Tostão
O Tempo
Contra o Chile, a história se repetiu. Mais uma vez, os chilenos foram eliminados nas oitavas de final, como se fosse impossível fugir do que foi programado, do que está no DNA e no imaginário coletivo do futebol. O Chile quase mudou a história. Assim, é também na vida. Por mais que sejamos criativos, únicos, há um programa, um código, que influencia nossa existência. O maior deles é o da finitude da vida. Dessa, ninguém escapa.
Brasil e Colômbia vão fazer outro jogo equilibrado. Colômbia e Chile estão no mesmo nível. A Colômbia mostrou superioridade sobre o Uruguai. Diferentemente de outras seleções colombianas dos últimos tempos, que se destacavam muito mais pela habilidade dos jogadores, a atual, além dessa qualidade, é um time mais pragmático e organizado taticamente.
A Colômbia possui vários ótimos jogadores, principalmente Cuadrado, uma mistura de volante, meia e atacante. Outro destaque, hoje, a sensação da Copa, é James Rodríguez. É o artilheiro do Mundial. Ele brilha mais em lances isolados do que por uma participação regular e efetiva durante do jogo.
Não fiquei surpreso com o empate e a atuação do Brasil contra o Chile. O time brasileiro não tem agradado, não tem meio-campo, além de outras deficiências, mas ainda é forte candidato ao título. Todas as outras seleções possuem também deficiências. Não há um time excepcional.
O México jogava bem, era melhor, ganhava por 1 a 0, mas recuou e perdeu o jogo, nos últimos minutos, para a Holanda. As modificações feitas pelo técnico, para reforçar a defesa, foram decisivas, pois facilitaram a pressão da Holanda. Além disso, do outro lado, estavam Sneijder e, principalmente, o excepcional Robben.
México e Chile, mais uma vez, saíram nas oitavas de final. São boas equipes, mas não têm a força da confiança, da tradição. A Holanda é favorita, na próxima fase, contra a Costa Rica.
Concordo com quase tudo que foi a opinião de Tostão. De fato, ele sabe das coisas e está acompanhando essa Copa, com lupa…
Diz o Tostão que a equipe brasileira não tem agradado aos torcedores e que não tem meio- campo, além de outras deficiências.
Tostão benevolente…
Saída de bola do time brasileiro é na base do chutão dos zagueiros, de David Luiz ou Thiago Silva, em ligação direta com o ataque.
Só quando é anunciada a escalação, é que se toma conhecimento do time que Felipão armou. Iniciado o jogo, podemos esquecer que ela existe… a mistura do meio para a frente é de um modo do tal, que as características de um esquema tático somem da visão de quem assiste o jogo.
Passa a ser o time da bola parada ou dos chutões da zaga, que também comparece com chance nos escanteios. Sem o meio de campo, “projetado” como tal, a “zona” só não é maior, por força do lampejo de alguns poucos jogadores na marcação e na fraca tentativa de armar um contra ataque.
Com esse tipo de jogo, não é necessário um centro avante .
Sobra no jogo… seja Fred, Jô ou qualquer um outro escalado para a posição. Ficamos à deriva, de muleta, na base dos brucutus que tentam jogar bola, e uns e outros se escondendo do jogo..
Sobra para quem ?
Neymar…
Obrigado a buscar a bola, ainda é acusado de individualista. pois é o único que se atreve a levar repetidas faltas, algumas bem duras, tudo na tentativa de aproximação e tentar o chute ao gol, já que ninguém se apresenta.
Nessa de depender do Neymar, com ele sofrendo e se safando como pode das faltas, ai de nós, time e torcedores, se ele contundir de modo mais grave, e ficar fora do jogo ou do resto da Copa…
Concordo com Tostão em outro detalhe: não existe nenhum time excepcional, estamos nivelados a todos os participantes.
Isso significa que tudo vai depender de como Felipão vai reagir e fazer o time também reagir, com o futebol que o time tem, contra a Colômbia.
A sorte está lançada… que ela compareça, como fez no jogo com o Chile.