José Guilherme Schossland:
“Helio, você falou que os EUA foram atacados pelos japoneses em 7 de dezembro de 1941, tiveram que entrar na guerra. Mas se falava muito que o ataque a Pearl Harbour foi facilitado pelos próprios americanos. Contam, com nome e tudo, a história de um espião que ajudara o fato a acontecer.”
Comentário de Helio Fernandes:
Perfeito, José Guilherme. É lógico que conheço o fato, o que existiu e o que se dizia. Na época e em análises posteriores, colocavam até o presidente Roosevelt como conhecedor de tudo. E cinco episódios reforçam ou consolidam a tese de que os japoneses tiveram o caminho facilitado para conseguir o objetivo.
1 – Roosevelt considerava inevitável a guerra com o Japão, mas não queria tomar a iniciativa. Achava que o povo não queria a guerra, estava hesitante.
2 – Estava funcionando, em plena atividade, o “Comitê Isolacionista”, cheficado pelo importante coronel Lindbergh.
3 – O governo do Japão, de forma surpreendente, pediu a Roosevelt um encontro, e para isso mandou seu próprio chanceler. À 1 hora da tarde, o secretário de Estado americano, Cordel Hull, recebia o chanceler e o embaixador do Japão nos EUA, no mesmo momento em que aquela “onda de aviões” destruía Pearl Harbor. (Comunicado pelo telefone, Hull quase chorou, pediu aos diplomatas que saíssem. Isso é fato).
4 – Existem filmes, (vários) mostrando a trajetória dos japoneses, autoridades sendo alertadas pelo caminho, e todas elas desprezando os informes e as informações.
5 – E finalmente, Guilherme, as considerações geográficas, táticas e de distãncia: especialistas consideravam que o Japão não tinha aviões suficientes para percorrer aquela distância, e mesmo que tivesse, seriam interceptados. Não foram “descobertos”, e agora, 69 anos depois, permitiram esta conversa surrealista, ams baseada em fatos quase verdadeiros.