Dona Hillary Clinton, disse discursando na ONU: “Os Estados Unidos têm enormes divergências com o Brasil, principalmente na questão do Irã”. Ótimo, queria nos atingir desagradavelmente, nos deu um atestado de visibilidade, maioridade, credibilidade.
Como fui praticamente o único jornalista a dar crédito ao presidente Lula na MEDIAÇÃO com o Irã a respeito do urânio enriquecido, a liberdade empobrecida e os que são independentes, enraivecidos, completo e concluo agora.
Ressaltando, registrando e ressalvando que, quando um presidente da República acerta, mesmo ficando sozinho, deve merecer o crédito, o elogio e a satisfação por ter enfrentado a ultra ARROGÂNCIA E PREPOTÊNCIA DO MUNDO. (Esse presidente é Luiz Inácio Lula da Silva).
Fazendo restrições, a secretária de Estado, que já morou 8 anos na Casa Branca como inquilina, quase voltou para lá como donatária, e tem todas as chances ou possibilidades em 2016 como autêntica referência e Poder da Casa Branca, merece nossa consideração e apreço pelo que disse.
Provou diante do Tribunal do Mundo, que o Brasil não é uma das 25 ALTAMENTE CUSTOSAS E PODEROSAS BASES MILITARES ESPALHADAS PELOS DIVERSOS CONTINENTES. Hillary Clinton referendou o comportamento, a ação e a participação de Lula e do Brasil, na controvertida e insensata política das armas nucleares para fins pacíficos.
Além do mais, os Estados Unidos não têm a menor credibilidade nessa questão. Bush pai e Bush filho, invadiram o Iraque, com a mesma “AUTENTICIDADE”. E lógico, Obama é outra linha de pensamento. Só que no poder dá a impressão de ter esquecido tudo aquilo que defendeu como candidato.
E a hoje secretária defendeu também com tanta segurança, que provocou a derrubada do amigo Tony Blair, primeiro-ministro da Grã-Bretanha. Pois ela também era pré-candidata a presidente, perdeu para Obama por pequena diferença.
Obama (e ela, lógico), no caso do Irã, está (ou parece) disposto a ir até bem mais longe do que foi Bush filho. Este, depois de condenar Saddam à morte, e ASSASSINÁ-LO, reconheceu ASSOMBRANDO O MUNDO, que o Iraque não desenvolvia armas nucleares. PROVOU E COMPROVOU O QUE O MUNDO JÁ SABIA: no Iraque se travava mais UMA GUERRA DO PETRÓLEO. Obama não estará indo pelo mesmo caminho?
Não se trata de reconhecer o DIREITO do Irã, de “APOIAR INCONDICIONALMENTE” o presidente Lula , e sim de COMBATER O PODERIO e a prepotência que os EUA , acreditam que têm sobre todos os países.
A Rússia e a China praticaram haraquiri político de alta complexidade. Se não apoiassem os Estados Unidos, nada teria acontecido. Os estrategistas da Rússia e da China, parecem que EMERGIRAM, que palavra, da guerra fria. Nesse caso, não emergiram e sim SUBMERGIRAM.
Antigamente, durante a ditadura Vargas, nos quase 18 anos entre a Constituição de 1946 e a ditadura de 1964, os EUA dominavam aqui, tão poderosa e efetivamente, que nem precisavam mandar tropas, bastavam os embaixadores.
O último, antes de 1964, era o PROFESSOR EMBAIXADOR LINCOLN GORDON, que não saía do Palácio Laranjeiras. Também, tinha como PROTETOR E INTRODUTOR o doutor Roberto Marinho, que chamava Jango de ESTADISTA ANTES, e de TRAIDOR DEPOIS.
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PS – Como não tinham confiança em Lincoln Gordon, mandaram as tropas da “Operação Big Brother”, perdão, “Brother Sam”, quase o mesmo ridículo. Mas que provocou a crueldade e selvageria de 21 anos.
PS2 – Essa questão das armas nucleares PARA FINS PACÍFICOS, é a morte da ONU, vitimada como a Liga das Nações depois da PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL. Agora, depois da SEGUNDA, a mesma insensibilidade, imoralidade, falta de responsabilidade geral. E de credibilidade dos que se julgam INVENCÍVEIS.
Ps3 – Lula não tem nada que agradecer pessoalmente à Dona Hillary. Ele é presidente eleito e reeeleito, ela é secretária, demissível a qualquer momento. Mas não pode deixar sem agradecimento. (A não ser que OBAMA, presidente como ele, se comunique pessoalmente).
PS4 – Enquanto isso, Lula pode mandar um dos seus subalternos (dê trabalho ao chanceler ou ao assessor) responder, amavelmente, a Dona Hillary.
PS5 – Há anos e anos, pelo menos, mais de 15, protesto contra a PROLIFERAÇÃO DAS ARMAS NUCLEARES, mesmo para fins pacíficos.
PS6 – por que 25 países podem ter essas ARMAS, e os outros mais de 100 não podem? Sendo que entre esses 100, muitos, PROTEGIDOS dos EUA, sabidamente têm essas armas. CONSTRUÍDAS com AUTORIZAÇÃO E RECURSOS dos EUA.