Flávio Bolsonaro não recorreu ao Supremo; ele recorreu ao ministro Dias Toffoli

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Charge do Pelicano (Arquivo Google)

Pedro do Coutto

Foi um verdadeiro desastre, sob todos os aspectos, a decisão do presidente do Supremo acolhendo requerimento do senador Flávio Bolsonaro para que fossem sustadas todas as investigações em torno de sua pessoa em razão do relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), sem quebra do sigilo bancário anterior, incluindo o caso relativo a Fabrício Queiroz que trabalhou em seu gabinete na Assembleia do Rio.

Dias Toffoli sustou todos os processos nessa esfera e lançou a rede de proteção para os indiciados. O Globo, Estado de São Paulo e Folha de São Paulo publicaram ontem – de maneira direta e indireta – os efeitos da medida de Toffoli.

VENDAVAL – Foi um verdadeiro vendaval no próprio Judiciário e na Procuradoria Geral da República a quem o Ministério Público Federal está vinculado. Em O Globo, a reportagem foi assinada por Leandro Prazeres e André de Souza. No Estado de São Paulo, por Amanda Pupo. E na Folha, por Fábio Fabrini, Italo Nogueira e Reynaldo Turollo.

O caso Fabrício é uma extensão da diretriz adotada pelo presidente do STF e também será suspenso. Pode se aplicar ao caso a importância de se chamar Fabrício, como numa peça teatral.

DILEMA – A Procuradora Geral da República, Raquel Dodge, penso eu, encontra-se no dever de recorrer ao pleno da Corte. Enfrentará um dilema: seguir a própria consciência, ou disputar sua recondução ao cargo. Talvez sua recondução ao cargo, que depende de Jair Bolsonaro, já se encontre distante de suas aspirações legítimas.

Foi surpreendente esse panorama geral dos fatos vinculados e decorrentes que culminaram com a sustação das investigações abertas pela estrada do Coaf, passando pelas paragens dos sigilos bancários e fiscal.

REFLEXOS – Na sequência do vendaval surge como reflexo da medida aplicar a acusados a mesma decisão proferida em favor de Flávio Bolsonaro. Trata-se, como se constata de uma corrente muito grande de processados judicialmente, que incluem criminosos de altíssimo periculosidade, como os líderes das grande facções e do narcotráfico.

A tarefa das instâncias judiciais agora será pesquisar as situações idênticas e aplicáveis à medida que teve como endereço o nome de Flávio Bolsonaro, mas cujos efeitos vão muito além do senador eleito nas urnas de 2018.

Agora vamos aguardar as movimentações que vão se seguir na planície e no Planalto.

One thought on “Flávio Bolsonaro não recorreu ao Supremo; ele recorreu ao ministro Dias Toffoli

  1. Coutto.

    O silêncio dos partidos políticos, a oab (caixa baixa), o silêncio de alguns minitros do stf, stj, o silêncio do senado, do congresso, o silêncio do presidente, que indiretamente foi chamado de governo fascista…ficou calado, because do filho. Só a TI no momento está falando. TI e o Povo – ninguém critica nada.

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