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Pedro do Coutto
Pesquisa do Datafolha, reportagem de Ana Estela de Souza Pinto, Folha de São Paulo de segunda-feira, revelou a forte rejeição que o projeto de reforma da Previdência do governo Michel Temer provocou na opinião pública: 71% do país são contrários, sendo que, na faixa dos que têm formação superior, 78% condenam o projeto. O principal motivo está na dificuldade de se obter aposentadoria, decorrência da necessidade de trabalhar por mais tempo para atingir a exigência.
A pesquisa do Datafolha vai influir para dificultar a aprovação da matéria, sobretudo porque a iniciativa é impopular e os deputados e senadores terão que renovar seus mandatos nas urnas de 2018. Outro motivo que causa reação contrária são as regras especiais que o governo decidiu atribuir aos professores, policiais e militares.
IDADE MÍNIMA – A exigência de 65 anos de idade para os homens e 62 para mulheres é outro motivo de condenação, sobretudo porque o projeto estabelece que as contribuições sejam feitas ao longo de 40 anos. Enquanto 71% são contrários, apenas 23%são favoráveis.
É preciso acentuar, contudo, que algumas pessoas que responderam ao Datafolha já se encontram aposentados. E, portanto, não se encontram incluÍdos nas novas restrições colocadas. A exigência de 40 anos de contribuição foi a que causou maior rejeição. Outro problema, alvo de reações contrárias é o que desvincula o reajuste dos vencimentos dos aposentados e pensionistas do salário mínimo.
O Datafolha indagou qual o percentual de trabalhadores que possui Previdência Privada. Apenas 10% possuem aplicações. Como era de esperar, a maior parte dos que têm plano particular localiza-se entre os profissionais liberais. Isso de um lado. De outro, os próprios militares, policiais e professores são favoráveis à igualdade de regras para aposentadoria, embora estejam beneficiados pela exceções.
MAIS CRÍTICAS – Dos entrevistados, 52% consideram que brasileiros, pela lei em vigor, já se aposentam muito tarde, portanto são de opinião que aposentadoria será ainda mais retardada.
Por escala salarial, como era de se prever, a parte mais expressiva dos que contribuem espontaneamente para aposentadoria privada paralela situa-se entre aqueles cujos vencimentos passam de 10 salários mínimos mensais. Em segundo lugar entre os que têm salários oscilando entre 5 e 10 salários mínimos por mês.
A pesquisa revelou uma dificuldade a mais que o governo vai enfrentar para obter 60% dos votos necessários para a emenda constitucional. E também a pressão contrária dos Sindicatos vai crescer com base na matéria da Folha de São Paulo.
Essa deforma da previdência não pode passar em hipótese nenhuma !!!
O povo tem que usar todas as armas que tiver para evitar esse crime contra o trabalhador !!!
http://sinergiabahia.com.br/reforma-da-previdencia-ignora-426-bilhoes-devidos-por-empresas-ao-inss/
Se passar a reforma do Temer, aposentadoria no Brasil passará a se chamar “pé na cova”, pois se o indivíduo conseguir se aposentar estará já no final da sua expectativa de vida e portanto a beira do túmulo.
Os 71% que contestam a reforma, deve ser de gente ainda na ativa, já os 29% que concordam, já devem estar aposentado ou são masoquistas.
O grande e experiente Jornalista Sr. PEDRO DO COUTTO , um dos maiores Especialistas/Analistas em Pesquisas de Opinião, ressalta que 71% da População rejeitam a Reforma da Previdência tal como apresentada pelo Governo.
Infelizmente o Governo DILMA e a Conjuntura Internacional ( queda abrupta do Preço das Commodities de Exportação do Brasil, ex. petróleo, minérios de ferro, outros minerais, madeiras, papelão/papel, etc), levaram o Governo a crescente Deficit Fiscal e Endividamento que punha em dúvida até a solvência ( capacidade de giro/pagamento da Dívida), o que gerou a maior Recessão desde 1929, ( -8% do PIB em 2 1/2 anos). Houve muita evasão de Capital do Brasil.
Para acabar a Recessão/Desemprego, temos que fazer Reformas DIALOGADAS que além de Zerar o Deficit Fiscal criem Superavits Primários que sinalizem que lá na frente a Dívida Pública em relação ao PIB vai diminuir.
