
Charge do Jindelt (Correio Braziliense)
Carlos Newton
Enquanto não termina o processo contra Jair Bolsonaro no Supremo, que o relator Alexandre de Moraes dá como concluído, mas há controvérsias, como diria o genial ator Francisco Milani, as pesquisas eleitorais continuam a incluir o ex-presidente, além de colocar Michelle ou outros substitutos na corrida ao Planalto.
O mais recente levantamento do instituto AtlasIntel, divulgado nesta terça-feira, traça um retrato que já era esperado, mas o presidente Lula da Silva vinha conseguindo evitar com seu novo saco de bondades para o eleitor carente.
TARCÍSIO CRESCE – O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que ainda nem se apresentou como candidato, surge como o preferido para representar a oposição contra Lula em 2026.
Diz a pesquisa AtlasIntel que Lula ainda lidera com folga todos os cenários de primeiro turno, mas a diferença caiu muito em relação Tarcísio, que era de quase 21 pontos percentuais, e agora é de menos de 16 pontos.
No confronto contra Tarcísio de Freitas, o presidente teria 48,4% das intenções de voto contra 32,5% do governador paulista, no primeiro turno.
OUTROS CANDIDATOS – Foram pesquisados também outros possíveis candidatos de primeiro turno, como o senador Flávio Bolsonaro )PL) e sua madrasta Michelle (PL), e os governadores Ratinho Junior (Paraná), Ronaldo Caiado (Goiás), Romeu Zema (Minas Gerais) e Eduardo Leite (Rio Grande do Sul).
Nenhum deles alcançou um resultado melhor do que o obtido por Tarcísio. No caso de Michelle Bolsonaro, que chegou mais perto, Lula tem 20 pontos de frente: 48,7% das intenções de voto contra 28,6% da ex-primeira-dama.
No segundo turno, porém, o quadro muda bastante, porque o presidente Lula tem pelo menos três fortes concorrentes.
EMPATES TÉCNICOS – A maior surpresa da pesquisa foi mostrar Lula está em situação de empate técnico com Tarcísio, com Michelle e com o ex-presidente Jair Bolsonaro, que ficou inelegível por duas condenações na Justiça Eleitoral, além de estar recorrendo contra a condenação no processo do golpe de estado, e precisaria se livrar de tudo isso.
Na disputa com Tarcísio — a única que o instituto pesquisou –, Lula tem uma perda considerável de vantagem.
Em outubro, ele tinha 52% contra 44% do governador (diferença de 8 pontos percentuais), mas agora ele consegue 49% contra 47% (empate na margem de erro de um ponto percentual para mais ou para menos).
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P.S. – A aprovação do governo também está em queda. Em tradução simultânea, se a família Bolsonaro não atrapalhar, o Brasil enfim poderá se livrar desse encosto petista, que grudou no país feito carrapato, para usurpar nosso sangue, suor e lágrimas. (C.N.)
hahaha!
Doidos para elegerem o Centrão.
Mas não:
https://revistaforum.com.br/politica/2025/12/6/aprovao-de-lula-cresce-chega-49-diz-datafolha-193743.html?fbclid=IwY2xjawOhH6tleHRuA2FlbQIxMQBzcnRjBmFwcF9pZAwzNTA2ODU1MzE3MjgAAR4aDJfRsk3srWuiDtqcrSg8oouTKM08M6EalPzsdsO_KyYF8PgKBaZEovpBGA_aem_DzCjK7wasX2H5KAeaswH4Q
Devaneio napoleônico de Moraes atesta que STF foi longe demais
Alexandre de Moraes disse que “não há no mundo Poder Judiciário tão forte quanto o do Brasil”.
O devaneio napoleônico do ministro do STF foi proclamado em evento nesta semana para explicar à plateia por que motivo o Judiciário sofre ataques contínuos de seus “inimigos”.
É, segundo Moraes, uma reação proporcional à grandeza da instituição —segundo ele, o mais forte das galáxias.
O Judiciário brasileiro é forte. Não fosse assim, o decano da Corte e aliado de Moraes, Gilmar Mendes, não se sentiria à vontade para usar de uma prerrogativa do Legislativo e tomar a decisão monocrática que dificulta o impeachment de ministros do STF, entre outras medidas, reduzindo a um único indivíduo o total de autorizados a pedir a abertura do processo — sendo esse único indivíduo o procurador-geral da República, hoje seu amigo e ex-sócio Paulo Gonet.
Tão acintosa foi a decisão do decano que fez erguer um coro inaudito de protestos — acordou até os mortos. Mas, se acintosa, de inédita não teve nada.
Foi Moraes quem abriu a picada. Quando, em 2019, passou a presidir um inquérito aberto de ofício — que criou a bizarra figura do ministro investigador, julgador e vítima potencial —, muita gente se calou porque os alvos eram desprezíveis bolsonaristas, e o inquérito era um “instrumento excepcional de autodefesa da democracia”, segundo o então ministro Barroso.
Quando, no mesmo ano, Moraes censurou os sites da revista Crusoé e O Antagonista, por causa de uma menção ao colega Dias Toffoli feita pelo delator Marcelo Odebrecht, pouca gente protestou porque os atingidos eram veículos identificados com o lavajatismo e o antipetismo.
Condescendência semelhante recepcionou diversas outras decisões de Moraes que se convencionou chamar de “controversas”, como mandados de busca e apreensão contra empresários por conversas — privadas — no WhatsApp; detenções em massa; longas prisões preventivas; e penas desproporcionais para os réus do 8 de Janeiro.
A lista é longa, e a justificativa para ignorá-la era sempre a mesma: é preciso defender a democracia da ameaça bolsonarista. Passado o período excepcional, o STF deverá exercitar a tal “autocontenção”.
Pois o período excepcional passou, Bolsonaro et caterva estão presos, e o decano do Supremo desafia o Legislativo à luz do dia a fim de blindar a si e a colegas da ameaça de impeachment — mais uma “excepcionalidade” com que o plenário da Corte deverá assentir no dia 12.
— Nossa, estou chocado. Tem jogo nesse lugar! — disse o Capitão Renault, no filme “Casablanca”, ao simular perplexidade diante da “descoberta” de que havia jogatina no estabelecimento de que ele próprio era habitué.
Sim, não é de hoje que tem algo de errado nesse lugar, e esse lugar é agora o Judiciário “mais forte do mundo”, segundo Moraes. Fingir surpresa, a esta altura, é hipocrisia.
Fonte: O Globo, Opinião, 06/12/2025 00h05 Por Thaís Oyama
“É a economia, estúpido” (em inglês,
“It’s the economy, stupid”) foi um famoso slogan da campanha de Bill Clinton em 1992.
Quem acredita nos dados oficiais do governo?
Nos supermercados há redações pedindo para que se preencham vagas … não é IBGE!!!
A palavra sonho em quase sua totalidade nos remeta a algo agradável. Esse cara está mais associado a algo sinistro pesadelos.
conforme diz o Paulinho Mocidade: “SONHAR NÃO CUSTA NADA”.
Tarcísio se diz um ultraliberal na economia. Admirador de Milei.
Quem é a favor de uma economia que seja um pouco voltada para o social, uma social-democracia, não escolherá Tarcísio, o queridinho do mercado.
Tarcísio é um bom técnico, mas um péssimo político.
A charge que ilustra matéria, é do “pirú”. Valha-me Deus.