
Perseguição que Aras move contra a Lava Jato será investigada
Sara Resende
TV Globo — Brasília
Um grupo formado por sete senadores pediu nesta quarta-feira (5) ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) que apure a conduta do procurador-geral da República, Augusto Aras, sobre a Lava Jato. Os parlamentares argumentam que Aras pode ter quebrado o decoro, ou seja, descumprido a conduta compatível à de um membro do Ministério Público Federal (MPF). Procurada, a PGR informou que não comentará o assunto.
Em junho, Aras afirmou que é hora de “corrigir rumos” para que o “lavajatismo” não perdure. Segundo o procurador-geral, a “correção de rumos não significa redução do empenho no combate à corrupção”.
INEGÁVEL RISCO – Para os senadores, a atitude do PGR em relação à Lava Jato “coloca sob inegável risco a independência funcional dos procuradores da República integrantes das forças-tarefas” que atuam na operação.
“É evidente que a sequência de atos do procurador-geral da República pretende esvaziar as prerrogativas de que gozam os membros das forças-tarefas, em especial da Lava Jato em Curitiba, São Paulo e no Rio de Janeiro, em grave prejuízo à independência funcional de cada qual”, afirmam os parlamentares.
Assinam o documento os senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE), Eduardo Girão (Pode-CE), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Styvenson Valentim (Pode-RN), Lasier Martins (Pode-RS), Jorge Kajuru (Cidadania-GO) e Leila Barros (PSB-DF).
PRÓXIMOS PASSOS – O pedido apresentado pelos senadores é chamado de reclamação. O documento é enviado à Corregedoria Nacional do Ministério Público e, conforme o regimento do CNMP, as próximas etapas são as seguintes: 1) notificação do acusado para que preste esclarecimentos; 2) apuração se os fatos apresentados na denúncia são verdadeiros (diligências); 3) se as provas não forem suficientes, a corregedoria pode abrir uma sindicância; 4) instauração de processo administrativo disciplinar caso haja indícios suficientes da infração ou arquivamento da reclamação.
Os senadores citam a visita da subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo, chefe da Lava Jato na PGR, à sede do Ministério Público no Paraná.
O documento afirma que o objetivo de Lindôra seria “vistoriar o acervo da força-tarefa” da Lava Jato. Na ocasião, os procuradores acionaram a Corregedoria do MPF.
CARÁTER INUSITADO – Os procuradores disseram que Lindôra não informou a pauta do encontro nem formalizou pedido de informações ou diligências, o que deu à solicitação um “caráter inusitado”. De acordo com eles, questionada sobre a motivação do pedido de acesso aos arquivos da Lava Jato, a subprocuradora justificou que “gostaria de verificar qual foi o tratamento dado às pendências: se viraram notícias de fato, denúncias ou foram arquivadas”.
No recesso do Poder Judiciário, o ministro Dias Toffoli, presidente do STF, determinou às forças-tarefa que compartilhassem as informações com a PGR. Nesta semana, o ministro Edson Fachin revogou o compartilhamento. Os senadores citam no pedido ao CNMP o fato de essas decisões terem sido tomadas.
Outro ponto apresentado é a portaria publicada por Aras que alterou as regras de acesso ao sistema eletrônico onde tramitam os documentos e processos, até os extrajudiciais, do MPF.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Na ânsia se agradar ao presidente Bolsonaro e ser indicado ao Supremo, o procurador Aras tem se comportado de maneira patética, como se nada lhe pudesse acontecer. Mas a democracia não aceita esses abusos de poder e prevê punições. Pena que no seu caso a punição máxima seja apenas a aposentadoria precoce, que equivale a um prêmio. É por essa leniência que existem os abusos. (C.N.)
Sr. Carlos Newton,
É melhor este biltre se aposentar…
Dá asco, ver a subserviência.
Dá nojo ver um “homem” rastejar por benesses e cargos.
Que se aposente e abandone a vida pública.
Lembre que o prejuízo que este homem poderia ter causado ao país seria irreparável.
Cordial abraço.
Dois petistas indicados para a PGR e Ministério da Justiça pelo presidente Bolsonaro para acabar com a operação que prendeu construtores e políticos corruptos.
Parabenizo aqui os senadores por esta atitude:
– Alessandro Vieira (Cidadania-SE),
-Eduardo Girão (Pode-CE),
-Randolfe Rodrigues (Rede-AP),
-Styvenson Valentim (Pode-RN),
-Lasier Martins (Pode-RS),
– Jorge Kajuru (Cidadania-GO) e
– Leila Barros (PSB-DF).
É difícil, mas o BRASIL tem jeito.
Cavalcanti, faço meu seu comentário e aplauso.
Parabéns aos senadores!
Esse Aras não passa de um verme desprezível . Dá nojo !!!
Mais um pouco e a turma do deixa disto vai entrar em campo, o tempo começa a rugir, o boçal precisa entregar um nome para substituir a sacrossanta excrescência que atende pelo nome de Celso de Mello. Qual das cavalgaduras o boçal vai indicar, Jorginho o amigo de longa data? O terrivelmente evangélico que serviu aos governos pestistas, André Mendonça? Ou o PGR que até se antecipou ao chefe querendo destruir a Lava Jato antes mesmo dele mandar?
Não existe democracia no Brasil.
Apenas interesse.
Como Carlos Newton sempre falou sobre o USA. Só interesses.