Fernando Canzian
Folha
A presidente da República não tem mais como esconder o fracasso de seu governo na economia.
A desculpa da economia internacional é falsa, já que o mundo deve crescer cerca de 3,3% neste ano, segundo o FMI, e o Brasil bem menos que 1%. Entre os emergentes, o desempenho médio será ainda melhor: 4,4%.
Dilma diz com razão que o desemprego é baixo e que a renda dos trabalhadores cresceu. Mas a que custo? Tirando o único ponto brilhante na área econômica (o mercado de trabalho) fica claro que a situação atual é insustentável. É questão de tempo a deterioração dos números nesse setor também.
O subterrâneo está todo desajustado. O Brasil não cresce e estoura a meta de inflação e as contas públicas. Praticamente não haverá saldo comercial neste ano. E os juros terão de continuar altos para segurar preços e atrair dinheiro de fora, pois o rombo externo também é o maior em vários anos.
Não é birra de paulista o fato de Dilma ter se estrepado no domingo passado no Estado mais industrializado e competitivo do país. Nem coincidência a presidente ter, mais uma vez, se sustentado com votos do Nordeste e Norte, regiões mais atendidas por programas sociais.
QUEIMANDO A GORDURA
A política econômica de Dilma foi errática do começo ao fim, e seu governo termina de forma melancólica nessa área. Mesmo os milhões de empregos criados são de má qualidade, concentrados muito no setor de serviços, o que denota a falta de produtividade na economia brasileira.
Dilma queimou quase toda a gordura que herdou do governo Lula, que lhe deixou 7,5% de crescimento em 2010. E desajustes que, à época, não eram tão complicados de arrumar. Agora são.
No governo Dilma chegamos a 54 milhoes de inclusoes sociais no SPC !!!
O mundo não vai crescer 3,3 % e o FMI não acerta uma,realmente a politica economica do PT é um fracasso.
http://www.zerohedge.com/news/2014-10-07/imf-comedy-hour-complete-history-imfs-growth-forecasts-2012
O desemprego é baixo porque os integrantes do bolsa família e os desempregados que não estão procurando emprego não entram nas estatísticas e não porque a economia vai bem.
A Administração DILMA/TEMER cometeu uma série de erros Econômicos que estão lhe custando caro. Excesso de interferência nos Mercados ( Combustíveis, Juro Básico, Energia Elétrica, Tarifas Públicas, etc), e falta de paciência para dialogar com os Agentes Econômicos e Contabilidade Criativa, criaram um clima de INSEGURANÇA ECONÔMICA, fatal para o Investimento. Em nível internacional, vivendo rescaldo da grande crise financeira de 2008, EUA pequeno crescimento, Europa e Japão estagnados e China e demais BRICS desacelerando, não se pode esperar muita coisa. O Brasil dependerá dele mesmo para voltar a crescer e reduzir seu Duplo Deficit. Felizmente, temos um grande Mercado, demandas ainda muito grandes, e novas Fronteiras para Desenvolver. Aqui é que entram nossos quase 9 Milhões de Km2, com ainda muitas áreas economicamente virgens. Os dois grandes trunfos da Adm. DILMA/TEMER, DESEMPREGO entre os que procuram Emprego menor que 7%, e INFLAÇÃO dentro do teto da Meta de 6,5%aa, parece que não estão mais sendo suficiente para fazer frente a ruim Conjuntura Econômica e o natural desgaste do Poder. Quem ganhar a Eleição, terá que além de manter o Tripé Macroeconômico ESTABILIZADOR, criar um grande nível de CONFIANÇA de que os Investimentos voltarão a dar BOM RETORNO, tudo isso manejando as Políticas Monetárias/Fiscal e Cambial, fazendo o País crescer a +- 4%aa, a a partir de 2016.
Sobre a estatística do desemprego, temos uma informação oficial divulgada pelo IBGE que, infelizmente, não considera os que estão dependurados no seguro-desemprego, nem aqueles que estão procurando emprego como desempregados.
Este fato insufla o número de empregados positivamente, dando a falsa impressão de que estamos próximos do pleno emprego.
São números artificiais.
Já sobre a economia, concordo plenamente com o artigo. Mas, o ministro Mantega, pago para mentir e divulgar números e espectativas mentirosos, continua assim procedendo.
A nossa felicidade é saber que estes pulhas serão, enfim, no último dia deste ano, defenestrados do poder federal.
Pela graça divina!