Luciana Lima
iG Brasília
Após o desgaste sofrido pelo ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, um dos principais alvos dos protestos de junho de 2013, a presidente Dilma Rousseff decidiu deixar de fora da lista de temas da sua campanha a proposta de reproduzir no país o modelo de Unidade de Polícia Pacificadora (UPPs).
As UPPs foram a principal marca da política de segurança implantada por Cabral e bandeira que o levou à reeleição. Na eleição de 2010, Dilma tentou pegar carona na alta aprovação da política de segurança e incluiu as UPPs entre os “13 pontos” de seu programa de governo. Na época, ela e citou o modelo em inúmeros discursos e entrevistas na campanha.
A proposta funcionou mais como estratégia de comunicação naquele momento, do que como política, já que a política de segurança desenvolvida por Dilma, depois de eleita, não se referiu em nenhum momento a implantação de UPPs fora do Rio de Janeiro.
A atual coordenação da campanha de Dilma justifica o abandono do tema na campanha presidencial alegando que não faz sentido incluir as UPPs em um programa nacional, já que o modelo se adaptou a comunidades da zona do sul do Rio e enfrenta críticas de ter empurrado traficantes para áreas periféricas da cidade e da Baixada Fluminense.
“UPP foi um fenômeno muito regionalizado no Rio de Janeiro porque era a teoria do domínio do território, ou seja, força concentrada para expulsar o crime organizado e ação social para ocupar o território, mas como fazer UPP em São Paulo?”, questionou o coordenador da campanha, Rui Falcão. “O povo está se queixando que mandaram os traficantes para a periferia”, enfatizou.
DESMILITARIZAÇÃO
Pela Constituição, Segurança Pública é de competência dos Estados, no entanto, as três principais campanhas presidenciais investirão no tema com prioridade neste ano, já que questão aparece no topo da lista de preocupações dos brasileiros, ao lado de Saúde e Educação.
Entre as propostas pensadas para a área de segurança, a campanha da presidente Dilma pretende levantar outro tema polêmico: a desmilitarização das polícias.
Entre os tópicos apresentados pela campanha de Dilma Rousseff no esboço do programa de governo intitulado “Mais Mudanças, Mais Futuro”, a presidente propõe para o eventual segundo mandato a criação da Academia Nacional de Segurança Pública. Além da defesa da desmilitarização, a proposta sinaliza um passo para unificação das policias já que aponta para uma “formação conjunta” dos policiais de cada corporação.
“Daremos continuidade ao processo de integração das instituições de segurança pública no País”, diz o documento registrado na Justiça Eleitoral.
MINISTÉRIO
Já campanha de Aécio Neves trata o tema da Segurança Pública como um dos pilares do programa de governo e desenha como estratégia, transformar o atual Ministério da Justiça em Ministério da Justiça e Segurança Pública.
“A liderança deste processo deve ser do governo federal, a partir da transformação do Ministério da Justiça em Ministério da Justiça e Segurança Pública, ampliando substancialmente a responsabilidade da União nesta área”, diz o documento da campanha tucana que lista as diretrizes do programa de governo de Aécio Neves.
Já o socialista Eduardo Campos é contra a criação de uma pasta para tratar do assunto. No entanto, de acordo com elaboradores do programa de governo do PSB, ele pretende adotar medidas para não contingenciar recursos destinados a ações de segurança.
“Não basta colocar recursos na Lei de Diretrizes Orçamentárias. Tem que investir recursos”, criticou o ex-deputado Maurício Rands, coordenador do programa de governo de Eduardo Campos.
Campos também quer reeditar na campanha a política de segurança que implantou em Pernambuco a partir de 2007, chamada de “Pacto pela Vida”, que prevê atuação integrada entre diversos órgãos de segurança para enfrentamento ao crime. O foco em Pernambuco, principalmente em Recife, se fixou na redução de homicídios, já que a capital figurava no topo das cidades mais violentas do país.
Embora o programa de Campos tenha conseguido uma redução no número de mortes, esbarra nas criticas de que não cumpriu a promessa de valorização dos policiais.
Caro Jornalista,
O PT e o PSDB falar em SEGURANÇA PÚBLICA?
-Ora, foi no governo desses partidos que os CAOS foi instalado no país! É SÓ VER AS ESTATÍSTICAS!
Caros,
Policia é força local de coerção do indivíduo ou defesa da cidadão.
Fazer uma força nacional é de uma burrice exemplar.
Pela sabedoria e bom senso que vemos frutificar na botocundia, deverá partir de Brasília ordens de prisão e/ou liberação de qualquer pé de chinelo. Isto é coisa de maluco.
