Paulo de Tarso Lyra
Correio Braziliense
A deflagração da nova fase da Operação Lava-Jato, na sexta-feira , praticamente enterrou os esforços do governo de evitar que o segundo mandato da presidente Dilma Rousseff seja iniciado com um novo pedido de CPI para investigar a Petrobras.
Aliados do Palácio do Planalto já comemoravam o fato de terem conseguido enterrar a atual investigação no Congresso e “enrolar” os trabalhos até a apresentação do relatório final, em 22 de dezembro. A prisão do ex-diretor da estatal Renato Duque e de executivos das principais empreiteiras do país demoliram todo o esforço político feito até o momento.
A principal razão para esse novo cenário é justamente a prisão de presidentes, diretores e gerentes das principais empreiteiras do país. “Toda a blindagem que fazíamos a elas caiu por terra. Governo — e até oposição — tinham um acordo tácito de não chamá-los para depor nas comissões. Eles próprios (os executivos) pressionavam os parlamentares para evitar que isso acontecesse”, disse um aliado de Dilma.
SEM ALTERNATIVA
Agora, contudo, com a prisão de vários deles, não haverá, na opinião de integrantes do governo, outra alternativa para os donos de empreiteiras — eles terão de colaborar com as investigações em curso. E, para salvar a própria pele, tenderão a aceitar a delação premiada e seguir o mesmo caminho do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, do doleiro Alberto Youssef e dos executivos da Toyo Setal Júlio Camargo e Augusto Mendonça.
Governistas que acompanham os desdobramentos do caso e os trabalhos da CPI mista da Petrobras lembram que alguns dos executivos resistiam à possibilidade de uma delação premiada e que as próprias empresas, em grande parte, eram contrárias ao estabelecimento de acordos de leniência com autoridades que investigam as denúncias de corrupção. Mas a situação mudou de uma hora para hora.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – É impressionante o agravamento da crise. Se os empreiteiros também fizerem delação premiada, o processo poderá avançar muito mais rapidamente, liquidando com o PT, com Lula e com a própria presidente Dilma. E o vice Michel Temer já se sente efetivado no Planalto e ontem até deu entrevistas dizendo que é preciso que o novo ministro da Fazenda seja um “homem do mercado“. Dilma não gostou da intromissão dele, mas não pode fazer nada, tem de aturar. (C.N.)
Quem Temer quer ? Abilio Diniz ? Currículo: Varejo Alimentar, Extra, Pão de Açúcar …
Juiz Moro quebra sigilo dos empreiteiros envolvidos .PF pede prorrogação de prisões .CPMI aprova convocação e acareações .Cerco final se fecha em torno do governo corrupto do PT.
Depois da “mancada” do grande “operador” Marcos Valério, agora o “trouxa”, virou moda a delação premiada. Ele achou que tudo correria bem. Afinal, o PT manda m tudo e em todos. Bastou aparecer um juiz honesto e mais o PF e a casa começou a ruir.
No entanto, o pessoal que continua mentindo, não terão delação premiada. Serão DELETADOS da vida política e da sociedade brasileira.
Mais uma vez esta turma ajuda a corrigirmos o ditado: a ocasião faz o ladrão.
O correto é “o ladrão faz a ocasião”.
O Temer continua com aquele bocão de jacaré, esperando a gorda pressa cair. Só que tem que ser no ano que vem….