
Emílio Moura era também um excelente retratista
Paulo Peres
Poemas & Canções
O jornalista, professor, artista plástico e poeta mineiro Emílio Guimarães Moura (1902-1971), do grupo modernista da década de 20, revela neste poema uma visão melancólica sobre o “Mundo Imaginário”. A foto que ilustra a matéria foi tirada por Wilson Baptista, fotográfo mineiro, muito amigo do poeta e pai de nosso companheiro Wilson Baptista Júnior, o Mano, figura de destaque na TI.
MUNDO IMAGINÁRIO
Emílio Moura
Sob o olhar desta tarde,
quantas horas revivem
e morrem
de uma nova agonia?
Velhas feridas se abrem,
de novo somos julgados,
o que era tudo some-se
e num mundo fechado
outras vigílias doem.
A noite se organiza e,
no entanto, ainda restam
certas luzes ao longe.
Ah, como encher com elas
este ser já não-ser
que se dissolve e deixa
vagos traços na tarde?
Foto do Emílio Moura tirada por meu pai, Wilson Baptista, amigo dele e um dos grandes fotógrafos amadores brasileiros.
1) Parabéns Wilson.
2) Até onde sei, vocês são uma família de bons fotógrafos.
3) Uma apreciável Arte !