
Charge do Aroeira (Blog247)
Pedro do Coutto
A política, sobretudo em democracias complexas, raramente admite improvisos duradouros. Movimentos que apostam na pressão externa como instrumento de reorganização do jogo interno costumam produzir mais ruído do que resultados. É nesse contexto que se insere a decisão do então presidente norte-americano Donald Trump de retirar o ministro Alexandre de Moraes e sua esposa da lista de pessoas sujeitas a restrições para investimentos nos Estados Unidos. O gesto, embora administrativo, produziu efeitos políticos imediatos — e profundamente simbólicos — no tabuleiro brasileiro.
O principal atingido foi o deputado Eduardo Bolsonaro, que se encontrava em solo americano tentando mobilizar setores do governo de Washington contra o governo do presidente Lula da Silva. A retirada das restrições representou uma derrota inequívoca para essa estratégia. Não apenas esvaziou a narrativa de que haveria respaldo internacional para confrontar instituições brasileiras, como expôs o isolamento de um campo político que chegou a desfilar pela Avenida Paulista empunhando bandeiras dos Estados Unidos, em um gesto que muitos interpretaram como afronta direta à soberania de Brasília.
SEM SENTIDO – Com a decisão de Trump, tornou-se claro que a Casa Branca não patrocinaria qualquer iniciativa destinada a interferir na política interna brasileira. O resultado foi o esvaziamento completo da presença de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos. Sua permanência no país perdeu o sentido político. Afinal, fazer o quê? Insistir em um novo recuo americano? Alimentar uma pressão que já não encontra eco?
O capital simbólico se dissolveu. Nesse embate específico, perdeu o bolsonarismo, perdeu Eduardo Bolsonaro, e ganhou o presidente Lula, que viu reafirmada a autonomia das instituições brasileiras frente a tentativas de internacionalização do conflito político doméstico.
INTERROGAÇÕES – No entanto, o cenário nacional não se resume a vitórias e derrotas lineares. Enquanto o eixo externo parecia se estabilizar, uma decisão interna abriu novas interrogações. O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, proferiu despacho liminar impedindo que uma Comissão Parlamentar de Inquérito analisasse determinados dados relacionados ao chamado escândalo do INSS, notadamente aqueles que envolveriam o Banco Master.
Trata-se de uma decisão que surpreendeu observadores e especialistas, não apenas pelo seu alcance, mas pelo impacto direto sobre a capacidade investigativa do Congresso Nacional. Reportagem de grande repercussão publicada pelo jornal O Globo, assinada pelas jornalistas Geralda Doca e Vitória Azevedo, detalhou os contornos do escândalo e deixou no ar uma pergunta incômoda: por que impedir que a CPI tenha acesso a dados que, em tese, integram o núcleo da investigação?
TRANSPARÊNCIA – O rombo estimado em cerca de 12 bilhões de reais no Tesouro Nacional confere gravidade suficiente ao caso para justificar máxima transparência e escrutínio público Caso a decisão de Toffoli seja mantida pela Segunda Turma do STF, parte relevante das investigações pode ser esvaziada.
As informações, segundo relatos, já circulavam entre membros da CPI, o que torna ainda mais difícil compreender os fundamentos práticos da liminar. O efeito concreto é a redução do alcance investigativo sobre um escândalo que se soma a outros passivos de grande magnitude, como a crise financeira dos Correios e da Postalis, fundo de pensão responsável pela complementação de aposentadorias.
MATEMÁTICA NÃO FECHA – Os Correios, por exemplo, enfrentam um quadro dramático: endividamento bilionário, rombos acumulados e uma capacidade cada vez menor de honrar compromissos financeiros. Como uma empresa em tal situação poderá pagar juros de empréstimos vultosos e, simultaneamente, reduzir déficits históricos? A matemática simplesmente não fecha. Soma-se a isso o fato de que diversos implicados já constituíram advogados para suas defesas, o que indica que o embate jurídico está longe de terminar.
