Tarciso:
“Helio, esses órgãos de “comunicação” (sic) não passam de balcões de negócios”.
Comentário de Helio Fernandes:
Rigorosamente verdadeiro. Todos, vá lá, quase todos esses órgãos de comunicação (parabéns pelas aspas), donos de empresas que não têm nada a ver com jornalismo ou chamem como quiserem. Quanto mais negócios, mais poder, mais negócios, assim indefinidamente.
Esses “proprietários” da “comunicação”, falam muito em Liberdade de Imprensa, mas tudo está preso a uma questão que pode se enquadrar nesta definição.
A imprensa só será livre, se for rica. E só será rica se deixar de ser livre. É o que acontece, montam ou compram empresas, abertas ou escondidas.
Está no que chamam de mídia: o “Financial Times”, (inglês, lógico) comprou aqui no Brasil, o “Sistema Educacional Brasileiro” pagando 888 MILHÕES. Puro negócio, podem até chamar de negociata, não estão exagerando.
É a velha Inglaterra (ou Grã-Bretanha) voltando às origens. Nossa “Dívida” externa começou com a independência. Portugal devia aos ingleses, eles não quiseram ficar com o país, mas precisavam de quem assumisse a “dívida”. O tolo do Brasil, assumiu.
Assumimos, pagamos até hoje, com os juros que impõem desassombrada e debochadamente. Prudente de Moraes foi o único que se recusou a NEGOCIAR (ou renegociar) a DÍVIDA, expulsou um Rothschild da sala. Depois dele, veio Campos Salles, foi a Londres, lá mesmo RENEGOCIOU A DÍVIDA, com os juros que os Rothschilds impuseram.
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PS – Em 60 anos de vida e morte (ou quase), a Tribuna da Imprensa jamais teve qualquer empresa fora do jornal, fosse que fosse, qualquer negócio. É evidente, propostas não faltavam.