Manchete da Folha: “Roriz renuncia e prejudica julgamento do ficha-limpa”. Não prejudicou nenhum julgamento. Tendo paixão pela palavra renúncia, vibrou-a novamente, estarrecendo o país. XXX Estarrecimento maior, se a Justiça Eleitoral contar para a mulher, os votos dados a ele. Será inacreditável. XXX A seleção feminina de basquete do Brasil, praticamente eliminada, falta apenas uma derrota, já tem três programadas. Amanhã contra a Rússia, terça para o Japão, quarta perde para a República Tcheca. XXX Perder e ganhar é do jogo, menos como aconteceu na Copa Davis na Índia. XXX O que me revolta, é contratar técnicos estrangeiros, o que fizeram com os basquete masculino e feminino. Com técnicos brasileiros, perdemos com mais dignidade. É um colonialismo, ou imitando Nelson Rodrigues, “complexo de vira-lata”. XXX O Santos fez uma excelente partida, massacrando o Cruzeiro, que não perdia há 9 jogos. Neymar fez um grande gol e deixou Leandro em condições de fazer o terceiro, memorável. Não sei se foi minha impressão, mas no gol de Neymar, só vi 4 ou 5 jogadores cumprimentando-o. XXX Excelente o libelo do Felipão, depois da vitória sobre o Flamengo, batendo duro nos dirigentes do futebol brasileiro, “que deixaram jogadores e treinadores sem campos para jogarem. E prejudicando até os torcedores”. Nota 10. XXX Ontem, faltando 3 minutos para acabar o jogo, o técnico do Roma mandou Adriano (o Imperador) entrar em campo. Não entrou. Julio Batista foi, o Roma fez 1 a 0, ganhou o jogo. XXX Lembro de 1990, Copa da Itália. O treinador Lazaroni mandou Renato Gaúcho entrar. Entrou, lógico, não fez nada. XXX Depois, um amigo disse a ele, em tom de recriminação, “eu não entraria”. E ele, “tinha que entrar, era ordem do treinador. Se eu fizesse um gol, estaria glorificado. Se não fizesse, como não fiz, quem iria me criticar?” Lazaroni abraçou-o. XXX