Flora trabalha mensagens curtas e de grande alcancePaulo Peres
Site Poemas & Canções
A tradutora, cronista e poeta paulista Flora Figueiredo faz um belo “Lembrete”, para nunca deixarmos portas entreabertas. É uma grande lição de vida, contida num poema direto, de poucas palavras.
LEMBRETE
Flora Figueiredo
Não deixes portas entreabertas
Escancare-as.
Ou bata-as de vez.
Pelos vãos, brechas e fendas.
Passam apenas semiventos.
Meias verdades
E muita insensatez.
Escancare-as.
Ou bata-as de vez.
Pelos vãos, brechas e fendas.
Passam apenas semiventos.
Meias verdades
E muita insensatez.
Foi exatamente o que aconteceu na políticos, os ávidos pelo poder deixaram as portas entreabertas com a famigerada anistia feita nas coxas, e deu no que deu, os detritos voltaram a bloquear a evolução do país e de população, e, sobretudo, a convivência político-econômico-social, que, infelizmente, não obstante os avanços tecnológicos mundiais, ainda continua na idade da pedra.
De Gonzaguinha e Gonzagão
“Veja bem,
Nosso caso é uma porta entreaberta
E eu busquei a palavra mais certa
Vê se entende o meu grito de alerta”
Não deixes portas entreabertas
Escancare-as.
Ou bata-as de vez.
Pelos vãos, brechas e fendas.
Passam apenas semiventos.
Meias verdades
E muita insensatez.
====
Tenho um lema que aprendi bem cedo: nunca me atrevo a ensinar o que não sei.