Arbítrio judicial! Mãe de um jovem assassinado foi presa ao tentar depor 

sylvia miriam tolentino de oliveira|Pesquisa do TikTokDeltan Dallagnol
Gazeta do Povo

Um caso recente que viralizou nas redes sociais explica, de maneira clara, o descrédito atual da população com o Poder Judiciário. Ambos os casos retratam, de maneira fria e crua, como uma instituição que deveria entregar justiça aos cidadãos tem, em vez disso, aplicado a lógica do autoritarismo e do arbítrio que é característica dos donos do poder, ao esmagar e subjugar os fracos e os pequenos enquanto blinda, protege e premia com a impunidade os ricos, poderosos e criminosos.

O primeiro caso é o vídeo de uma mãe que, durante uma audiência de instrução sobre o assassinato de seu filho, recebe voz de prisão do juiz.

NO DEPOIMENTO – Tudo começou quando a promotora do caso perguntou à cabeleireira Sylvia Mirian Tolentino de Oliveira, a mãe da vítima, se ela estava confortável em prestar depoimento na frente do réu. O homem acusado de matar o filho de Sylvia estava a poucos metros dela e aquela era a primeira audiência 7 anos depois do crime.

A escalada do arbítrio judicial “em nome da democracia” corrói a fé na própria democracia e tende a produzir exatamente o que o STF afirma que pretende evitar: governantes autoritários.

Em resposta, a mãe da vítima demonstrou coragem e afirmou que não tinha problema. “Por mim ele pode ficar aí, pra mim ele não é ninguém”, responde Sylvia.

RESPEITO AO RÉU – Imediatamente, o advogado do réu começou a exigir que Sylvia tivesse “respeito” pelo réu. A promotora avisou o juiz: “Excelência, é uma vítima enlutada”. Mas o juiz, do alto de seu altar, deu razão ao advogado do réu e pediu a Sylvia respeito, que mantivesse a serenidade e tivesse inteligência emocional.

O juiz, autointitulado professor de inteligência emocional, mas não se sabe bem onde a (des)aprendeu, continuou a repreender a mãe, e a promotora protestou: “Não, não, Excelência, eu gostaria que a vítima pudesse se manifestar. A vítima e seus familiares têm direito à informação, ela tem direito a ser ouvida, ela tem direito a ser acolhida pela Justiça, é só isso. Deixa ela falar, eu só gostaria que ela falasse o que aconteceu”.

Seguiu-se uma confusão, com o juiz aparentemente repreendendo ainda mais a mãe com um tom exaltado de voz, em mais uma bela lição de sua suposta inteligência emocional, a mesma que exigiu da mãe enlutada (!), enquanto a promotora continuou a protestar.

JUSTIÇA DE DEUS – Sylvia então se levantou, jogou fora um plástico que segurava e disse ao réu: “Da Justiça dos homens você escapou, mas da Justiça de Deus não escapa”.

E foi nesse momento que o juiz deu voz de prisão à Sylvia. Isso mesmo, você leu corretamente. Deu voz de prisão. Para a vítima. Não para o réu, que seguia sem punição 7 anos depois do crime. Ao comentar o caso mais tarde, Sylvia explicou como se sentiu:

“Me senti muito humilhada e caluniada. Eu estava ali só pela justiça do meu filho. Você chega na frente de um juiz, de uma autoridade que é estudada para isso, para poder te defender, mas você é julgada por uma coisa que não fez. Você recebe voz de prisão”.

E A JUSTIÇA? – Segundo Sylvia, ela jamais imaginou que poderia sair presa da audiência de instrução do homicida de seu filho – pelo contrário, ela achava que, na frente do juiz, seria ouvida, acolhida e defendida.

Sylvia acreditava que o Poder Judiciário seria um local seguro para ela se expressar e onde poderia falar sem ser interrompida.

“Eu espero que a justiça seja feita, porque não teve justiça de lado nenhum. Eu espero também que o doutor juiz, que ele reconheça que ele errou. Ele errou comigo. Eu não deveria ser presa, isso me dói muito porque eu fiquei com muita vergonha. Eu fiquei com vergonha. Eu fiquei triste. Eu fiquei magoada. Porque era pra ele me defender. Eu estava ali na esperança de que ele me defendesse. E ele não me defendeu. Ele não me defendeu”, concluiu Sylvia, com a voz embargada e lágrimas escorrendo pvvelo rosto.

