
Papel da Justiça Eleitoral é lutar pela democracia, diz Moraes
Luana Patriolino
Correio Braziliense
Nesta quinta-feira, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal e vice-presidente do TSE, disse que a Justiça Eleitoral nasceu e segue com “vontade de concretizar a democracia e coragem para lutar contra aqueles que não acreditam no Estado Democrático de Direito”.
A declaração foi feita na abertura das celebrações de 90 anos da Justiça Eleitoral, na sede do Tribunal Superior Eleitoral em Brasília. No discurso, Moraes não citou ataques promovidos por Bolsonaro e seus apoiadores ao sistema eleitoral.
DISSE MORAES – No evento, Alexandre de Moraes também enalteceu o papel do TSE no combate à desinformação e luta pela transparência. “Os brasileiros só têm do que se orgulhar da Justiça Eleitoral. É um trabalho sério, duro e de fiscalização, mas, mais do que isso, o trabalho da Justiça eleitoral é um trabalho de afirmar dos valores democráticos, republicanos e do estado de direito”, disse.
O ministro ainda destacou o histórico de luta do sistema eleitoral contra a fraude. “Nasceu com muita vontade, nasceu com muita coragem de lutar pela democracia e com muita coragem de lutar contra um sistema que, à época, era um sistema que tentava capturar a vontade soberana do povo, desvirtuando os votos que eram colocados nas urnas”, disse.
“Esse foi o surgimento da Justiça Eleitoral: vontade de concretizar a democracia e coragem para lutar contra aqueles que não acreditam no estado democrático”, declarou Moraes.
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A BRIGA ENTRE BOLSONARO E SUPREMO
Ana Luiza Albuquerque Folha
Nas últimas semanas, ministros da corte eleitoral têm reagido a insinuações golpistas do presidente Jair Bolsonaro. No último dia 12, o presidente do TSE, Edson Fachin, disse que a eleição é um assunto civil e de “forças desarmadas”. Já no evento desta quinta-feira, Fachin fez um discurso protocolar e sem recados ao governo Bolsonaro.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), também voltou a defender o Judiciário, alvo dos ataques e ações do presidente Bolsonaro.
Ao participar de evento do Conselho da Justiça Federal, o senador mineiro declarou que o compromisso com a democracia “não se faz sem o absoluto respeito ao Poder Judiciário”.
REPRESENTAÇÃO – Na quarta (18), Bolsonaro apresentou à PGR (Procuradoria-Geral da República) uma representação contra o ministro Alexandre de Moraes. A ação é similar à que foi protocolada no Supremo na terça e rejeitada no dia seguinte pelo ministro Dias Toffoli.
Com a nova investida, Bolsonaro obrigará o órgão comandado pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, a se manifestar sobre o assunto. A PGR não foi consultada previamente por Toffoli sobre as alegações do presidente.
A iniciativa do chefe do Executivo representa mais uma ofensiva contra a cúpula do Judiciário. Moraes é relator de inquéritos que têm como alvo o mandatário e seus aliados. Bolsonaro afirma que o magistrado tem realizado ataques à democracia e desrespeitado direitos e garantias fundamentais previstas na Constituição.
Ah, tá.
https://www.otempo.com.br/politica/ricardo-correa/lula-bolsonaro-e-os-ditadores-amigos-1.2571621
https://g1.globo.com/politica/ao-vivo/caso-lula-julgamento-no-stf.ghtml
O que estão pensando o que seja democracia.
Se seguissem a CF88 já estaria de bom tamanho.
… que seja…
A última palavra é do povo na rua e o impeachment subsequente, que virá certamente, se essa polarização entre os adores de ditaduras persistir.
..adoradores…