Todo enrolado, Dias Toffoli não reconhece os erros e tenta “adaptar” a falsa narrativa

Toffoli anula provas da Odebrecht e afirma que prisão de Lula foi 'armação' | Tribuna Online | Seu portal de Notícias

Toffoli se recolheu e só fala através da imprensa amestrada

Matheus Teixeira e Julia Chaib
Folha

O ministro Dias Toffoli, do STF (Supremo Tribunal Federal), tem afirmado nos bastidores que não cogita rever a decisão que declarou imprestáveis todas as provas da leniência da Odebrecht e que determinou investigação de integrantes da Lava Jato que firmaram o acordo com a empreiteira.

O magistrado diz a interlocutores que a nova manifestação do DRCI (Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional), do Ministério da Justiça, de que encontrou registro de pedido da operação para realizar cooperação com a Suíça, não esvazia a tese que o levou a tomar a decisão.

Também afirma em conversas reservadas que documentos contidos no processo comprovam que a equipe da Lava Jato usou dados oriundos de outros países antes de o órgão do Ministério da Justiça finalizar o processo de atuação conjunta internacional.

INFORMAÇÃO FALSA – Inicialmente, o DRCI, responsável por concentrar negociações para parcerias com outros países em investigações criminais, informou ao Supremo que não havia achado nenhuma solicitação da Lava Jato para ter acesso a dados de pagamentos de propina da Odebrecht que estavam na Suíça.

Toffoli usou a ausência de registro de um pedido nesse sentido como principal argumento para afirmar que os integrantes da operação agiram de maneira ilegal, pois teriam tido acesso a material estrangeiro sem anuência do órgão que tem essa atribuição no Brasil.

Na terça-feira (12), no entanto, o DRCI enviou outra manifestação ao STF e disse que, em nova busca, encontrou uma solicitação da Lava Jato em junho de 2016.

TOFFOLI INSISTE – O argumento de Toffoli nos bastidores, porém, é que embora o pedido tenha sido feito no meio de 2016, o DCRI só finalizou o processo em outubro de 2017. Cita, ainda, que o acordo de leniência foi firmado em dezembro de 2016 e, logo depois, a Lava Jato já passou a usar em suas peças judiciais as informações entregues pela Odebrecht —inclusive aquelas que estavam na Suíça.

Além disso, advogados que atuam no STF afirmam que a informação do departamento do Ministério da Justiça de que houve pedido formal de cooperação internacional levanta outra suspeita contra a Lava Jato.

Isso porque a equipe da operação disse ao Supremo, em diversas ocasiões, que não havia documentos para fornecer à corte sobre o trabalho conjunto com investigadores da Suíça ou dos Estados Unidos.

PEDIDO DE LEWANDOWSKI – A afirmação ocorreu em solicitações feitas pelo então ministro Ricardo Lewandowski, que havia obrigado a operação a enviar a advogados de investigados documentos sobre a cooperação internacional para que pudessem elaborar suas estratégias de defesa.

Toffoli transcreveu em sua decisão uma declaração de Lewandowski durante julgamento sobre o tema. “O Ministério Público de primeiro grau, consultado, disse: ‘Não há absolutamente nenhum material a respeito disso, não há registros de tratativas internacionais, não há nada a fornecer à defesa’”.

Toffoli também mencionou que Lewandowski, com base em mensagens trocadas por integrantes da Lava Jato e vazadas após serem vítimas de um hackeamento, apontou para indícios de que a Lava Jato não tratou de maneira adequada as provas obtidas junto a outros países. “Aparentemente, foi manipulado sem o menor cuidado, plugado em computadores, desplugado, carregado em sacolas de mercado”, disse Lewandowski em julgamento que foi citado por Toffoli.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
A matéria necessita de tradução simultânea. A Odebrecht forneceu à Lava Jato seus documentos no exterior e a força tarefa apenas pediu confirmação à Suíça, que enviou os documentos e ficou comprovada a autenticidade. Toffoli se baseou em Lewandowski, que não merece credibilidade e se baseou no doleiro Tacla Duran. Você acreditaria num ministro que escreve o seguinte? “Aparentemente, foi manipulado sem o menor cuidado, plugado em computadores, desplugado, carregado em sacolas de mercado”. Ora, qualquer estudante de Direito sabe que “aparentemente” jamais tem valor jurídico. Toffoli e Lewandowski são ministros patéticos, um ativo e o outro, inativo. (C.N.)

