Como nascem as manhãs para aquela menina que corria ao vento…

Flora Figueiredo - a poética da vivência | Templo Cultural Delfos

Flora Figueiredo, poeta paulista

Paulo Peres
Poemas & Canções

A tradutora, cronista e poeta paulista Flora Figueiredo mergulha no silêncio da noite para nos mostrar como nascem as manhãs daquela menina, na sua poética visão.

COMO NASCEM AS MANHÃS
Flora Figueiredo

O fundo dos olhos da noite
guarda silêncios.
Esconde na retina
a menina que corre descalça
em campo aberto.

Pálpebras cerradas,
a noite emudece.
A menina com medo
faz um furo no escuro
 com a ponta do dedo.

Cai um pingo de luz.
Amanhece.

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