A política brasileira, portanto, vive um momento paradoxal. De um lado, a reafirmação da soberania nacional diante de tentativas de tutela externa. De outro, decisões internas que levantam dúvidas legítimas sobre os limites entre garantias constitucionais e o direito da sociedade à investigação plena de escândalos que drenam recursos públicos.
O isolamento de atores que apostaram em atalhos internacionais é evidente. Já o desafio institucional permanece: assegurar que a democracia não apenas se defenda de pressões externas, mas também seja capaz de iluminar suas próprias zonas de sombra.
Laranjão decretou o isolamento do ex-mito
Ao retirar a Lei Magnitsky de Moraes e sua mulher, Laranjão decretou o isolamento do ex-mito, encerrou a carreira de traidor da Pátria de Bananinha, e deixou a “candidatura” de Flávio Rachadinha ainda mais desamparada.
Fonte: O Estado de S. Paulo, Opinião, 13/12/2025 | 20h00 Por Eliane Cantanhêde
Laranjão fez ‘barba, cabelo e bigode’ de uma só vez.
Merecido fim do ex-mito
O ex-mito foi um presidente acidental. Dificilmente teria vencido a eleição de 2018 se Barba estivesse solto. A facada dispensou-o de fazer campanha na reta final do primeiro turno. Foi ainda obrigado a disputar o segundo com Fernando Haddad.
Enquanto governou, só deu trato aos seus instintos assassinos e aos dos filhos.
O resultado está aí. Jaz numa cela da PF sem que ninguém reze à sua porta. Acreditou que Laranjão o salvaria só por tê-lo bajulado durante tanto tempo.
Sequer lembrou de que Laranjão detesta perdedores. Isolado e inelegível, o ex-mito vê desmoronar seu castelo de cartas. Mereceu.
Fonte: Metrópoles, Opinião, 13/12/2025 05:30 Por Ricardo Noblat
Veja, ouça e tente justificar!
https://youtube.com/shorts/36LCNEEIAA0?si=lgt7UF2EvS8Nq3gV
A fúria de Michelle com a candidatura de Flávio Bolsonaro
Filho mais velho de Jair Bolsonaro se lançou à Presidência da República depois de dizer que tinha a bênção do pai
Michelle Bolsonaro não admitirá em público, mas ficou furiosa por não ter sido consultada sobre a candidatura de Flávio Bolsonaro ao Planalto.
Líder do PL Mulher e nome mais forte do clã, segundo as pesquisas, a ex-primeira-dama confidenciou a aliadas que esperava ter sido ouvida antes do movimento deflagrado por Jair Bolsonaro e o filho.
“Ela não ficou satisfeita com a forma como tudo ocorreu. É o principal ativo eleitoral do PL, deveria ter sido ouvida”, diz uma fonte que acompanha os movimentos de Michelle.
Fonte: Revista Veja, Política,13 dez 2025, 17h05 Por Robson Bonin
“Tradução simultânea”: Levou um sonora ‘pé na bunda’ do ex-mito e filhos.
Tem ainda a chance de ser candidata a deputada distrital por Gama em 2026.
Imagina-se um leilão e desenfreadas mundiais “remessas”!
Esta “vitória esmagadora” do Aparato Petista, como exaltam os seus aparelhos de dominação ideológica midiáticos, trata-se de uma vitória de Piro.
Assim como em toda a América Latina, a assim auto-intitulada “esquerda”, sem sofrendo sucessivas derrotas eleitorias, o que não será diferente por aqui, ainda que não se tire o Lula da Presidência, a previsão é de crescimento da oposição ao Aparato Petista.
É que a esquerda tornou-se uma força reacionária, atrasada, totalitária, carente de projeto de país, mantenedora da Indústria da Miséria, mergulhada em escândalos de corrupção e na sua tratufice e aberração ideológicas. É a esquerda que a direita pragmática e patrimonialista quer, pelo menos, ainda, no Brasil (parafrasenado Darcy Ribeiro). Mas se as oligarquias querem, não tem significado que os eleitores queiram.
