Pedro do Coutto
Sem dúvida, a luta pela Prefeitura de São Paulo apresenta, segundo o DataFolha, um desfecho imprevisível. Guilherme Boulos (PSOL), Pablo Marçal (PRTB) e Ricardo Nunes (MDB) estão empatados tecnicamente, liderando as intenções de voto. Boulos aparece com 23%.
Logo em seguida estão Marçal e Nunes, com 22% cada. Em quarto lugar está Tábata Amaral (PSB), com 9%. Datena (PSDB) caiu para quinto lugar, agora com 4%. Marina Helena (Novo) está com 3%. Bebeto Haddad (DC) e Ricardo Senese (UP) somam 1% das intenções de voto cada. Votos brancos ou nulos contabilizaram 8%, e 4% não souberam responder. A margem de erro é de três pontos para mais ou para menos.
DESTAQUE – Quando o entrevistado foi perguntado sobre em quem pretende votar, sem ser informado dos nomes possíveis, Boulos se destacou com 19% das intenções de voto – frente os 17% indicados na pesquisa anterior. Já Marçal foi de 13% para 15%, e Nunes de 7% para 10%. Tabata se manteve em 4%, e Datena caiu de 2% para 1%.
Boulos e Marçal também se destacam quando o assunto é rejeição. Segundo o Datafolha, 38% dos eleitores afirmam que não votariam no autodenominado ex-coach, e 37% não dariam voto ao candidato do PSOL.
SEGUNDO TURNO – Já o prefeito Ricardo Nunes é rechaçado por 21% dos eleitores. Em caso de segundo turno, segundo simulação feita pela pesquisa, Ricardo Nunes e Boulos venceriam Pablo Marçal. No embate entre Nunes e Marçal, a disputa seria de 53% a 31%. Já entre Boulos e Marçal, o resultado ficaria em 45% a 39%.
Em um cenário de Nunes contra Boulos, os percentuais seriam de 49% a 37%. Sendo assim, em todos esses cenários de segundo turno, Nunes aparece como o preferido no levantamento. Marçal está se revelando um fenômeno, subindo de 14 pontos para 22. Ao meu ver, o entusiasmo é que decidirá os resultados, já que os apoios políticos já foram traçados. A situação eleitoral em São Paulo é, portanto, indefinida, ao contrário de outros estados em que os quadros parecem mais claros.