
Servidores do Judiciário e do Ministério Público da União (MPU) fizeram uma manifestação hoje (30) na porta do Ministério do Planejamento, em Brasília, para pressionar o governo a permitir a recomposição salarial da categoria. Dois projetos de lei que propõem novas regras salariais para os servidores foram enviados em agosto pelo Poder Judiciário ao Congresso Nacional. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário e do Ministério Público da União no Distrito Federal (Sindjus) a aprovação desses projetos depende de negociação com o Ministério do Planejamento.
“O governo nos deve mais de 40% de inflação acumulada. Há oito anos estamos sem reajuste salarial, por isso cobramos a recomposição desses anos perdidos. Se não tiver negociação com o Executivo, [os projetos de lei] não são votados no Congresso, e está faltando essa negociação”, disse Sheila Tinoco, coordenadora do Sindjus.
“O ministro Lewandowski [Ricardo Lewandowski, presidente do Supremo Tribunal Federal] se comprometeu com as entidades sindicais que os dois projetos andariam juntos, o do servidor e o da magistratura. Agora depende também do governo para fazer a negociação”, completou.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O magistrados acabam de ganhar o direito a auxílio-moradia, ou seja, adicional de R$ 4,7 mil mensais. Enquanto isso, os servidores não conseguem nem mesmo a recomposição de seus salários, que há oito anos estão sendo corroídos pela inflação, no governo do Partido dos Trabalhadores. Vá entender… (C.N.)
Tenho amigos no Poder Judiciário que denunciam que esse governo canalha de Dilma Roussef, corta, por três vezes, o orçamento do Poder Judiciário, já no Ministério do Planejamento, o que é proibido pela Constituição…somente o Poder Legislativo tem essa prerrogativa. Isso demonstra bem o apreço que esse governicho de Dilma tem pela autonomia e independência dos poderes…Se tivéssemos um Poder Legislativo sério nesse país, isso seria motivo de impeachment da presidanta…
Desde o fim do governo João Goulart, a ordem é arrochar ao máximo os salários dos barnabés. Os mais golpeados nessas últimas décadas foram os da saúde e educação no âmbito da administração direta federal. Não há perspectiva de mudança nessa política.