Petróleo na foz do Amazonas representa um novo embate para Marina Silva

AGU  libera exploração de petróleo na foz do Amazonas

Pedro do Coutto

A Advocacia-Geral da União, movimentada pela Petrobras, publicou um parecer favorável às pesquisas e, portanto, à exploração de petróleo na foz do Rio Amazonas, contrariando o despacho do Ibama, homologado pela ministra Marina Silva contra o projeto, rejeitado também, nesta semana, pelo Equador nas águas e nas margens de seu domínio.

Conforme se constata, e as reportagens da Folha de S. Paulo, O Globo e o Estado de S. Paulo destacam, surge, inevitavelmente, um novo embate a ser enfrentado pela titular do Meio Ambiente. Na Folha de S. Paulo, a reportagem é de Marianna Holanda, Renato Machado e Giuliana de Toledo. No O Globo, de Rafael Moraes Moura, Johanns Eller e Malu Gaspar. No Estado de S. Paulo, de Lavínia Kaucz e Marla Sabino.

REPERCUSSÃO – A questão realmente repercutirá no cenário internacional se o governo Lula da Silva terminar optando pelo projeto da Petrobras, problema que se avoluma exatamente no momento atual em que as questões climáticas e do meio ambiente estão ocupando lugar de destaque no mundo.

Um recuo brasileiro favorecendo à Petrobras deixará o governo em situação ruim junto à opinião pública brasileira e também junto à opinião pública internacional, sobretudo numa época em que se discute e se inicia a substituição de combustíveis fósseis, como é o caso do petróleo, por correntes elétricas não poluidoras.

O erro do governo, portanto, como se verifica, seria duplo e representaria uma contradição entre o que o governo do Brasil fala e aquilo que ele faz. As palavras contra a poluição afundariam na foz do Amazonas onde se encontram reservas petrolíferas rejeitadas pela ideia de preservação da atmosfera e da temperatura das águas que correm nos rios e no mar. A cobrança seria inevitável com os ecologistas representados por Marina Silva. Cobrariam de Lula ações concretas e não apenas compromissos e promessas.

PRESSÃO – Marina Silva, no primeiro governo Lula, enfrentou a pressão comandada por Dilma Rousseff, na época ministra de Minas e Energia, defendendo a construção em Rondônia e no Pará das hidrelétricas de Santo Antônio e Belo Monte.  Santo Antônio integrava o sistema de Furnas e a sua produção e sua receita representaram um fracasso completo.

Hoje, Santo Antônio encontra-se endividada e sua energia é amplamente deficitária. Marina Silva tinha razão, mas em face do que Lula resolveu, demitiu-se do Meio Ambiente. Pode-se presumir que o impasse agora signifique uma nova crise política.

PRESERVAÇÃO – Num belo artigo na edição desta quarta-feira de O Globo, Vera Magalhães destacou o problema da pressão ambiental contra Marina Silva na questão do petróleo na foz do Amazonas. Para a jornalista, o embate vai se deslocar para uma  conciliação, mas o problema é de preservação do meio ambiente diante de um investimento colossal pela Petrobras e um resultado duvidoso a longo prazo, incluindo os tradicionais reajustes ao longo da realização das obras.

No Brasil, é uma tradição, digo, a correção financeira ser aplicada em favor de empresas e não para corrigir salários que perdem a corrida contra os índices inflacionários e no passar do tempo se acumulam. O presidente Lula precisa dar atenção especial ao problema do petróleo na foz do Amazonas.  

DEPOIMENTO – Reportagem de Daniel Gullino e Paola Serra, O Globo de ontem, focaliza a iniciativa da Polícia Federal de convocar novo depoimento do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Desta vez para tentar explicar ter enviado mensagem ao empresário Meyer Nigri, estimulando-o a colocar na internet “o máximo possível” um texto contendo informações falsas sobre as urnas eletrônicas e a computação dos votos pelo Tribunal Superior Eleitoral. A mensagem foi captada por meio do WhatsApp e se une a uma série de outras iniciativas para desacreditar o resultado das urnas da sucessão presidencial.

ÂNCORA FISCAL – A Câmara dos Deputados aprovou na noite de terça-feira, a nova regra fiscal e no texto colocou dispositivo que flexibiliza o teto de gastos. Não há dúvida que o governo venceu mais uma votação no Legislativo.

No caso do teto de gastos, a matéria tinha sofrido alterações pelo Senado. O fato é que o projeto foi aprovado. O governo assim segue em frente sem problemas maiores no Congresso Nacional.

9 thoughts on “Petróleo na foz do Amazonas representa um novo embate para Marina Silva

  1. Marina Silva cita tecnicalidades para a foz a 150 km da costa brasileira. E por falar em técnica, o quê Marina entende de questões técnicas envolvendo a construção das hidrelétricas de Santo Antônio e Belo Monte?

