
Augusto Heleno foi o único que não foi interrogado
Wálter Maierovitch
do UOL
Durante muito tempo, o interrogatório judicial era meio de prova. O réu recebia advertência do juiz alertando que seu eventual silêncio poderia ser interpretado contra seu próprio interesse. Com as mudanças legislativas processais penais, o interrogatório, que era ato inicial da instrução, passou a ser final. Virou, no processo, meio de defesa.
O silêncio não pode mais gerar presunção a prejudicar o réu —uma decorrência do “nemo tenetur se detegere” (ninguém está obrigado a se autoacusar).
HELENO CALA – O general Augusto Heleno, preferiu, perante o STF (Supremo Tribunal Federal), silenciar diante da Justiça. Mais ainda, Heleno quis responder as perguntas feitas por ele mesmo.
Sim, por ele mesmo, pois réu é defensor técnico, os dois são processualmente a mesma pessoa (pessoa processual): o defensor técnico supre a capacidade processual e é da sua livre escolha.
Enfim, Heleno não quis responder à Justiça e ao Ministério Público. Fechou-se à Justiça e ao representante da sociedade. Preparou antecipadamente as perguntas que queria e as respostas que lhe interessavam para se livrar da acusação. Toda essa pantomima, que é legal, não possui força de credibilidade. Em termos de convencimento dos julgadores, tem valor mínimo, quase zero. Na verdade, o silêncio de Heleno é eloquente, de quem tem medo e culpa. Uma vergonha, pura pantomima.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Existem poucas provas contra Heleno, que teve mínima participação no golpe. Condená-lo será um contrassenso. Porém Moraes pode tudo. (C.N.)
A estratégina do ex-mito foi um fiasco
A estratégia de Bolsonaro de dar uma de ‘gente boa’, dizer que tudo foi só “retórico” e “desabafo”, fazer gracinha para o ministro Moraes e chamar golpistas de malucos foi um fiasco.
Ele se submeteu ao ridículo à toa.
Desagradou os seguidores, não agradou a ninguém, não vai mudar o rumo do julgamento no Supremo nem teve algum ganho político ou midiático. Só perdeu.
O que fica de concreto da longa encenação do ex-mito foi ele admitindo que, como presidente, buscou as Forças Armadas e alimentou alternativas para impedir a posse de um sucessor legitimamente eleito e se manter no poder.
Isso é tentar um golpe. E não tem graça nenhuma.
É constrangedor, quase claustrofóbico, ver Bolsonaro no banco dos réus no STF, testando sua capacidade de enganar todo mundo ao mesmo tempo (…).
Fonte: O Estado de S. Paulo, Política, 12/06/2025 | 20h00 por Eliane Cantanhêde
Milanez é malandro e pegou justo o cliente mais mole.
“O calado vence”
É o seu lema!
O Czar Nicolau Bolsonaro está prestes a ser punido pelos bolcheviques atuais.
Pensata.
Começo a achar que o termo bolchevique é mais ilustrativo, mais didático que os termos comunista, socialista e progressista.
E o PSOL? faria mais a linha ideológica dos mencheviques, com Heloísa Helena patrona dessa bagaça?
A irreverência e o deboche é uma boa arma para se usar contra certos tipos de cretinos fundamentais, pois existe os ocasionais.
Cretino ocasional, é ótimo.
Um cretino ocasional é aquele que no passado afirmava uma coisa e agora afirma outra.
Antes as urnas não eram confiáveis, agora são e a duvida dá cadeia.
Ou a pérola, “Esqueçam tudo que escrevi e disse antes.”
A reportagem da Veja sobre a delação do Mauro Cid acaba com toda a retórica da esquerda. Vão ter que arrumar novos argumentos para justificar o que nunca existiu. O que tem de Vestais desesperadas pode dar uma nova enchente no Brasil inteiro o qual vai se tornar num mar de lágrimas.
CN, que golpe? Da Disney? Do algodão-doce? Do Batom? Fala sério!