O senador Pedro Simon, como outro senador qualquer, tem o direito de elogiar quem quiser. E ele ainda mais, pela extraordinária contribuição que deu à vida pública, em todos os momentos. *** Mas gastar um dicionário inteiro para exaltar Marco Maciel, que desperdício, senador. Ninguém tão carreirista, tão subserviente e tão serviçal, quanto o senador de Pernambuco. *** Só não roubou dinheiro, é preciso registrar a honestidade exclusivamente “em espécie”. *** Mas o tipo de prejuízo que a honestidade impura traz ao país, não justifica nenhum dos elogios que Simon utilizou nos 6 minutos que usou. *** Poucos homens públicos desgastaram tanto a democracia, a esperança em dias de dignidade política, quanto Marco Maciel. *** Fortaleceu a ditadura, em troca de todas as concessões e a certeza de que receberia todos os cargos que pretendia, e recebeu. *** E se bem me lembro, só não foi presidente da República, ficou a uma batida de coração, no último degrau antes de subir até o fim. *** Mas gostou tanto, que agora, quando o PSDB não encontrava um vice, se ofereceu (ele sempre se oferece) para voltar ao cargo. *** Seu partido, o DEM, não o indicou. O aliado, PSDB, preferiu um índio qualquer, que ninguém sabia sequer se estava “aculturado”. *** Como “aculturado” da dignidade estava Marco Maciel. *** E finalmente “aculturado” da intelectualidade (?), devia ouvir (ou saber?) o que dizem dele na Academia. Um acadêmico que sustenta “ghost writer”? Ha!Ha!Ha!