Deu na CNN
O Supremo Tribunal Federal (STF) se colocou em uma situação complexa ao direcionar o debate sobre a regulação das plataformas digitais para questões que polarizam a sociedade. Esta é a avaliação do advogado Marcelo Crespo, professor e coordenador do curso de Direito da ESPM, durante sua participação no programa WW Especial, da CNN.
O programa, apresentado pelo William Waack, abordou a responsabilização de plataformas digitais por conteúdos postados por usuários. O assunto é tema de julgamento no Supremo, que deverá retomá-lo nesta quinta-feira, dia 25.
POLARIZAÇÃO – Segundo Crespo, o debate no STF acabou se concentrando em aspectos que pressionam a sociedade de forma midiática, resultando em uma polarização entre esquerda e direita.
“É bastante comum a gente ver pessoas discutindo esse tema, dizendo que se você defende o Supremo você está defendendo a esquerda, e se você defende a liberdade de expressão você está defendendo a direita”, explica o professor.
O especialista destaca que o STF acabou amplificando o debate sobre o artigo 19 do Marco Civil da Internet, que estabelece a necessidade de decisão judicial para remoção de conteúdo. “É uma tese muito ingrata você discutir se um dispositivo legal criado por meio do Congresso Nacional, debatido na sociedade, e que demanda uma decisão judicial para a remoção de conteúdo, estabelecer que isso é inconstitucional”, pondera Crespo.
EM OUTRO CONTEXTO – Na visão do professor, se esse debate ocorresse em outro contexto, fora da polarização entre Lula (PT) e Bolsonaro (PL) e dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, o Supremo poderia ter adotado uma postura mais cautelosa.
“Me parece que eles entraram numa espécie de armadilha, estão amplificando a aplicação do que eles vão ter que modular para algo muito mais amplo do que seria o ideal num debate sobre a constitucionalidade do artigo 19”, afirma.
Crespo ressalta que o modelo que será colocado à prova não tem paradigmas, o que dificulta a previsão das principais consequências. O professor conclui que o STF terá que modelar sua decisão, mas questiona como fazê-lo, se esse debate está acontecendo nos bastidores e como o ministro Barroso está buscando alinhar os votos para alcançar um consenso sobre a liberdade de expressão.
A censura como modo de controlar o pensamento das pessoas é o maior indicativo das ditaduras. Foi assim na de 1964 e assim é na do Judiciário, recentemente implantada pelo Moraes com apoio das FFAA. Interessante que os militares que deram o golpe de 64 agora o dão através do STF.
O papel era outro. Em 64 eles eram os pitbulls, hoje são os cholinhas da Xandoca.
Sr. Newton
È preciso mais do que urgente que o Bolsorico pense seriamente em deixar o Páis seguir em frente
Aliás, os dois, O Narco-Ladrão também..
“…Pecuaristas querem que Bolsonaro abra logo mão de candidatura e apostam fichas em Tarcísio
Membros do setor avaliam que é preciso antecedência para que outro nome da direita possa se firmar contra Lula
Sr. Newton
A censura do Regime Soviético com as bençãos dos jornazistas nazi-fasci-comunas com as mentes doentias não vai dar certo…..
“”Google admite restringir atuação no Brasil caso STF faça mudança drástica nas regras..”””
Aqui, entre nós brasileiros, periodicamente surgem falsos dilemas. O da vez é a polarização política, que é apresentada como fato recente.
Cabe lembrar que, historicamente, desde o fim o Estado Novo, a polarização sempre esteve presente.
Inicialmente, acontecia entre PTB/PSD e UDN, depois Jânio x Lott. Nos governos militares a polarização foi imposta entre Arena e MDB. A partir de 1985, tivemos entre o PSDB e o PT e, agora, entre conservadores e “progressistas”.