controle total do jogo.
A bola ia de um lado ao outro nos pés dos jogadores da Espanha, com precisão, elegância, tranquilidade, segurança, e dando a impressão de que o adversário (?) não os assustava em nada.
Aos 35 minutos todos pareciam perguntar o que eu já perguntara no primeiro jogo (Costa do Marfim) e no terceiro (Brasil), “onde está Cristiano Ronaldo”? Não estava em lugar algum, e o treinador Carlos Queiroz não tinha coragem de transferi-lo para um lugar mais adequado, o banco fora do campo.
Nenhuma reação dos portugueses, a seleção parecia envaidecida de perder apenas por 1 a 0. Quando a Espanha fez o seu gol, comentaristas (vários), diziam: “È o primeiro gol sofrido por Portugal”. Mas não lembraram que em 4 jogos, Portugal só fez gols contra a Coreia do Norte, o que não chega a representar uma façanha.
***
PS – A expulsão não alterou nada. Além de justíssima, foi aos 43 minutos. Portugal já estava entregue à própria incapacidade, ou se quiserem, desespero.
PS2 – No segundo tempo, Casilae, goleiro da Espanha, não fez uma só defesa. Eduardo, de Portugal, fez pelo menos 4, dificílimas,
PS3 – A Fifa já “premiou” como o melhor, Cristiano Ronaldo, que não pegou na bola. Tem que escolher no jogo de hoje, o goleiro Eduardo, que saiu de campo chorando.
PS4 – Portugal entrou na Copa aplaudidíssimo, como a grande atração. Saiu vaiado, e provando que falta muito, ou falta a seleção de 1966.