25 thoughts on “Todo enrolado, Dias Toffoli não reconhece os erros e tenta “adaptar” a falsa narrativa

    • Arquivos digitais vc pode levar na mão , em uma bolsa da leviton ou até mesmo na bunda. Não importa a forma como vc transporta.

      Vc gera um checksun da origem e outra no destino. Se o hash bater, esta tudo certo e essa é aforma correta de verificar se o aqruivo é autêntico. Isso está no laudo da PF.

      Também se ler o documento da PF, relata que a cópia de arquivos usou máquinas virtuais, autenticação no domíno e partiu do servidor primario. Foi usado criptografia e uma série de outros recursos.Dizer que não teve cuidado é querer agir de má fé.

      De forma simplificada, escrever algo relatando que o problema é uso de sacola plástica ou USB é usar o dedo como aparelho excretor.

  1. “Aparentemente, foi manipulado sem o menor cuidado, plugado em computadores, desplugado, carregado em sacolas de mercado”. Ora, qualquer estudante de Direito sabe que “aparentemente” jamais tem valor jurídico. Toffoli e Lewandowski são ministros patéticos, um ativo e o outro, inativo. (C.N.)

    Acompanho o Editor…

    PS. E tem uma outra coisa importantissima , mas infelizmente não posso falar aqui neste espaço, devido a Srta. e Sras. no recinto…

  2. Repetindo:

    Ora, os documentos solicitados não vieram diretamente da Suiça. Vieram para a Odebrecht que ficou com os mesmos quase um ano após o acordo de leniência e só então, os entregou à justiça brasileira.

    Ora, quem ler no documento do departamento de justiça americana, no item 74 pode chegar a conclusões próprias que vão de encontro às alegações de Dallagnol:

    “74. Fmthermore, in or about January 2016, after Lavo Jato and the investigations by United States and Swiss authorities were well-known to ODEBRECHT; employees and/or agents of ODEBRECHT intentionally caused the destruction ofphys.ical encryption keys needed to access the MyWebDay system, which contained evidence relating to the bribery scheme. As a result ofthese actions, significant evidence from the MyWebDay system was rendered inaccessible.”

    Então, muito antes do tal pedido de cooperação, já havia investigação internacional.. O pedido de maio de 2016 pelo MPF foi só para tentar dar uma formalidade.

    Será que foi por isso que o arquivo MyWebDay não pode ser remetido diretamente da Suiça? Será que foi mantido intacto na sede da Odebrecht ?

    Qualquer jornalista tem o dever de investigar as coisas, não acreditar na parte envolvida, mas isso não é muito comum hoje em dia. Já postei por aqui uma reportagem investigativa muito bem feita, mas parece ser perda de tempo, afinal, cada vez mais é demonstrado aquilo que um filósofo colocou: as convicções são mais prejudiciais à verdade que as mentiras.

  3. “A admissão consta de uma conversa, gravada no dia 30 de setembro de 2019, entre peritos da PF e Cláudio Wagner, indicado pela defesa de Lula para apresentar um laudo complementar ao parecer técnico da PF.

    Segundo Roberto Brunori Junior, perito criminal da PF, ao contrário do que o MP afirmou, os arquivos foram colhidos com a Odebrecht, e não extraídos diretamente dos servidores na Suíça.

    “Agora só um parêntese aqui, já que está gravando, um parêntese, de cabeça, lembrando, não é certeza, a Odebrecht recebeu [os documentos] da autoridade suíça e ela abriu isso, e mexeu nisso, durante muito tempo ficou com isso lá”, afirma.

