
Operação da PF deixou Bolsonaro em uma sinuca de bico
Ricardo Della Coletta
Folha
O porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, afirmou nesta sexta-feira, dia 20, que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) vai esperar seu retorno de Nova York para avaliar a situação do líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), alvo de uma operação da Polícia Federal realizada na quinta-feira, dia 19.
“O presidente neste momento não comentará os fatos relativos a esta operação. Ele tem o foco direcionado exclusivamente na ida a Nova York, onde vai, como eu já disse anteriormente, fortalecer a posição do Brasil perante a Assembleia Geral das Nações Unidas”, declarou Rêgo Barros.
FOCO – “O presidente hoje tem foco. O foco é Nova York, que é importante para o nosso país, para o nosso Estado e para a sociedade. Essa [a situação de Bezerra Coelho] é uma questão que ele vai abordar, se assim o desejar, no retorno desta viagem”, concluiu o porta-voz.
As buscas e apreensões em endereços ligados a Bezerra e ao deputado Fernando Filho (DEM-PE), filho dele, em Brasília e Pernambuco, foram autorizadas pelo ministro Luís Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal). A decisão é de 9 de setembro e atende a um pedido da PF. A então procuradora-geral da República, Raquel Dodge, se manifestou contrária à ação contra o senador.
A PF sustenta que o líder do governo no Senado recebeu R$ 5,5 milhões em propinas de empreiteiras encarregadas das obras de transposição do rio São Francisco e de outros contratos do Executivo federal. O senador nega ter cometido irregularidades e colocou a liderança do governo no Senado à disposição do presidente da República —Bolsonaro, no entanto, não se manifestou até o momento.
VIAGEM LIBERADA - Rêgo Barros falou com a imprensa após Bolsonaro se submeter a uma bateria de exames em um hospital em Brasília para definir seu estado de saúde antes da viagem aos Estados Unidos, onde o presidente discursa na terça-feira, dia 24, na Assembleia Geral da ONU.
Os exames foram acompanhados pelo médico Antonio Macedo, que liderou a equipe que operou o presidente no último dia 8 de setembro em São Paulo para corrigir uma hérnia. A cirurgia foi a quarta realizada pelo mandatário em razão do esfaqueamento que ele sofreu ainda na campanha eleitoral.
Após a bateria de exames, Rêgo Barros reafirmou que Bolsonaro realizará a agenda internacional na ONU — o governo chegou a anunciar que a viagem dependia da avaliação clínica, mas nos últimos dois dias o Planalto já vinha confirmando que Bolsonaro estará na Assembleia Geral.
AVALIAÇÕES – “Nosso presidente está pronto para o combate com viagem assegurada a Nova York no próximo dia 23”, disse Rêgo Barros. Segundo o médico Macedo, Bolsonaro realizou avaliações clínicas diversas e dois exames de raio-x, um do tórax e outro do abdômen. “O raio-x do abdômen revelou desaparecimento da distensão gasosa que ele teve no período pós-operatório”, disse Macedo.
O médico afirmou ainda que as alças intestinais do presidente estão funcionando normalmente, que evoluiu para uma dieta leve, mas que ele deverá tomar alguns cuidados na viagem internacional. “O risco é sempre um risco vascular, um risco de veias”, disse Macedo.
Bolsonaro está usando meias elásticas para minimizar essa situação, de acordo com o médico, está tomando injeções e foi orientado a não permanecer muito tempo sentado. O presidente também foi orientado a caminhar um pouco durante o voo e a ficar a maior parte do tempo deitado na cama do avião presidencial.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A Operação da PF que teve Fernando Bezerra como alvo foi mais um capítulo na conturbada relação entre Bolsonaro e o ministro Moro. O presidente, conforme já dito nesta Tribuna, ficou em uma sinuca de bico. Por outro lado, tem gente que aponta que a ação acabou fortalecendo o ministro e Valeixo, pois após a operação, Bolsonaro irá refletir por muitas horas durante a sua viagem aos EUA sobre futuras interferências na PF, sobretudo no comando do órgão. Ao menos, a curto prazo. Além disso, com Bezerra suspeito por corrupção, iria Bolsonaro comprar a briga e se expor? Para entornar o caldo, o senador deixou o cargo à disposição. Em tradução simultânea, largou a bomba no colo do presidente. Se Bolsonaro o dispensa, enaltece Moro. Se o mantém, fica mal na foto. Pedirá a ajuda dos universitários ? (Marcelo Copelli)
Quem está colocando o presidente numa sinuca de bico, é o ministro da justiça!
As coisas tem que serem resolvidas, de uma maneira ou de outra.
Quem manda, pelo menos na teoria, é o presidente, logo ele vai ter que decidir.
Ou chupa laranja, ou assovia ………….
Bezerra Coelho sabe o que fez. Tá ajudando o Bolsonaro.
Quando começou a perseguição à PF por causa da atitude destemida na Lava Jato, nós nos dispusemos a bancar as operações de nossa polícia federal com crowdfunding. Podemos voltar a essa carga, se preciso e se for legal. A PF é o que nos sobrou de esperança, já que Moro se plantou no governo mais ou menos sujo e Deltan estão sendo perseguido ferozmente.Parece que não conseguem avaliar o que sejam 200 milhões de pessoas.
Corrigindo: Deltan está sendo perseguido…
https://www.oantagonista.com/tv/alvo-de-bloqueio-do-trf-4-bezerra-grava-video-com-bolsonaro-em-voo-a-pernambuco/
Li no oAntagonista que o “O Brasil ficará de fora da cúpula do clima da ONU na semana que vem, nos Estados Unidos, porque não mostrou interesse em participar do evento.”
Isso é mais uma amostra do incompetente que temos no governo. E ele não vai participar porque o seu ídolo Trump também resolveu não comparecer. Bolsonaro não passa de um lambe-botas metido a macho.
Quando a gente pensa que já viu tudo…
PF prende mulheres envolvidas em mais de 30 estupros dos próprios filhos. Segundo bandidólatras e democidas, elas são vítimas indefesas da sociedade e a sua prisão “não resolve o problema”.
https://publish.twitter.com/?query=https%3A%2F%2Ftwitter.com%2FAiltonBenedito%2Fstatus%2F1175415306925355009&widget=Tweet
HADDAD,PEDIA CONSELHOS AO LULA E BOLSONARO AO TRUMP,SÃO BEM PARECIDOS ESTA E A NOVA POLITICA.
A operação da PF veio no momento politicamente mais conveniente para o Presidente, exatamente no momento em que ele precisa do apoio do Senado para aprovar o filho para embaixador nos EUA, para efetivar o novo PGR e para aprovar a PEC da Previdência. Raro senso e conveniência e oportunidade. Mera coincidência.
Digo, “raro senso de conveniência e oportunidade”.