Outra, cabo e sargento será cargo de confiança em comissão. Afinal, lidam diretamente com a população. Bela justificativa para um politico descompromissado e leviano.
Se esquecem os áulicos do poder que a policia deve entender das idiossincrasias, do comportamento, dominar o cenário local. Com centralização isso não ocorrerá. É impossível.
O que se necessita é transformar a policia num único corpo, com competência para a ação integrada dos recursos disponíveis.
Tenham competência e não reinventem a roda.
Chega de maluquice neste País.
Há uma verdade incontestável nos assombrando: a violência não pára de crescer neste Brasil !
Olhem só esses dados estatísticos publicados ontem, sobre a crescente epidemia de homicídios em pequenos municípios brasileiros:
– veja.abril.com.br/blog/impavido-colosso/no-brasil-homicidios-sao-uma-epidemia/
Aqui no Rio de Janeiro há a política das UPPs, cujos resultados são bem parciais, e apenas num limitado território. Levando-se em conta que tais unidades especiais de policiamento foram implantadas em poucas comunidades. Foram escolhidas favelas “mais famosas”, situadas em bairros mais nobres, ou então próximas às vias expressas de entrada na cidade.
Moro no Leme, e em meu bairro as 2 favelas existentes (Chapéu Mangueira e Babilônia) foram pacificadas. Porém são comunidades pequenas, e a pacificação está tendo aparente êxito. No entanto em Copacabana (bairro vizinho) a pacificação no Morro Pavão-Pavãozinho já está apresentando muitos problemas. Inclusive com registros de conflitos armados, entre a polícia, bandidos e até moradores!
Outras favelas pacificadas na cidade (Rocinha, Complexo da Penha e do Alemão, ou Complexo de São Carlos) já enfrentam novas guerras semelhantes, porém mais intensas.
O que ocorre neste Rio de Janeiro serve como exemplo de que a política brasileira de segurança não sabe enfrentar o crime. E para piorar, não conta com a ajuda do judiciário, pois este funciona feito um carro velho e mal conservado, que muitas vezes fica pelo caminho, não chegando a lugar algum.
O país que vai sendo entregue a nossos filhos e netos é cada vez mais violento ! E logo mais eu, eles, vocês, ou seus filhos e netos serão mais uma vítima da nossa violência !
Abordar a violência no Brasil é eviscerar o governo, e descobrir que está podre por dentro!
Independente das causas que nos colocam em patamares incomparáveis com outras nações, a omissão governamental quanto à insegurança do povo beira à permissividade para se cometer qualquer crime sem que haja punição para o mal praticado.
Com exceção dos que não podem contratar advogados de renome, então a cadeia mas, para os aquinhoados, a liberdade ou um processo que leva anos para sua conclusão.
O sistema é injusto com o cidadão, porém benéfico para quem possui influência na sociedade ou esteja próximo do poder.
A verdade é que estamos sendo dizimados sem dó nem piedade!
Traficantes de armas, de drogas, assassinos contratados, milícias, quadrilhas, gangues, grupos, transitam pela população e dela fazem parte sem qualquer policiamento; as cracolândias servem como atestados cruéis e impiedosos do descaso das autoridades para com a população; a violência no trânsito, contra as mulheres, crianças, se disseminam a olhos vistos, sem que tenhamos qualquer reação para pelo menos minimizar essas agressões constantes e crescentes no País.
Afora esses acontecimentos deploráveis, temos de conviver coma impunidade dos parlamentares, em especial.
Bandidos travestidos de representantes do povo roubam descaradamente o Brasil; usam a máfia, doleiros, deixam-se corromper por tostões.
Descobertos, seguem impunes e na condição ainda de parlamentares, sem qualquer admoestação judicial em face dos “direitos” assegurados por legisladores canalhas, que se preservam, que se protegem, que impedem que o facínora seja punido!
A injustiça tem sido praxe nesta terra governada por antipatriotas, gente que despreza o Brasil, que o usa para fins pessoais e partidários. Desta forma, que o povo resolva as suas mazelas ele mesmo, e que reze para poder ir e voltar do trabalho, da escola, da faculdade, do passeio e da viagem.
Paralelamente a este aumento indiscriminado da violência, tivemos o analfabetismo que também apresentou crescimento!
Ora, o PT teve doze anos para apresentar projetos educacionais e mudanças no sistema carcerário, pois se esperava que um partido que divulga ser popular, ele tivesse a preocupação com o bem comum, com a paz, com a educação.