Embora o prazo seja curto, Todas as Reformas, especialmente a Previdenciária, devem ser bem DIALOGADAS no Congresso, com a participação plena de todas as partes, e seus CUSTOS devem ser arcados proporcionalmente à Capacidade de Pagar e Deficits, de cada Categoria envolvida. (Funcionários Públicos Civis/Militares, Trabalhadores Rurais e Urbanos, Classes Produtoras).
E tudo isso tem que ser feito antes de Out/2018, ano de Eleição Presidencial, ano em que os aumentos de Salários devem superar a Inflação.
Reformas? Durante anos empurraram com a barriga. O PT não fez por medo e por conveniências.
Temer, ao contrário, não tem o que perder. Termina o governo (se terminar…) no final de 2018 e vai aproveitar a vida familiar: esposa e filho.
Aos que assumirem os novos mandatos, em 2019, ficam as bombas. E ao povo brasileiro, a dívida.
Chegou a hora da sociedade tirar a bunda da cadeira, por o cérebro para funcionar e decidir seu destino. E por favor, já passou o tempo da sociedade entender que, “aquele que não cuida de suas coisas ou as perde, os outros as carregam”.
Enfim, de tudo o que está ocorrendo e ocorrerá, uma parcela considerável de tudo que ai está, foi produzida por equívocos, omissão e irresponsabilidade da própria sociedade. Infelizmente, tem gente que se nega a enxergar isto. E, ainda, tenta tapar para outros não verem!
Na minha modesta opinião, cabe/caberia a sociedade, optar pelo que entende melhor. Se Temer, ou o núcleo do governo, conseguisse pensar, sairiam bem melhor da confusão.
Ora, se 71% é contra a reforma, pois que cada um diga, EM PLEBISCITO ABERTO (votação em listas contendo o nome, assinatura e o voto de cada eleitor) como quer. Desta forma, assumiriam os destinos de suas vidas e dos resultados para elas, nos próximos anos. É o que convencionaram chamar de “decisão direta”.
Se o pênalti, no futebol, é tão importante que deveria ser batido pelo presidente do clube, nada mais justo e responsável que os ditos cidadãos coloquem sua digital na reforma. E “c´est fini”.
Continuar debatendo teses da reforma, na base de meias verdades/meias mentiras dos dois lados, tendo ao fundo uma sociedade atordoada com questões pessoais.
Repito: está na hora da sociedade assumir, integralmente, a responsabilidade com seu país!
Fallavena
País, que País ?
Mas de quem deve partir a iniciativa, Sr.Fallavena?
Pingback: Pesquisa Datafolha revela que 71% rejeitam a reforma da Previdência – Debates Culturais
Prezado. Fabio Vale
Agradeço tua pergunta e me sinto a vontade para responder.
Uma proposta assim deve ser iniciativa de qualquer das partes.
Contudo, é preciso querer fazê-la. Temer deveria propor, em primeiro lugar. Esta premido pelo tempo e pela falta de “apoio político”. Se livraria dos prejuízos.
As centrais não proporão: é contra seus interesses. Por que? Pelo simples fato de retirar o peso das costas daqueles que sempre usam para suas malandragens: os governos.
Se eu fosse Temer, faria a proposta. É a melhor maneira de sair da sinuca de bico e deixar a “bomba”! com quem vai carregá-la nos próximos anos.
Na verdade, ambos os lados estão usando mentiras, defendendo suas relações.
Dias atrás escrevi que é preciso uma auditoria completa, que identificasse tudo, desde o início. As distâncias das duas posições, em relação a real situação da previdência, é sinal claro e evidente de que ambos mentem.
Um plebiscito seria um passo a frente. Faria com que todos nós, mais do que preocupação, buscássemos conhecer a realidade e as melhores saídas.
Poderá representar uma despertar, um apoio ao item de RESPONSABILIDADE, coisa que está, cada vez mais, distantes dos cidadãos deste país.
Não tenho a pretensão de dar luz ao problema, mas de mostrar como nossa sociedade tornou-se irresponsável com as suas coisas.
Fraterno abraço.
Fallavena