
Reprodução do Arquivo Google
Pedro do Coutto
É exatamente isso, porém o ministro Paulo Guedes, não sei por que, omitiu a informação ao divulgar o projeto enviado ao Congresso. Não pode ficar abaixo de 3,3 trilhões, digo eu, porque esse é o total orçamentário de 2019. Com base na lei e no bom senso deverá ser 4% maior pois esta é a inflação projetada do IBGE para este ano. Fiquei surpreso diante da omissão.
E não foi esse o teto da lei de meios para o próximo exercício, não atino qual o motivo de o governo ao divulgar a matéria não ter considerado a diferença entre receita e despesa no final da ópera.
MAIS DIFICULDADES – O Ministério da Economia, ao enviar a mensagem acentuou dificuldades financeiras entre crédito e débito, destacando que a compressão deficitária reduz o programa de investimentos à fraca parcela de 19,3 bilhões de reais.
Não deixou de assinalar, entretanto, o déficit de 244 bulhões relativo às contas do INSS. Uma despesa de 844 bilhões e uma receita de 600 bilhões. Foi também calculado o déficit de 39 bilhões referente à folha de vencimentos do funcionalismo federal.
O confronto entre despesa e receita faz encolher as aplicações de capital imaginada na esplanada de Brasília.
COM DESTAQUE – O Globo, Folha de São Paulo e O Estado de São Paulo, como é natural, publicaram com destaque a matéria. Em O Globo, ela foi assinada por Manuel Ventura e Marcelo Correa. Na FSP, por Bernardo Caran e Tiago Resende. No Estado de São Paulo, a reportagem foi de Idiana Tomazelli. Deixo aqui uma sugestão para os cinco repórteres que abordaram a medida proposta ao Congresso através de mensagem do presidente Jair Bolsonaro.
A ideia a qual me refiro é que os cinco jornalistas procurem se informar qual é o montante da chamada lei de meios. A despesa, pelo quadro estatístico divulgado, eleva-se a 1 trilhão e 479 bilhões de reais. Falta, portanto, descobrir onde estão colocados os números da lei orçamentária para perfazer a escala de 3 trilhões e 300 bilhões de reais.
FALTA UMA PARCELA – Fica faltando uma diferença muito grande e é preciso considerar que não existe crédito sem débito, da mesma forma débito sem crédito. Quando se debita a alguém está se creditando a outra pessoa. O raciocínio vale tanto para as pessoas físicas quanto para as jurídicas.
Talvez a diferença se refira as empresas estatais como Petrobrás e Eletrobrás, além de Furnas, Chesf, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. Mas aí surge uma contradição entre crédito e débito, já que tanto a Petrobras quanto a Eletrobrás, além do Banco do Brasil noticiaram terem fechado o exercício passado com lucro financeiro.
Vale acentuar, por fim, qual o destino do recurso desembolsado pela rolagem da dívida interna que se encontra em torno de 5 trilhões de reais. A rolagem exige juros anuais de 6%, nível este estabelecido pela taxa Selic. Como se constata, a mensagem da Lei de Meios apresenta sombras que necessitam serem iluminadas para a opinião pública do país.
O grande e experiente Jornalista Sr. PEDRO DO COUTTO chama atenção sobre a fala do Ministro da Fazenda Dr. PAULO GUEDES sobre a proposta do Orçamento Federal 2020, porque ficou só na parte Corrente e não na Parte Financeira.
Em Números redondos vamos tentar simplificar a apresentação do Orçamento Federal 2020:
PIB 2020…………….R$ 7.000 Bi
Orçamento Federal 2020……….R$ 3.432 Bi
Receita Corrente (Tributos)………R$ 1.500
Bi
Deficit Corrente…………..R$ 144 Bi
Receitas Financeiras………R$ 1788 Bi
Despesas Correntes………R$ 1.600 Bi
Despesas Financeiras…….R$ 1.788 Bi
Os Economistas chamam a Parte Corrente de PRIMÁRIA do Orçamento, e a Parte Financeira de NOMINAL.
Vemos que em 2020, ainda teremos um Deficit Corrente ( Primário) de R$ 144 Bi .
E que pouco mais de 50% é com Despesas Financeiras (Amortização e Juros da alta e de perfil curto de 6 Anos de nossa Dívida Pública.
A Amortização da Dívida Pública não precisamos pagar, só “rolar”, mas se não pagamos os Juros que no Orçamento Federal 2020 estão estimados em R$ 365 Bi, a Dívida Pública vai crescendo até chegar no limite, que é atingido quando os Emprestadores começam a perder a CONFIANCA de que o Governo vai honrar os seus compromissos Financeiros.
Para evitar isso, o Governo tem que no mínimo paralisar o crescimento da Dívida Pública “em relação ao PIB” criando Superavits Correntes- PRIMÁRIOS.
O Ministro da Fazenda nunca chama atenção para a parte Financeira (Nominal) do Orçamento para ” não alertar muito os Gansos”. E está certo nisso.
Me pergunto, qual o limite que o Mercado suporta de Despesas Financeiras sobre o Orçamento Federal e acho que 50% como já passou atualmente, acende a luz vermelha.
Para manter a Inflação controlada, acho que apesar da AUSTERIDADE no Orçamento Federal 2020, o Governo fez o que é possível.
Teremos crescimento Econômico baixo e alto Desemprego, ainda por uns 3 anos.
Abração.
A matéria do Pedro demonstra como a imprensa desinforma a população ,por que não se faz auditoria das dividas int e ext.
No orçamento está previsto o caminhão de dinheiro que será direcionado para o aumento doa militares.
Se fosse para os soldados, cabos l, taifeiros, marinheiros… não veria mal. Mas acontece que os benefícios são proporcionalmente maiores para o oficialato.
Aliás, como já comentei aqui antes, citando fontes, inclusive… Existe um excesso de oficiais nas FFAA brasileira comparativamente com as forças de outras nações (inclusive as que operam em conflitos mundiais).