Machado de Assis despediu-se de sua amada dedicando-lhe um soneto

Brazil Imperial - Machado de Assis e o Brasil Império Joaquim Maria Machado  de Assis nasceu no dia 21 de Junho de 1839 no morro do livramento, Rio de  Janeiro, filho do

Machado exaltava seu amor por Carolina

Paulo Peres
Poemas & Canções

O jornalista, crítico literário, dramaturgo, folhetinista, romancista, contista, cronista e poeta carioca Joaquim Maria Machado de Assis (1839-1908) é amplamente considerado como o maior nome da literatura nacional. O poeta escreveu “A Carolina”, este belíssimo soneto sobre o amor.

A CAROLINA
Machado de Assis

Querida, ao pé do leito derradeiro
Em que descansas dessa longa vida,
Aqui venho e virei, pobre querida,
Trazer-te o coração do companheiro.

Pulsa-lhe aquele afeto verdadeiro
Que, a despeito de toda a humana lida,
Fez a nossa existência apetecida
E num recanto pôs um mundo inteiro.

Trago-te flores, restos arrancados
Da terra que nos viu passar unidos
E ora mortos nos deixa e separados.

Que eu, se tenho nos olhos malferidos
Pensamentos de vida formulados,
São pensamentos idos e vividos.

2 thoughts on “Machado de Assis despediu-se de sua amada dedicando-lhe um soneto

  1. Poética dos Hinários – 2 – “A melhor Oração” (9) coleção “Laudate” = Louvai: Igreja Episcopal Anglicana do Brasil.

    Vejamos uma bela poesia, o amor é tudo de bom, desde que seja saudável, positivo, construtivo.

    “A melhor oração é o amor (2 x)
    Se tu queres orar, então deves amar.
    A melhor oração é o amor.

    Ó Senhor,eu não posso orar. (2x)
    Se não podes orar, então deves amar.
    A melhor oração é o amor.

    Ó Senhor, eu já posso orar. (2x)
    Se já podes orar, então sabes amar.
    A melhor oração é o amor.

    (Autora desconhecida)”

    1) Licença…creio que o espírito de Machado de Assis onde estiver, concordará com este meu comentário poético…

  2. Duas coisas que nunca me agradou nesse poema do Machado:

    1. Querida, ao pé do leito derradeiro
    Em que descansas dessa longa vida

    Não se descansa da vida quando se morre, apenas desligamo-nos da realidade que percebíamos. Nossos sentidos, assim, deixam de existir (visão, audição, paladar, olfato e tato). Nossa memória se apaga e desse momento em diante passamos a não-ser.
    Ora quem não é não pode descansar!

    2. Trago-te flores, restos arrancados

    Restos arrancados da terra?! Ao meu amor daria um bouquet de belas e coloridas flores.

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