Fomos enganados, iludidos, ocasionando esses índices absurdos de mortes a cada ano em uma Nação que se diz não estar em guerra e não ter revoluções internas, resultando que o culpado por esta recrudescimento da violência tem sido o PT e sua irresponsabilidade quanto a não enfrentar o problema com a devida atenção e cuidados especiais, deixando a população à mercê de criminosos de ofício e de outros também bandidos que, se não usam da violência, utilizam-se de métodos mais sofisticados, porém mais prejudiciais ao País porque se servem diretamente do erário público para locupletarem-se e deixarem de fazer as funções que foram eleitos.
E ficam impunes!
O estado das prisões, dos presídios, das casas de detenção, comprovam o menosprezo governamental pelo ser humano, pelo brasileiro, que saindo da prisão e constatado a injustiça que outros meliantes e mais perniciosos estão soltos e são chamados de excelência, revolta-se contra a sociedade, quer a compensação, quer vingança!
O abandono das escolas, a falta de cuidados de manutenção, ausência de laboratórios, bons refeitórios, banheiros em condições de higiene, água, luz, computadores, na mesma proporção com o descaso pela violência, demonstra um governo que igualmente não pensa no futuro, não projeta a vida do cidadão hoje no Ensino Fundamental mas, amanhã, na faculdade. O jovem, sem maiores opções, escolhe os amigos, o grupo social, mesmo que contrário às leis, mas foi o que lhe acolheu quando precisou de orientação!
Na razão direta que o tráfico lhe possibilita ganhos que não consegue com o trabalho honesto porque não tem estudos e condições sociais, o combustível deste vulcão prestes a explodir é o inexperiente adolescente, cuja vida foi perdida porque o governo se dedica á política nefasta e deletéria, às diversas maneiras de se manter no poder, o partidarismo sobrepujando o patriotismo e, a ideologia, acima do idealismo.
Ah, e não me venham dizer que a solução é a pena de morte, haja vista a sua incoerência e contradição gritantes!
Em outras palavras:
Mata-se para alertar o cidadão que ele não pode … matar!??!
Aonde está a moral do ato e sua solução para o crime através de medidas tão ou mais violentas que as praticadas?
Soluções:
Mudar esse sistema carcerário para prisões agrícolas ou de trabalhos forçados para crimes mais violentos. Ambos dotados de escolas e ensino profissionalizantes. Não tem verbas? Privatize-se.
Ensino em tempo integral, e proibida a propaganda ideológica, apenas conteúdos das matérias a serem estudadas. Café, lanche, almoço e café da tarde. Laser. Esportes. Cuidados médicos e dentários permanentes, assim como assistência psicológica e orientação para os pais com relação aos seus filhos.
Duvido que em dez anos não tenhamos resultados visíveis na diminuição da violência e analfabetismo, um dos componentes que alimentam o crime pela absoluta falta de oportunidade de trabalho.
E cobrar do governo que faça a sua obrigação, razão de sua eleição.
O excelente comentário do Isac é um alerta para esta grave questão, que já deveria estar sendo equacionada pelo governo, que se omite, que faz ouvidos moucos.
Que o cidadão consciente o acuse dessa passividade com o crime e berre mais alto para que ouça nossos clamores.
Um abraço, caro Isac, pelo texto incisivo e pertinente ao momento atual.
Parabéns!
Senhor Jornalista Brendl,
O Senhor fala em drogas, mas seu candidato foi o único envolvido com o dono do helicóptero. Outro caiu na Amazônia. Rota do tráfico que sempre ouvimos falar. O sigilo bancário, fiscal e telefônico poderia resolver sobre os responsáveis. Sempre ouvi falar que precisava pegar os grandes. Esta portanto seria a oportunidade.
Acontece que não é do pt, que neste caso o resultado seria instantâneo.
Como disse não tenho envolvimento com políticos, mas a minha parcela é combater aqueles que me perseguiram há mais de 50 anos. São estes que o Senhor acredita que são os bons. O Senhor é adversário ferrenho do pt, mas este governo não é só do pt.
Prezado Laércio Canazza,
Alguns esclarecimentos se fazem necessários antes de eu te responder as questões propostas:
NÃO SOU JORNALISTA.
Concluí o Ensino Médio aos sessenta anos, quatro passados, portanto;
Não tenho candidato à presidência, Escrevi à senhora Dione a este respeito ontem, na Tribuna.
Quantos aos que te perseguiram e que eu os achos os bons, tal pensamento somente
na tua concepção, pois, em princípio, não sei quem foram eles muito menos tu podes saber quem eu considero os “mocinhos” ou bandidos.
