
Mike Pompeo, saudado pelo americanófilo Ernesto Araújo
Mônica Bergamo
Folha
Os seis ex-chanceleres brasileiros vivos assinaram uma nota de apoio ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, em que igualmente repudiam a visita do secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, às instalações da Operação Acolhida, em Roraima, na fronteira com a Venezuela.
“Condenamos a utilização espúria do solo nacional por um país estrangeiro como plataforma de provocação e hostilização a uma nação vizinha”, afirmam os ex-chanceleres na nota, afirmando que Rodrigo Maia foi “intérprete dos sentimentos do povo brasileiro”.
AFRONTA À DIPLOMACIA – Na sexta-feira (dia 18), Maia afirmou que a ida de Mike Pompeo, às instalações da Operação Acolhida, que recebe venezuelanos que migraram para o Brasil, é uma “afronta às tradições de autonomia e altivez” da política externa brasileira.
Em nota, o presidente da Câmara disse que a visita, a apenas 46 dias das eleições nos Estados Unidos, “não condiz com a boa prática diplomática” e internacional. Pompeo é secretário de estado de Donald Trump, que busca o segundo mandato como presidente dos EUA.
Em resposta, o chanceler brasileiro Ernesto Araújo disse que Maia se baseia em “informações equivocada” e que não é possível ignorar o “sofrimento do povo venezuelano”.
NOTA DE APOIO A MAIA – A nota de apoio a Maia é assinada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que foi chanceler no governo de Itamar Franco entre outubro de 1992 e maio de 1993, e pelos ex-chanceleres Francisco Rezek [governo Collor], Celso Lafer [governos Collor e FHC], Celso Amorim [governos Itamar Franco e Lula], José Serra e Aloysio Nunes Ferreira [governo Temer].
Endossam ainda o documento o ex-ministro da Fazenda Rubens Ricupero, que é diplomata e foi embaixador em Washington, e Hussein Kallout, ex-secretário de Assuntos Estratégicos no governo de Michel Temer.
PRINCÍPIOS BÁSICOS – No texto, eles dizem ainda que, “de igual forma que presidente da Câmara dos Deputados”, reafirmam que a Constituição estabelece os princípios pelos quais o Brasil deve guiar suas relações internacionais: independência nacional, autodeterminação dos povos, não-intervenção e defesa da paz.
“Conforme salientado na nota do presidente da Câmara, temos a obrigação de zelar pela estabilidade das fronteiras e o convívio pacífico e respeitoso com os vizinhos, pilares da soberania e da defesa”, diz ainda o texto.
Aloysio Nunes Ferreira ? Seu passado também lhe condena.
O motorista do Mariguella é referência para alguma coisa?
Contra o governo, corruptos apoiam ditaduras e tirania.Aloysio Nunes Ferreira, lembrei da imagem do seu ex-patrão, na Alameda Casa Branca, no interior de um Fusca, crivado de balas, com olhos arregalados, lindo não é?Um terrorista despachado para o inferno!