
Empolgado com a fama, Deltan queria criar uma firma de palestras
Bernardo Mello Franco
O Globo
A pregação da ética pode se tornar uma atividade lucrativa. Foi o que descobriu Deltan Dallagnol, chefe da Lava-Jato em Curitiba. Nos novos diálogos revelados pelo Intercept Brasil e pela “Folha de S.Paulo”, o procurador faz planos de enriquecer às custas do prestígio da operação. A ideia era transformar em dinheiro a fama construída com entrevistas e PowerPoints.
“Vamos organizar congressos e eventos e lucrar, ok? É um bom jeito de aproveitar nosso networking e visibilidade”, escreveu, em dezembro passado.
CONTA BANCÁRIA – Em outra mensagem, o procurador se mostra animado com o reforço em sua conta bancária: “Se tudo der certo nas palestras, vai entrar ainda uns 100k (R$ 100 mil) limpos até o fim do ano. Total líquido das palestras e livros daria uns 400k (R$ 400 mil)”. Ele já recebe salário de R$ 33,6 mil por mês, além de R$ 3 mil extras em auxílio alimentação e auxílio pré-escolar.
Os chats indicam que Dallagnol mobilizou duas servidoras públicas para tocar suas atividades privadas. Ele também discutiu com o colega Roberson Pozzobon uma tática para driblar questionamentos jurídicos. A ideia era registrar a firma de palestras em nome das mulheres, já que a lei impede procuradores de gerenciar empresas.
SEM FINS LUCRATIVOS – Numa das conversas, o chefe da Lava-Jato discute a alternativa de criar uma organização sem fins lucrativos. “Escaparíamos das críticas, mas teria que ver o quanto perderíamos em termos monetários”, observa. “Temos que ver se de fato é um instituto sem fins lucrativos, ou apenas instituto no nome…”, emenda Pozzobon.
Os diálogos expõem a fórmula de Dallagnol para capitalizar a imagem de caçador de corruptos: “Para o modelo dar certo, teria que incluir coisas que envolvam como lucrar, como crescer na vida”. Ele propõe tópicos como “Turbine sua vida profissional com ferramentas indispensáveis”, “Liderança: influencie e leve seu time ao topo” e “Ética nos negócios e Lava-Jato”. Nada diferente do lero-lero motivacional que movimenta a indústria da autoajuda. “Cada palestra teria que ser muito bem desenhada, ter uma pegada de pirotecnia”, acrescenta.
Em outros tempos, Millôr Fernandes avisou: “Desconfio de todo idealista que lucra com seu ideal”.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O artigo de Bernardo Mello Franco está bem colocado. O procurador Dallagnol realmente exibiu uma postura antiética, mas deve-se ressalvar que não há nada de ilegal nesse tipo de iniciativa (fazer palestras pagas, conforme o Conselho Nacional do Ministério Público já esclareceu, (C.N.)
Comportamento antiético haveria se ele tivesse levado a cabo a criação da empresa e das palestras oriundas dela. Como isso não ocorreu o caso ficou só no pensamento. É uma coisa que pode ter ocorrido é o Intercept ter omitido mensagens dos procuradores desistindo da empreitada.
Só quem pode dar palestras é o Lula Menas!
“Menas”,Bernardo,”menas”….
A Dilma ia dar palestras. Mas também não ia dar palestras, entende? E não teria uma meta, mas quando chegasse nessa meta dobraria a meta. É uma coisa incrível dar palestras.
Você mesmo admite que a conduta dele foi antiética.
Veja o que está escrito neste dispositivo do Código de Ética do MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO (PORTARIA Nº 98, DE 12 DE SETEMBRO DE 2017) – MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO
ATOS DO PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
DOU de 13/09/2017 (nº 176, Seção 1, pág. 74):
“(…) Art. 4º – São compromissos de conduta ética:
I – atender demandas com postura ética e de modo imparcial, probo e efetivo, sendo vedada qualquer atitude procrastinatória, discriminatória ou que favoreça indevidamente alguma parte;
”
Não só o juiz tem que ser imparcial, o membro do Ministério Público também.
