Está na moda estuprar o próprio passado, construindo uma ponte reluzente usando o presente para embelezar o futuro. Apanhada em flagrante garantindo que era “mestre em Teoria da Economia e doutora em Economia Matemática e Financeira”, Dona Dilma trocou toda a pompa por uma palavra, “CURSOU”. Se chegassse a presidente, seria cobrada sempre. Como não chegará, apenas “sinal dos tempos”.
Celso Amorim também enfeitou a biografia com um curso em Londres por onde passou uns meses, mas afirmando que se DOUTOROU. Esqueceu de colocar os tenebrosos tempos em que foi presidente da Embrafilme, o maior escândalo dos anos 80, revelados por este repórter em mais de 20 reportagens.
Roberto Marinho exigia ser chamado de doutor. Até que o ministro Armando Falcão, seu maior amigo na época, escreveu carta à Tribuna da Imprensa, explicando: “Ele não passou do primeiro ano da faculdade de Direito”.