Voltando à “vitória acachapante” de Piro. Os aparelhos ideológicos estão vendendo a ideia de que Lula e consortes não entragarão nada pro Trump. Mas informações fora do circuito oficioso dão conta que vêm a entrega das terras raras (sepultando de vez qualquer perspectiva de sairmos do atraso tecnológico, como a Missão dos Semicondutores faz na Índa, que quer as transformar em chips. O projeto da tal esquerda é manter o povo na miséria e os países no atraso e subdesenvolvimento pra que possam comprar seu voto), fala-se numa melhoria da tal dosimetria no Senado e ações efetivas de remoção da censura nas redes, o que seria um baque no projeto totalitário do aparato de calar opositores.
Ademais, penso que, talvez, ciente da derrota do Aparato nas eleições proporcionais, ainda que mantenham a Presidência, Trumo tenha colocado isto na balança. Pode ser que, ganhando as terras raras, não queira ficar chutando cachorro morto.
E, ainda, a justificativa oficial dos EUA, mas, ao que parece, não real, seria justamente a dosimetria, ou seja, que vitória é esta que praticamente descondena os vândalos vítimas de processos políticos?
Mas, imersos em sua realidade paralelea metafísica, os anti-imperialistas comemoram a entrega de nossa futura soberania tecnológia pros EUA, de onde poderia importar tecnologia, o que não ntereesa pros reacionários, estacionados, se muioto em meados do Séculoa XX.
A propósito o Chile, do insignificante, incompetente e inócuo Boric, como as pesquisas indicam, imporá mais uma derrota ao Foro de São Paulo, que está totalmente por fora da Nova Ordem Mundial.
“Vitória de Pirro (ou vitória pírrica) é um triunfo alcançado a um custo tão elevado que se torna quase uma derrota, onde os prejuízos do vencedor superam os benefícios, prejudicando o progresso a longo prazo. O termo vem do Rei Pirro do Épiro, que após vencer batalhas contra os romanos, teria dito: “Mais uma vitória como esta e estaremos perdidos!”, devido às suas pesadas perdas, tornando a conquista insustentável contra os romanos, que tinham mais recursos”. IA Google
Aviso aos desavisados: trocar a oligarquia patrimonialista do Aparato pela familiar dos Bolsonaros (dinastia), seria permanecer eternamento no atraso. Retroceder mais seria impossível.
O país clama por um estadista.
Até agora quem reúne algumas de suas qualidades é o Tarcísio, sem qualquer chance de surgir algo menos ruim.
O que pode sepultar Lula e seu projeto atrasado e reacionário é o desenvolvimento do país, tirando efetivamente os pobres da miséria, incorporando-os no mundo produtivo e os tirando da humilhante venda de votos.
Aviso aos desavisados: trocar a oligarquia patrimonialista do aparato pela familiar dos Bolsonanros, seria permmnecer eternamento no atraso.
O país clama por um estadista.
Até agora que reune algumas de sua qualidade é o Tarcísio, sem qualquer chance de surgir algo menos ruim.
Adendos comparativos, em:
https://youtube.com/shorts/YIUWisk7SkY?si=vFY539WNi-D2CR4O
Muito se fala em pressão externa. Falam do Trump, talvez os Estados Unidos e a Europa não são mais os principais atores na politica internacional. Agora um outro poder esta começando sua influência. A África já esta nas mãos dos chineses, agora a bola da vez é a América Latina e o Caribe. Os chineses lançaram agora o plano deles para essa região, Vejam:
https://www.globaltimes.cn/page/202512/1350190.shtml
Com a derrocada do ex-mito e seu clã, não restou outra saída para bolsotários e assemelhados que não seja tergiversar… tergiversar… tergiversar, sem sair do lugar.
Que situação! Virou samba de uma nota só. Ficou monótono.