  2. Nem li mais que 20(vinte) por cento da matéria.
    Vou relatar minha esperiência: Em 2004 a Petrobrás repatriou a construção da plataforma de exploração P-52. Esta obra que criou milhares de empregos principalmente em Angra dos Reis no estaleiro Keppel Fels e naturalmente no seu entorno, assim como em vários estados brasileiros, principalmente em São Paulo, quase não foi executada, pois tinha que ser feito um fosso em pequena parte da Baia de Angra dos Reis e o IBAMA ‘empacou’ só se falava em impacto ambiental. Depois de muito trelêlê, foi feito o bendito “buraco”, obra maravilhosa d P-52 foi concluída e já em 2008 produzia 150000(cento e cinquenta mil) barris de petróleo por dia fora o gás, que não lembro quantos barris equivalentes.
    Em seguida no mesmo ‘buraco’, foi feita a P-51 e a P-56, com a mesma capacidade da P-52;
    Não sei a quem esta senhora serve mas, não é ao Brasil e aos brasileiros.
    Ela é tudo o que os colonizadores querem, ou seja: Serviçais.
    PS: Quem pensar que estou sendo rigoroso, investigue para saber se depois das obras foi feito algum acompanhamento do IBAMA para verificar as condições ambientais na área em questão.

  3. A Marina-onete do WEF/ESG tem um novo desafio: ocultar do povão que ela é membro de uma ONG que recebe uma ‘baba preta’ do Fundo da Amazônia. O que o Pedro do Coutto e seus miguxos globalistas tem a falar sobre isto? Conflito de interesses? Indício de corrupção?

    A ET acreana, sem votos entre os ‘povos da floresta’, fugiu para São Paulo, onde se elegeu com o dinheiro dos donos do Itaú e outros magnatas ligados à agenda ESG. A depender dessa farsante, que anda de jatinho pra cima e pra baixo, o povão vai se alimentar de insetos, vermes e comida impressa em 3D.

    Para a claque do Pedro do Coutto, o novo crime do Biroliro é “espalhar memes”. Gostaria de saber o que essa gente tem a dizer sobre o ‘record’ de R$ 11 BILHÕES distribuidos pelo narcotraficante Lula da Silva, num único mês, em emendas do orçamento secreto e pix.

    “Vamos manter o foco no rolex e no hacker lulista”

  4. O Rio Amazonas desagua no mar a uma distância de onde se pretende retirar petróleo, como do RI à S. Paulo,, não tem nada ver com a foz do Rio Amazonas.
    Petróleo, não é só combustível. são talvez centenas de subprodutos, a maioria insubstituível, basta olhar para um transporte ou uma casa para ver a quantidade de subprodutos do petróleo empregados.
    Petróleo, é e será fundamental para a civilização durante longos anos.

    Se o governo conseguir explorar o petróleo nesta região, vai ajudar muito o povo pobre do Nordeste e do Norte.

    Porquê não fazem campanha contra a Guiana Francesa e o Suriname, que já exploram petróleo a pouco Kms de distância do Brasil, nessa mesma jazida?

  5. Concordo com você Nelio Jacob. Em relação a Usina de Belo Monte, a ministra Marina tinha carradas de razão.
    Dessa vez, está fazendo muito barulho para pouquíssima chance de um desastre ambiental.

    Aqui no Rio de Janeiro, a extração de petróleo, ocorre a pouco mais de 200km da costa, sem nenhum risco de vazamento, graças a expertise dos técnicos da Petrobrás. Insta salientar, que Paulo Guedes destratou a petroleira estatal , vendendo a preço de banana, Refinarias, a BR Distribuidora e até os dutos que transportam o ouro negro.

    O governo de Bolsonaro e Paulo Guedes trabalharam contra os interesses nacionais. Essa é uma das evidências. Só faltava vender de graça.

    Falam em povão, mas só da boca para fora. O economista medieval da Escola de Chicago, tentou, tentou, mas, não conseguiu acabar com o INSS. Ele queria criar o monstro, que Guedes ajudou a criar no Chile, o qual gerou centenas de suicídios de idosos, ao receber os primeiros proventos do Regime de Capitalização, uma ninharia, insuficiente para um mínimo de sobrevivência digna. Era essa tragédia, que Guedes queria impor aos futuros aposentados.

    Qual a razão? Muito simples: Guedes trabalhava para eliminar o custo das empresas, a contribuição patronal. O trabalhador iria arcar sozinho para compor a sua futura aposentadoria.

    Bolsonaro apoiava o Regime de Capitalização da Previdência, tese absurda do seu super ministro.

    • Segudo o ladrão & narcotraficante Lula da Silva, o Brasil JÁ é auto-suficiente em petróleo. Então, está na hora de ampliar as fontes da petrossauro, em vez de explorar óleo na foz do Amazonas, as bestas petralhas poderiam explorar o potencial energético das pororocas.

  6. Não existe Justiça no país, aliás, só há Justiça no Paraíso.
    A Reforma da Previdência atingiu somente os trabalhadores com Carteira Assinada. A decisão do STF, que permite a aposentadoria de governadores do Paraná, (que terá repercussão em todos os Estados) mesmo que exerçam o mandato por dez meses, no valor de 43 mil, salário de um desembargador, penso, que foi uma decisão equivocada do Colegiado do Supremo.

    Lá mesmo no STF, tramita um processo sobre a Aposentadoria da Vida Toda. Dois ministros pediram vistas do Processo. O último que recorreu a esse expediente, destinado a procrastinar a decisão, foi o ministro Zanin, indicado por Lula na vaga de Ricardo Levandovisk. Será mais um Conservador na Corte. Daqui a pouco, o indicado de Lula, estará formando a Bancada da Direita Suprema, junto com André Mendonça e Nunes Marques, ambos indicados por Bolsonaro.

    Sai governo, entra governo e pouca coisa muda. E agora está pior: estamos no limiar da volta da Escravidão.

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