
Charge do Sponholz (sponholz.arq.br)
Carolina Brígido
O Globo
Depois do impacto inicial provocado pela abertura de 76 novos inquéritos na Lava-Jato, de conteúdo tão volumoso quanto explosivo, quatro ministros do Supremo Tribunal Federal ouvidos pelo Globo avaliam que a corte não tem estrutura para lidar com a enxurrada de processos criminais que se seguirão. Para dois desses ministros, existe um risco real de prescrição de boa parte dos casos — o que poderia significar o arquivamento de processos antes mesmo de serem julgados.
As regras de prescrição estão expressas no Código Penal. Por exemplo: quem responde a inquérito apenas por caixa dois, cuja pena é de até cinco anos de prisão, pode ser beneficiado pela prescrição 12 anos depois do fato. Esse prazo é reduzido à metade se o investigado tem mais de 70 anos.
EVITAR ATRASOS? – A avaliação entre ministros do tribunal é a de que o relator da Lava-Jato, ministro Edson Fachin, vai precisar conduzir os inquéritos com muita rigidez, para evitar atrasos.
A tendência em processos criminais é a defesa tentar tumultuar as investigações para ganhar mais tempo. Um dos pedidos típicos de advogados é o interrogatório de testemunhas irrelevantes para a elucidação dos fatos. Ao relator, cabe negar ou conceder essas providências, avaliando sempre se são ou não necessárias para instruir os processos. A condução do relator é fundamental para definir em que ritmo os processos vão andar.
“A persistir o quadro, é imprevisível o tempo para instruir-se e julgar tantos casos” — disse o ministro Marco Aurélio Mello na sexta-feira.
LONGO TRAJETO – A abertura dos inquéritos é apenas o início de um longo percurso no STF. Se for seguido o padrão observado do mensalão, as primeiras punições referentes a eventuais condenações dos inquéritos abertos na terça-feira só serão vistas daqui a oito anos, em 2025.
No caso do mensalão — que foi o maior caso penal já julgado pela corte antes da Lava-Jato —, os inquéritos chegaram ao tribunal em julho de 2005. A denúncia foi apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em abril de 2006 e só foi julgada em plenário em agosto de 2007. Na ocasião, a denúncia foi aceita e o inquérito foi transformado em ação penal. Somente em 2012 houve o julgamento final, com a condenação da maioria dos réus. Como depois foram julgados recursos, as punições só começaram a ser aplicadas no final de 2013 — ou seja, mais de oito anos depois de abertos os inquéritos do tribunal.
Segundo ministros do STF, a comparação é plausível. No entanto, o inquérito do mensalão era um só, reunindo 40 investigados. A Lava-Jato no STF já soma 113 inquéritos e cinco ações penais. O prazo de oito anos seria apenas uma média. Alguns casos são mais simples e podem terminar antes disso. Outros, mais complexos, podem durar ainda mais no tribunal. Com tantos inquéritos nas mãos de um só relator, o ritmo das investigações tende a ser lento.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Como dizia o genial economista britânico John Maynard Keynes, é preciso que as coisas sejam feitas a curto prazo, porque a longo prazo todos estaremos mortos. Mas o Supremo não pensa assim, embora não abrigue imortais, como os integrantes da Academia Brasileira de Letras. (C.N.)
Se depender dos brasileiros que pensam, e usam seus neurônios, quem estará morto eleitoralmente falando, serão todos os envolvidos na corrupção.
Portanto, não é nem a Previdência, nem o caixa 2, nem partido politico (excluindo-se obviamente os verdadeiros pragas daninhas desse pais, os politicos de todos os atuais partidos)…
Uma mudança urgente no modelo de poder precisa tomar forma, imediatamente!
E essa mudança começa com o fim do modelo ultrapassado.
Intervenção Popular oriunda de massa critica;
O Povo, indignado, exercendo inerente poder, age diretamente, em defesa do Estado Democrático, fechando o Congresso atual, comprovadamente corrupto, ……………………..
(continue)…
É a justiça da IMPUNIDADE, nosso sistema judiciário é uma vergonha, tantos tribunais, um gasto enorme e não funciona, um prende e outro solta, um dá uma sentença e outro reverte a decisão, que justiça é esta.
Estranho é não haver nenhuma reação, nenhuma discussão para contornar o problem. O STF não funciona mas os juizes nem estão aí. Põ, por que temos que sustentar esses inúteis?
…”Ao menos 166 citados nos depoimentos serão intimados a depor a partir da próxima semana….”> ad secolum seculorum> os dias serão corridos ou interrompidos por sábados, domingos e feriados? essa lavajato é mais infinita do que o universo….
KKKK Indiciados e Ministros do STF nem serão os de hoje!Até mesmo o Tofolli já terá mais de 70 anos.
Estão funcionando á todo vapor…
Funcionam parecido com o Metrô Paulista……
Exatamente isso!
Mas o estrago já foi feito!
E que estrago!
A que ponto o governo Sérgio Cabral e Odebrecht chegaram, alé de cometer crimes de corrupção, ainda incentivaram a criminalidade no estado do Rio de Janeiro, pagaram até milicianos para construção de casas populares, ou seja, isto é o que dá a falta de autoridade de segurança do poder público, se nós tivéssemos uma justiça séria neste país, Sérgio Cabral e Odebrecht pagaria uma multa bilionária e ficariam presos por um bom tempo, visto que, muitas vidas foram ceifadas por grupos criminosos.