Se houvesse o Prêmio Nobel de tráfico de influência, haveria luta tremenda entre Erenice Guerra, Verônica Serra e Verônica Dantas. A primeira, Ministra Chefe da Casa Civil, substituiu Dona Dilma, a quem era ligadíssima. XXX As outras duas se chamam Verônica (as duas), uma filha de Serra, a outra filha de Daniel Dantas. Nenhuma coincidência, mas a constatação: são do outro lado. XXX Dona Erenice “protegia” o filho e mais pessoas da família, o que para muitos, pode até ter “caráter positivo”, o de ajudar o esquema familiar. XXX A filha de Serra, tão elogiada, “laudada” de todas as formas, tinha uma empresa, que quebrou o sigilo de 60 milhões de brasileiros. (Royalties para a revista Carta Capital”, que até hoje não recebeu nenhum desmentido). XXX Por que e para quê as duas Verônicas precisavam saber os dados bancários de 60 milhões de pessoas? E mais: como a “empresária” filha de Serra ficou tão indignada com as acusações? Se antes já manipulara detalhes sigilosos de brasileiros, por que se julgava injuriada? XXX E o presidenciável Serra, que tanto defende a filha, não sabia de nada, como falam sobre Lula? XXX E um pai tão cauteloso, previdente e autoritário, como Serra, se transforma em complacente, deixando que a própria filha seja sócia de uma filha de Daniel Dantas? XXX Isso foi há muito tempo, o fato era tão notório, que provocava até a intervenção do presidente da Câmara, então Michel Temer. XXX Só que existe outra versão: quando soube da sociedade de sua filha, Daniel Dantas advertiu-a: “Cuidado, ela é filha do Serra”. XXX