De manhã, Bolsonaro participou do culto na Igreja Fonte da Vida

Bruno Góes
O Globo

Ao discursar em culto evangélico neste domingo, o presidente Jair Bolsonaro defendeu a legalização do garimpo em reservas da Amazônia. Em Brasília, na Igreja Apostólica Fonte da Vida, Bolsonaro criticou ainda o investimento chinês na mineração no país. O Globo publicou neste domingo que uma nova corrida pelo ouro na maior reserva indígena do país tem criado tensão e um rastro de destruição .

– Fizemos uma pesquisa e 70% das pessoas é contra legalizar o garimpo. Mas, é preciso conhecer a realidade daquelas regiões. Vão continuar existindo na Amazônia garimpeiros que só sabem fazer isso. A legalização vai dar dignidade a eles – disse Bolsonaro.

RIQUEZA MINERAL – Bolsonaro falou ainda sobre a riqueza do país em minerais e defendeu uma política que restritiva em relação ao investimento estrangeiro.  

– Aqui em Goiás, aqui do lado, o governo entregou a mina de Catalão para os chineses. Assim como o Paquistão está conseguindo de Rondônia (…) tem que exigir que agregue valor aqui – disse o presidente.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – É difícil entender Bolsonaro. Quase sempre necessita de tradução simultânea. Como ele não quer mineração com bombas d’água para desembarrancar o rio, que o presidente considera como mineração industrial, certamente ele defende o garimpeiro faiscador, de batéia em punho, como no tempo do Brasil colônia. Em Minas Gerais, esse tipo de garimpo até hoje existe, com faiscadores contratados pelos donos das fazendas. Mas nas reservas, como os índios serão remunerados? Não consigo entender a ideia de Bolsonaro, nem mesmo com tradução simultânea.