INACREDITÁVEL – A história já é demais revoltante, mas piora e beira o inacreditável. Ao invés de reconhecer o erro, o juiz disse que irá representar Sylvia por crime contra a honra.

Quer dizer, a mãe enlutada não deixou apenas de receber justiça pela morte do filho. Em cima da injustiça praticada contra sua família por um criminoso, ainda vieram uma segunda e uma terceira injustiças: a do Estado, pelas mãos do próprio juiz, primeiro com a prisão e depois com uma investigação e possível punição por crime contra a honra.

No Brasil, o mau exemplo sempre veio de cima: abusos, arbitrariedades, corrupção e ilegalidades. Se os ministros do STF podem, por que os demais juízes não?

(Artigo enviado por Mário Assis Causanilhas)

7 thoughts on “Arbítrio judicial! Mãe de um jovem assassinado foi presa ao tentar depor 

  1. Sr. Newton

    O modo comunista de viver…

    Lá como cá a mesma coisa, o Ministro “burruga'” atolado em corrupção….

    Pelo menos esse comunopata corrupto pediu o boné antes para não causar mais transtorno ao Páis…

    Como dizia Dona Bela..””eles só pensam naquilo, $$$$$$…??

    Primeiro-ministro de Portugal apresenta renúncia após escândalo de corrupção.

    https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/primeiro-ministro-de-portugal-apresenta-renuncia-apos-escandalo-de-corrupcao/

    Até tú , Cabral…???

    eh!eh!eh

  2. Alexandre de Moraes livra Lula de investigação sobre relógio de luxo não registrado

    O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, rejeitou um pedido para investigar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por ter deixado de registrar um relógio de pulso na lista oficial de presentes recebidos de autoridades estrangeiras.

    O pedido de investigação foi feito pelo deputado federal Rodrigo Valadares (União Brasil-SE).

    De acordo com Moraes, não há indícios mínimos da ocorrência de ilícito criminal que justifique a medida, no mesmo sentido da posição manifestada pela PGR.

    O pedido foi apresentado pelo parlamentar no Inquérito (INQ) 4874. Ele alegava que o próprio presidente teria admitido, em lives transmitidas em julho deste ano, que teria recebido um relógio da marca Piaget do ex-presidente francês Jacques Chirac, durante as celebrações do Ano do Brasil na França, em 2005.

    O argumento era o do princípio da isonomia, considerando que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está sendo investigado criminalmente por fato semelhante.

    Ao rejeitar o pedido e determinar seu arquivamento, Moraes explicou que a justa causa, exigência legal para a instauração e a manutenção de investigação criminal, exige a presença de três componentes: a conduta tem de caracterizar um crime (tipicidade), ser punível (punibilidade) e ser viável, ou seja, ter indícios fundados de autoria (viabilidade).

    No caso, o ministro do STF verificou que não há nenhum indício real de crime nem qualquer informação relevante que justifique a instauração de inquérito ou de investigação.

    “A instauração ou a manutenção de investigação criminal sem justa causa constituem injusto e grave constrangimento aos investigados”, concluiu.

    https://gazetabrasil.com.br/justica/2023/11/07/alexandre-de-moraes-livra-lula-de-investigacao-sobre-relogio-de-luxo-nao-registrado/

    Dá-lhe 51..!!!

  3. Como eu cansei de avisar, o STF destruiu o que restava de sério no judiciário brasileiro, virou tudo uma zona, com cada juiz acreditando ser um mini rei com poderes plenos fazer o que lhe dá na telha.

    Se o STF que deveria zelar pela segurança jurídica, muda opinião conforme lhe interessa e não segue nenhuma ou norma e ainda é aplaudido pela mídia em geral, por que o resto do judiciário deveria obedecer algo?!

    O mal que o STF está produzindo durará muito mais do que qualquer loucura dos socialistas ou a corrupção do PT.

  4. Se só após 7 anos houve a primeira audiência a culpa não é do juiz é das leis.
    O réu estava em julgamento e ela se precipitou ao dizer,: “Da justiça dos homens você escapou, mas da justiça de Deus não escapa”, pois pelo que entendi o juiz ainda não tinha dado a sentença do réu acusado e se sentiu ofendido.
    Deltan pegou-se nesse caso isolado para atacar o judiciário, isso é esperneio de quem foi cassado.

    Vamos aguardar qual a próxima enviada pelo Mário Assis Causanilhas

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