    Ainda segundo ele, ficou comprovada a existência de arquivos “gerados pela Odebrecht” que possuem “datas posteriores às apreensões” do material.

    Aldemar Maia Neto, outro perito da PF, afirma não se importar com a origem dos arquivos. “Pra gente isso é indiferente. Pra gente o que interessa é o que a gente recebeu. O que a gente recebeu tá constando no laudo. O que foi colocado ali.””

    Quem quiser ver o laudo da PF, é só verificar na pg 14, as inconsistências que levaram Lewandovski e a segunda turma do STF a anular as provas baseadas nesses documentos.

  4. Resumo da ópera . Não era necessário o acordo. Esse fora feito porque a OdebrecRth não havia expontaneamente fornecido os dados. Que acabou o fazendo através de acordo com com a Procuradoria.

    Nunca vi um diversionismo mais mequetrefe que esse.

    Se querem assim que o seja. A população vai entender esse quiprocó quando reembolsarem os descondenados.

    Ou será que só querem passar pano pro Lula?

  5. Aparentemente; é o que parece; é o que tudo indica, não tem valor jurídico, mas a expressão gera dúvida, cabe investigação.
    A quem interessa esse contrato de leniência não ser investigado?

    Qualquer um que é contra investigação desse contrato, está com medo de que atinja Moro e Deltan.

    • Exato caro Nélio Jacob,

      a mim só interessam os fatos, as narrativas deixo aos incautos ou aos convictos.

      Ademais, acho que está na hora da AL criar suas próprias leis anticorrupção extraterritoriais, a exemplo da Europa. Essa lei dos EUA, FCPA, e outras, depois que as empresas deles protestaram, agora tem o objetivo de enfraquecer economicamente e tecnologicamente as concorrentes deles, principalmente em alguns setores. Olha só: https://www.conjur.com.br/2023-mar-29/interesses-eua-influenciam-anticorrupcao-dizem-pesquisas

    • Eu vivo da mamata publica (e tenho medo que minha mamata acabe); e por isso tenho vergonha de comentar. O tofoli confessou que roubou processos. Vocês, tem coragem de dizer de qual mamata vocês vivem ? Vocês não tem medo que seus netos sejam prejudicados pelo fim das mamatas?
      Vocês não percebem que estão matando a galinha dos ovos de ouro?
      Meu filho não recebeu a pensão de 8.700,00 este mês (NÃO RECEBEU A PENSÃO DE 8.700,00 ESTE MÊS).

      Vocês não entendem que isso vai acontecer com seus netos também?

  6. Toffoli mantém anulação de provas no caso Odebrecht, mas reforça que acordo de leniência está de pé
    Estadão

    BRASÍLIA – O ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli vai manter o entendimento de que as provas obtidas no acordo de leniência da Odebrecht são imprestáveis e nulas. Toffoli pretende deixar claro nos autos, porém, que o acordo com a empreiteira não foi anulado. Ao menos por enquanto, está de pé.

    Os desdobramentos e a abrangência da decisão do ministro provocaram dúvidas que envolvem até acordos firmados em outros países. É por isso que, nos próximos dias, o ministro deve reforçar nos autos que o eventual arquivamento de inquéritos ou ações judiciais em curso, caso seja constatada a contaminação das provas, deverá ser decidido pelos juízes de cada processo.

    De qualquer forma, o despacho de Toffoli abre brecha para que todos esses acordos sejam revistos mais adiante pelo Judiciário.

    as provas obtidas no acordo de leniência da Odebrecht são imprestáveis e nulas PORÉM
    o acordo com a empreiteira não foi anulado

    Grande Adevo Gado !!!

  7. Nós, os pagadores de impostos vamos ter que devolver aos corruptos o que devolveram através da Lava Jato?
    Imagino a cara dos ladrões recebendo de volta o dinheiro roubado.

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