O que a Alemanha comunista ensina sobre a “Abin paralela” de Bolsonaro

Imagem ilustrativa da imagem Charge 21/10/2023

Charge do Marco Jacobsen (Arquivo Google)

Diogo Schelp
Estadão

A Stasi, acrônimo em alemão para Segurança de Estado, foi o serviço de inteligência da Alemanha Oriental que, ao longo de 40 anos, monitorou potenciais inimigos externos e internos do regime socialista. É considerada o suprassumo histórico da vigilância do Estado sobre os cidadãos com o propósito de garantir a perpetuação de uma determinada ideologia no poder.

A história da Stasi tem dois momentos de inflexão que moldaram sua forma de atuação. O primeiro foi o levante de 1953, que deu ao regime a convicção de que, para não ser surpreendido pelo próprio povo, precisava manter vigilância constante sobre os cidadãos com o objetivo de coibir atitudes contrárias ao socialismo antes mesmo de elas se tornarem ameaças reais. Com isso, todo e qualquer cidadão tornou-se um potencial inimigo ao menor sinal de dissidência ou crítica ao governo.

BISBILHOTAGEM – O segundo ponto de inflexão deu-se no início da década de 70, quando a busca por legitimação internacional da Alemanha Oriental levou a Stasi a desenvolver métodos mais sutis de perseguição e repressão política, em detrimento da brutalidade explícita adotada até ali.

Para municiar as novas táticas de manipulação, divulgação de boatos e falsa imputação de crimes com o propósito de destruir carreiras e isolar as pessoas de seus círculos sociais, a polícia secreta aprofundou a bisbilhotagem na vida privada dos cidadãos, não se restringindo às suas atividades políticas, culturais e profissionais.

A suspeita é de que, durante boa parte do governo de Jair Bolsonaro, a Abin – cujo papel é identificar ameaças à ordem constitucional, não defender um projeto político de poder.

EXEMPLO DA STASI – Ai espionar políticos, ministros do STF, jornalistas, advogados e até uma promotora responsável pela investigação do caso Marielle, a ação da Abin remete ao exemplo da Alemanha por vários motivos.

Primeiro, pelas aspirações ditatoriais dos beneficiados diretos da bisbilhotagem. Segundo, pela motivação ideológica na escolha dos alvos dos monitoramentos. Terceiro, pela prática de arrastão investigativo, ou seja, de espionar o maior número possível de pessoas para encontrar alguma coisa contra elas.

Afinal, se o software FirstMile foi usado 30 mil vezes para identificar a geolocalização em tempo real de 1.800 pessoas, fica claro que os agentes da Abin estavam procurando conexões entre pessoas aleatoriamente, sem ter uma suspeita objetiva em relação a elas.

LER OS ARQUIVOS – Na Alemanha, qualquer cidadão pode verificar se foi alvo da espionagem da Stasi e ler os arquivos com suas informações.  Desde 1992, mais de 2 milhões de pessoas já usufruíram desse direito.

A Abin paralela de Bolsonaro não chegou aos pés da Stasi em alcance e em eficiência, mesmo com os atuais recursos tecnológicos.

Mas o mínimo que se espera é que qualquer brasileiro que tenha sido espionado ilegalmente possa se informar sobre isso e ter acesso irrestrito aos dados levantados.

14 thoughts on “O que a Alemanha comunista ensina sobre a “Abin paralela” de Bolsonaro

  1. Socialismo= “O Plano Demoníaco de Albert Pike Para a Implementação da Nova Ordem Mundial.”
    “Albert Pike foi o Grande Comandante da Maçonaria norte-americana de 1859-1891. Durante seu mandato, teve uma visão de como a Nova Ordem Mundial poderia ser estabelecida. O Plano previa três guerras mundiais. A Primeira e a Segunda Guerra Mundial ocorreram exatamente conforme previsto. O Plano prevê que o Anticristo surgirá a partir da fumaça, poeira e destruição causada por uma Terceira Guerra Mundial, que será travada entre árabes e israelenses. Essa guerra agora está iminente!!”

  2. Socialismo=
    “Confirmado o Vínculo Tenebroso Entre Prescott Bush (Avô do Presidente George W. Bush) com o Partido Nazista Antes e Durante a Segunda Guerra Mundial.”
    “Prescott Bush foi um financista de Wall Street que esteve envolvido em operações de financiamento para a reconstrução da indústria alemã no período entre as duas guerras mundiais. Ele também esteve envolvido na tentativa de um golpe militar contra o presidente Roosevelt em 1934; o objetivo era estabelecer um regime fascista nos EUA como forma de sair da Grande Depressão. Mas por que deveríamos estar surpresos, se Prescott Bush e Adolf Hitler eram membros de “Irmandades da Morte”? As ramificações são enormes!”

