
Com paralisação, Maia e Alcolumbre concentraram poder inédito
Camila Turtelli
Estadão
Com as comissões do Congresso paradas desde o ano passado e votações nos plenários da Câmara e do Sendo ocorrendo de forma virtual há oito meses, a bancada ruralista pressiona para que os trabalhos dos parlamentares voltem ao normal. Em nota, a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), com 245 deputados e 39 senadores, faz um apelo pelo retorno presencial, respeitando regras sanitárias, para o avanço do debate de medidas como a reforma tributária e a regularização fundiária.
“É urgente e necessário o retorno das atividades do Congresso Nacional, cujo debate tem sido prejudicado por sessões remotas que analisam apenas o que é de consenso geral”, diz em nota o grupo suprapartidário. A decisão sobre o retorno das sessões presenciais cabe aos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
CONCENTRAÇÃO DE PODER – Como o Estadão/Broadcast mostrou em julho, com a paralisação do funcionamento das comissões temáticas do Congresso, Maia e Alcolumbre concentraram poder inédito desde que assumiram o comando das duas Casas. Ao todo, existem 19,5 mil projetos parados nas 25 comissões permanentes da Câmara.
Destes, 1.092 estão prontos para serem votados, ou seja, já foram debatidos e os relatores já deram seus pareceres. Até pela composição – os colegiados têm, no máximo, 66 parlamentares – os debates são mais detalhados e, muitas vezes, envolvem audiências públicas com pessoas de fora do parlamento chamadas a opinar sobre os mais diversos temas. A votação diretamente no plenário das duas Casas Legislativas pula essa etapa do debate.
PARALISAÇÃO – “A Casa é a representação máxima do debate e enfrentamento dos problemas brasileiros e não pode permanecer em paralisia enquanto assuntos urgentes deixam de ser discutidos”, diz ainda a nota da bancada, que não cita diretamente os presidentes das casas legislativas.
A bancada lista entre os projetos prioritários para serem debatidos também o licenciamento ambiental, desmatamento ilegal zero e os fundos de investimento para o setor agropecuário “(As medidas) Prometem garantir um cenário de segurança jurídica e econômica para voltarmos aos trilhos do crescimento, bem como da geração de emprego e renda.”
Está escrito no artigo:
“Ao todo, existem 19,5 mil projetos parados nas 25 comissões permanentes da Câmara.”
O número é assustador.
Nosso Congresso vai ganhar, sem concorrente, o prêmio mundial de “INOPERÂNCIA DO MILÊNIO”.
E essa inoperância custa muito caro ao cidadão que trabalha honestamente e paga impostos.
Esses vagabundos, que são 99% do efetivo de nossos congressistas, já não trabalhavam presencialmente. A única obrigatoriedade para receberem seus parcos vencimentos era aparecer de vez em quando em Brasília. Com a pandemia nem isso essa corja é obrigada mais a fazer. Vai ser duro que voltem a frequentar Brasília, afinal estão todos em suas bases curtindo o vidão financiado por nossa módica carga tributária.
Ressalvada a imprescindíbilidade da Agropecuária, aqui e no mundo inteiro. Contudo, será se existe setor mais contemplado com anistia de débitos? Embora o juro seja beeeeeem diferenciaaaaaado?
Ah, mas não precisa pressa, senhores parlamentares: é que existe uma tal Engenharia Molecular, a qual está prometendo que, a partir de 2036, o ser humano vai comer apenas 10% do que consome hoje.
Fiquem tranquilos, seus Congrecistas; tá logo ali, a fome espera!
Se fechar aquela pocilga não fará falta.