Sou, de fato, um crítico ferrenho do PT, e já expressei as razões pelas quais tenho esta aversão pelo partido em dezenas de oportunidades. Desnecessário eu repeti-las.
Sobre o governo não ser somente do PT, engana-te.
A presidente é do PT. A “base aliada” é composta, sim, de membros de outros partidos mas, as medidas e gestão, forma de governar e administrar, pertencem exclusivamente ao PT.
E, estando os petistas governando o Brasil, evidentemente que receberão críticas e apoio da população.
Os seguidores do partido podem não gostar, mas assim é a democracia, cuja maneira de interpretá-la pelo PT foge as regras impostas pelo regime, que não aceita alterações, tampouco adulterações.
Mais a mais, os partidos que compõem a aliança com o governo vivem à sombra da sigla petista. Querem mais uma “boquinha” na administração central para aumentar seus ganhos pessoais e contribuição ao partido, recaindo sobre o PT as responsabilidades inerentes à função que aos seus aliados políticos.
Por outro lado, algum problema eu criticar o PT veementemente?
Aonde está o meu erro?
Escreveste que o PT não governa sozinho. Levando em conta que fosse verdade esta tua afirmação (não digo que estás mentindo, de forma alguma, mas apenas mal informado, que é muito diferente!), por que o PT está unido com partidos que o coloca em situações constrangedoras?
Por que não os exclui da base aliada?
A verdade é que os petistas jamais tiveram plano de governo, mas de poder.
E continuam planejando somente maneiras de mantê-lo, a ponto que os mesmos problemas que antecediam o PT na presidência, eles continuam iguais, sem qualquer solução mesmo que paliativa.
Por último, Laércio, reajo na igual proporção que vocês fazem com quem é oposição do PT ou, por acaso, eu teria de ser mais brando e compreensivo enquanto sou insultado pelos sectários petistas?!
Cães, manada, ladrões, loucos … lê-se de tudo neste blog sobre quem ousa contestar o PT.
Pois sou um deles, e me mantenho dentro dos limites da educação e respeito, a não ser quando me pisam no pala, então o buchincho está feito, conforme frase do famoso Teixeirinha quando entonava Gaúcho, de Passo Fundo, chê!
Saudações, Canazza.
Excelente comentário em resposta a Laercio Canazza, Francisco Bendl !
Acrescento-lhe algo mais. Digo-lhe que o “tempo da inocência” já acabou há bastante tempo! Portanto, hoje em dia, quem apoia a enorme quadrilha petista: ou é ingênuo demais (mas muito ingênuo mesmo!); ou é tão mau caráter quanto os inúmeros soldados membros do partido da estrela vermelha, e assim já obtém ou almeja começar a obter benesses (grana ou poder) da administração pública, como retribuição por apoiar a seita lulo-petista. Trocando em miúdos, este segundo tipo relatado de indivíduo já mama ou deseja começar a mama nas tetas públicas. Peemedebistas, por exemplo, mas não só eles, claro!
Prezado Juca,
A política se transformou em negócio altamente lucrativo. Perdeu a sua essência faz tempo.
Os seguidores de partidos que venceram eleições foram beneficiados com cargos públicos sem concurso, funções no segundo e terceiro escalões, uma diretoria em qualquer estatal, então a luta empedernida na manutenção dessas benesses na possível interrupção por um partido adversário!
E vale qualquer expediente para impedir a ascensão do inimigo político, surgindo calúnias, difamações, injúrias, na tentativa de desqualificar o oponente, e obter a cadeira pleiteada mais facilmente ou nela permanecer.
Como bem escreveu o Canazza, o povo está cansado desse método petista, no entanto, diante da falta de criatividade na razão inversamente proporcional à abundância de más intenções, os textos são sempre os mesmos e as alegações cada vez mais distantes da realidade!
Um abração, Juca.
Senhor Francisco Bendl, calorosas saudações!
Vossa senhoria matou a cobra e mostrou o pau em dois momentos distintos quanto ao artigo da senhora Luciana Lins, que tentou mostrar que ainda temos muito de aprender em termos de segurança publica.
Pelo visto ela conseguiu o intento, graças ao Moderador, que pinçou o texto no IG.
Valeu, Moderador…
Igualmente, mandou bem senhor Bendl… todas as situações periféricas atinentes ao assunto foram apreciadas com muito consciência e realidade dos fatos pelo senhor.
Inclusive e, principalmente, as políticas.
Abraço.