    • Conclusão: A fonte(banca) é uma só e usa e abusa de seus “fraternos” servos, para alcançar e concluir seu objetivo de domínio mundial!(A idéia)

  3. Socialismo=”Escudo Vermelho=
    “A Dinastia Rothschild
    (Condensado de ‘Descent Into Slavery’, de Des Griffin, Cap. 5) .” “Pouco tempo depois ele retornou a Frankfurt, onde conseguiu comprar o negócio que seu pai tinha aberto em 1750. O grande Escudo Vermelho ainda estava sendo exibido na porta. Reconhecendo o verdadeiro significado do Escudo Vermelho (seu pai tinha adotado esse emblema da Bandeira Vermelha, que era o emblema dos judeus de mente revolucionária na Europa Oriental), Mayer Amschel Bauer alterou seu nome para Rothschild; desse modo a Casa de Rothschild passou a existir. “

  4. Lá, “dendos”, em:
    “A Doutrina Hegeliana em Uso Constante nas Notícias Atuais: ‘Conflito Controlado Produz Mudança Controlada'”
    “Depois que você compreender a tática que é usada diariamente pela elite globalista em muitas circunstâncias, nunca mais verá as notícias da mesma forma! Você precisa compreender que todos os partidos políticos se baseiam nesse fundamento da Dialética Hegeliana.”

  5. Os meios justificam os fins, para se avacalhar Bolsonaro ressuscitaram a Alemanha Oriental como piloto de prova de fábrica de supositório, ou comunismo espionante.
    Os militantes midiáticos não hesitam em trocar os sinais em qualquer demanda ideológica, e é Bolsonaro que não presta.

  6. A ORIGEM DO COMUNISMO

    Dois livros, foram fundamentais para o entendimento dos dois maiores sistemas econômicos existentes no mundo: Comunismo e Capitalismo.
    1 – A Riqueza das Nações de Adam Smith, publicado em 1776. Trata-se do embrião do Capitalismo. Seus alicerces são o Individualismo, o Lucro, o Liberalismo, a Acumulação de Capital, a Divisão do Trabalho e a Exploração do Homem pelo Homem.
    2 – O Capital de Karl Marx e Friedrich Engels. O primeiro livro de O capital foi publicado em 1867. Em seguida foram lançados o Livro 2 e o Livro 3.
    Na vida das nações, não existe movimento revolucionário sem uma teoria que o impulsione, até que se torne um movimento econômico, político e social. Por exemplo:
    1 – Os enciclopedistas franceses, Rousseau, Voltaire, Diderot e Montesquieu prepararam nas consciências o evento da Revolução Francesa de 1789, um movimento de ascensão da burguesia, que culminou com a queda da Monarquia Francesa.
    2 – Os iluministas, Francis Bacon, John Locke, Davis Hume e Georges Berkeley, prepararam os espíritos, as ideias que deram origem na Revolução Industrial do século XVIII. Esse grupo de intelectuais foram também denominados de empiristas ingleses.
    Tanto a Revolução Francesa como a Revolução Industrial foram movimentos da nova classe social, a Burguesia, surgida dos escombros da Idade Média. Os movimentos revolucionários contestaram o direito divino dos reis e os privilégios da nobreza, criando as bases da noiva sociedade liberal e democrática. Coube aos franceses a liderança da Revolução política e social de 1789 e aos ingleses o advento da revolução Industrial.
    Dando seguimento ao termo “comunismo” e sua origem, os revolucionários russos liderados por Lenin, Trotsk e Stalin, incorporaram as ideias contidos no livro o Capital e tomaram o Poder da família real russa, chamada de Revolução Soviética, em 1917. A União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) durou mais de 70 anos, sendo implodida na década de 90, após a queda do muro de Berlim, que dividia a Alemanha em duas. Bohn a capital do lado ocidental e Berlim, a capital dominada pela União soviética. Enfraquecido o império comunista soviético, surgiram movimentos separatistas, até que as repúblicas se tornariam independentes, como a Geórgia, o Casaquistão, o Uberquistão, a Ucrânia, dentre outras repúblicas.
    Os regimes comunistas, têm como objetivo, a abolição do mais valia (lucro) e o primado do Estado como indutor do desenvolvimento e da justiça social em contraponto a iniciativa privada. Os meios de produção no regime comunista são controlados pelo Estado, que dividiria os bens produzidos pela sociedade para todos os cidadãos. Evidentemente, nenhum país conseguiu impor as ideias originais contidas no Livro O Capital. Portanto, o que existe na prática no mundo é o modo de produção capitalista.
    Marx, entendia, que a primeira revolução comunista, deveria ocorrer em um país capitalista desenvolvido, que então, poderia evoluir para a divisão das riquezas das nações para toda a sociedade. Entretanto, a primeira revolução comunista aconteceu na União Soviética, um país profundamente subdesenvolvido e desigual, no distante 1917. Talvez, pudesse ter sucesso segundo Marx, na Inglaterra, país desenvolvido e berço da Revolução Industrial. Segundo Karl Marx, um país comunista não poderia conviver com a miséria e a opressão da massa trabalhadora.
    Vivemos hoje, uma era da alienação e conformismo, a pós-verdade, que distorce os fundamentos do que seria o verdadeiro comunismo, que só poderia ocorrer em uma sociedade avançada culturalmente.
    Para confundir, atribuem a esquerda populista, que não prepara os cidadãos para a inteligência e o saber, com regimes comunistas caricatos, como a Venezuela, a Nicaraguá e a Coréia do Norte, que nada têm de Comunismo, sendo apenas, a tomada de Poder por grupos amparados pela força militar, tendo como meta a eternização do poder com base em concessões populistas, que preservam o estado de coisas dos regimes capitalistas excludentes.

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