Imparcialidade é injusta como também a desonestidade. Lula e sua quadrilha foram injustos, desonestos e prostitutos, além de contribuirem para o genodio de muitas pessoas carentes. Considerando essa gravidade de comportamento, acho justificável que cheguem até a fechar o STF se algum filho de puta togado tentar soltar o ladrão e sua curriola. Quanto aos ganhos do DÃlagnol com palestras, se houvesse, não passaria de ninharia comparados com os bilhões que o canalha e sua quadrilha roubaram de nós. Mussolini morreu fuzilado por muito menos!
O senhor Gilmar Mendes tem a Faculdade IDP e ninguém reclama.
Pessoal,
Está escrito na Constituição Brasileira em relação aos integrantes da Procuradoria e está bem claro no artigo 128, parágrafo 5º, inciso II, alínea d, que a eles é proibido “receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei.”
As exceções são os conselhos ligados à função – e só a ela, porque nem mesmo licenciar-se para exercer cargo comissionado a eles se permite, precisam exonerar-se – e ao magistério. Palestras são admitidas, é verdade, mas apenas se comunicadas e guardadas finalidades pedagógicas, o que anda muito longe de “Turbine Sua Vida Profissional com Ferramentas Indispensáveis” ou “Domine a Liderança ou ela vai dominar você”, além de festinhas de formatura. Portando, sao ilegais.
Cleber
Que Constituição coisa nenhuma. Os caras do STF, especialmente os petistas togados, a interpretam de acordo com o interesse dos canalhas. Esperam o pior que ainda está por vir.
Bernardo Mello Franco,
Ilegal é jornalista moldar a reportagem a imagem do cliente.
ou vcs não são acima da lei?
ou vcs não usam uma concessão publica?
ou vcs não são um pardo poder?
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O artigo de Bernardo Mello Franco está bem colocado. O procurador Dallagnol realmente exibiu uma postura antiética, mas deve-se ressalvar que não há nada de ilegal nesse tipo de iniciativa (fazer palestras pagas, conforme o Conselho Nacional do Ministério Público já esclareceu, (C.N.)
Me admira muito essa nota, sendo a imprensa a rainha do jabá.
BOZOLADO dá palestra todo dia, estilo picadinho.
Hoje inventa a F1 no Rio,, dia seguinte uma empresa é aberta com 20 mil reais e abocanha 30 anos de direito de exploração do evento….
Até acabar a palestra seremos um país afundado na lama.
E ficam no pé de quem trabalhou pra colocar ladrão na cadeia e restituir o dinheiro roubado da União….
CEGUEIRA, desconhecimento de agenda…..
CHEGA DE LAVA JATO!
Nao e pra sair ninguem ás ruas até o meu filho fritar o primeiro hamburguer diplomatico, taokey?!
AGORA É A VEZ DO CIRCO-CLÃ, FESTA DO QUEPE, taokey????
“A pregação da ética”…..
Olha o intento do miserável que escreveu….
Pregar ética mdeve ser visto com louvor.
Ou é mais importante a Damares pregando liberdade religiosa em Washington, distribuindo goiaba abençoada do zero menos 3????
O problema é que, numa sociedade besta, ética vira palavrão, corrói as entranhas de quem nela crê….
Para os malandros da esquerda o trabalho não pode ser remunerado. Já as propinas do Lularápio e turma estão dentro da lei. Sem mais.
Ainda que, como faz o ético colunista da Folha (afinal, ele trabalha para a dona da Ética), não questionemos a autenticidade do “supostíssimo” diálogo, pergunto: é tudo isso que se tem contra o procurador? É crime querer ganhar dinheiro com base na experiência que se adquiriu no serviço público? No mais, palestras equiparam-se a aulas, e juízes e procuradores podem acumular seus vencimentos com salário de professor. Basta de lorotas, gentes! Isso não é jornalismo, pois jornalistas de verdade, quando têm um “furo”, soltam-no de uma vez. Não ficam nesse pinga-pinga, para render conversa para o resto do ano.