
Charge do Sponholz (sponholz)
Bela Megale e Camila Mattos
Folha
A J&F, dona da empresa JBS, uma das maiores processadoras de proteína animal do mundo, se movimenta para abrir negociação de acordo de delação e leniência com o Ministério Público. Segundo envolvidos nas tratativas, já ocorreram pelo menos dois encontros entre os investigadores e representantes da empresa. As conversas, no entanto, estão em estágio preliminar. No último ano, a companhia foi alvo de pelo menos seis operações da Polícia Federal, o que tem causado preocupação em relação à sua sobrevivência.
Além do desgaste da imagem, com conduções coercitivas e afastamento de executivos, os bloqueios de bens e outras medidas cautelares podem afetar a liberação de recursos de bancos públicos e privados, entre outros pontos.
ESPECIALISTA – Um dos passos mais recentes da empresa foi o contato com o advogado e ex-procurador da República Luciano Feldens para encabeçar as conversas – ele foi o responsável pela colaboração premiada de Marcelo Odebrecht, ex-presidente e herdeiro do grupo baiano.
A JBS e seus executivos são alvos, por exemplo, da Greenfield, da Sépsis e da Cui Bono, na Procuradoria do Distrito Federal, que apura prejuízos nos maiores fundos de pensão do país.
Na sexta-feira (DIA 12), dois sócios do grupo, os irmãos Joesley e Wesley Batista, estiveram novamente na mira da PF, desta vez na Operação Bullish (também no DF), que aponta prejuízo aos cofres públicos de R$ 1,2 bilhão, por supostas fraudes em aportes do BNDES.
ACORDO TEMÁTICO – A companhia acena para tentar um acordo que seja temático, envolvendo apenas as investigações a que está submetida. A Procuradoria do Distrito Federal, da primeira instância federal, porém, tem resistido à ideia.
O posicionamento de procuradores tem sido o de negar essa possibilidade, apontando a Procuradoria-Geral da República como o caminho correto a ser seguido no momento, já que futuros delatores poderiam envolver pessoas com foro privilegiado em seus relatos.
Entre os temas que o grupo pretende abordar, de acordo com envolvidos nas conversas, estão incentivos do BNDES e fundos de pensão.
CULPAR O IRMÃO – Com o acordo, a empresa busca poupar um dos sócios do grupo. A tendência, relatam pessoas ligadas às tratativas, é que Joesley seja o escolhido para assumir a culpa das ilicitudes e isente Wesley, que continuaria à frente às atividades da companhia.
Essa estratégia também é empecilho para que as negociações avancem, já que as autoridades querem um modelo parecido com aquele usado com a Odebrecht, que envolveu 77 ex-funcionários, entre eles os donos da empreiteira.
Procurada, a J&F afirmou que não comenta o que classificou de “rumores”. O advogado Luciano Feldens, por sua vez, não respondeu às perguntas da reportagem.
INVESTIGAÇÕES – Na Operação Sépsis, derivada da Lava Jato, o grupo é investigado sob suspeita de que a Eldorado Celulose, do grupo J&F, teria pago propina para obter recursos do fundo de investimentos do FGTS. A PF realizou buscas na sede do grupo e na casa de seu dono, Joesley Batista, em São Paulo
Já na Operação Greenfield, a Eldorado Celulose é suspeita novamente de ter recebido recursos irregulares de fundos de pensão. E a Justiça determinou que Joesley e seu irmão se afastassem da direção do grupo. Depois, na Operação “Cui Bono?”, a J&F é acusada de ter se beneficiado de um esquema de concessão de créditos pela Caixa, por Eduardo Cunha e Geddel Vieira Lima.
Na Operação Carne Fraca, a JBS é investigada no esquema de pagamento de fiscais do Ministério da Agricultura para facilitar a venda de carnes adulteradas. Por fim, na Operação Bullish, a JBS é alvo de suspeitas de irregularidades sobre a maneira como o BNDES aprovou investimentos de R$ 8,1 bilhões em sua expansão.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A grande dúvida é saber se os irmãos Batista vão entregar o ministro Henrique Meirelles, que antes de assumir a Fazenda era o principal mentor do grupo, conduziu a compra da Alpargatas e a criação do Banco Original. (C.N.)
Realmente, os liberais que tanto defendem o estado mínimo, devem estar adorando este governo judicial estatal brasileiro.
Marco Aurélio Mello (STF) afirmou que é atribuição exclusiva do Judiciário negociar benefícios de penas nas delações premiadas. “O Ministério Público não pode prometer algo que decorre da caneta de quem julga. O Ministério Público não fala pelo Judiciário”
Nos bastidores, policiais federais vêm criticando procuradores por negociarem diretamente as penas na Lava-Jato. Eles ressaltam que, nos acordos feitos pela PF, os delegados se limitam a ouvir os colaboradores e deixam a definição das sanções a critério do juiz. Já procuradores argumentam que, pelo modelo de acordo penal usado pelo Brasil, o MP é autorizado a negociar tanto a acusação quanto a pena – que, uma vez homologada pelo juiz, teria validade plena. As condutas são inspiradas no modelo americano de delação.
Uma cláusula inédita na Lava-Jato prevê que os executivos e ex-executivos da Odebrecht podem começar a cumprir as penas que foram negociadas com o Ministério Público mesmo antes das condenações.
Mas ao analisar os termos das delações, Cármen Lúcia afirmou que o cumprimento das sanções deve ser estabelecido pelo juiz responsável pelo processo penal referente a cada executivo.
A decisão da ministra deixou os delatores da Odebrecht numa espécie de limbo, porque a maior parte deles sequer foi investigada ou denunciada pelo Ministério Público – portanto muitos casos ainda nem resultaram na abertura de um processo penal.
https://goo.gl/glfmda
O Meio-quilo de mortadela, agora vai ser só 250 gramas pois está repetindo o texto.
Felizmente, para o bem do povo e espero, felicidade geral da nação, a lava jato não pode parar, até que tudo esteja limpo, sei que vai demorar bastante, mas espero que tudo que foi roubado seja devolvido, o Brasil precisa ser respeitado, não só por quem tem o poder, como também no exterior.
Se for uma delação de verdade tem que ter Henrique Meirelles.
Do contrário, nada feito !
Não se assustem se aparecer boi voando, pois a época é propícia.
Esses aí da JBS, os verdadeiros DESTRUIDORES da Nação Brasileira!
Um modelo de empresa capitalista selvagem, provocando dano irreparável ao ecossistema que beneficia e proporciona a vida humana neste planeta…
Responsáveis por muito mais da metade de todas as doenças, falta d’água, falta de chuvas, e futuramente falta de comida, devido ao modelo totalmente insustentável em que se respalda.
Gestores do sistema escravagista da atualidade.
Assassinos da humanidade…
A Monsanto na Flora, A JBS na Fauna, e uma desculpa, que Marte serve….
Morto, morte, terror….
Será que a grande imprensa (Veja, Época, etc) ainda vai sair em peso em defesa da Friboi e etc., como fez no início da operação ‘carne fraca’?