Pela primeira vez desde Vargas, o país tem um presidente que é antissemita

LULA VIAGEM. Foto: Ricardo Stuckert / Presidencia da Republica

Ninguém consegue levar a sério essas narrativas de Lula

J.R. Guzzo
Estadão

Está na hora de encarar de frente, sem as trapaças mentais que habitualmente se faz quando o assunto é esse, a seguinte realidade: o Brasil, pela primeira vez desde a ditadura de Getúlio Vargas, tem um presidente antissemita. Chocante, não é? Pode ser, mas também é o que se obtém olhando para os fatos como eles são. Getúlio mandava negar vistos a judeus no silêncio dos consulados brasileiros no exterior, e chegou a deportar uma judia para os campos de concentração da Alemanha nazista. Mas não fazia discursos em público para exibir seu antissemitismo. Lula faz.

Na verdade, ele faz questão de fazer; não quer deixar nenhuma dúvida a respeito. No começo, os analistas, embaraçados, diziam que Lula tinha cometido um “deslize”, ou tinha sido “infeliz”, quando se punha a acusar Israel pelo crime de se defender.

NÃO É “DESLIZE” – Mas ele voltou ao assunto, sem ninguém lhe pedir nada, e voltou de novo, e não parou mais até agora. Neste preciso momento, aliás, está num dos seus surtos mais agressivos. Aí já não é “deslize”, nem coincidência.

Lula, como a esquerda brasileira e mundial, aproveitou a janela de oportunidade da guerra em Gaza para tirar o seu antissemitismo do armário.

Com a desculpa de estar contra “o governo de Israel”, ou o “Estado de Israel”, e a favor dos “palestinos” mortos da guerra que sua própria liderança provocou, se jogou de cabeça na maravilhosa experiência, tão desejada por eles, de ser racista e cobrir-se de indignação moral ao mesmo tempo.

FALSIFICAR OS FATOS – É precisamente disso que se trata, e não outra coisa: racismo, ódio ao judeu por ser judeu, antissemitismo, tudo sob o disfarce de apoio à “causa palestina”, a defesa dos “civis” e a promoção do “Sul Global” que se opõe à “hegemonia americana”.

Não há um único átomo de honestidade em nenhum desses propósitos. A única coisa que existe é falsificação dos fatos para a construção de uma “narrativa” – o que Lula mais gosta de fazer na vida.

A “narrativa” que o presidente construiu para ocultar seu antissemitismo é repetir o tempo todo que Israel declarou guerra à “Palestina”, quer eliminar os povos da área pelo “genocídio” e impede que recebam “ajuda humanitária”.

MULHERES E CRIANÇAS – Segundo Lula, o governo de direita de Israel mata deliberadamente “mulheres e crianças”. Para completar, no mesmo tom do discurso neonazista pelo qual o Holocausto foi uma invenção, disse que o “vitimismo” judeu tem de acabar.

Lula nunca diz que só há guerra em Gaza porque os terroristas da sua “Palestina” assassinaram 1.200 civis israelenses num crime de selvageria sem precedentes, nem que seus aliados mantêm reféns, como uma quadrilha de criminosos.

Só pensa naquilo – a “narrativa”.

10 thoughts on “Pela primeira vez desde Vargas, o país tem um presidente que é antissemita

  1. Ele é – realmente – antissemita porque há muitos semitas sem vergonha na política, que se calam. Junto a estes estão os “adevogados”, as ovelhinhas, os cúmplices do ladrão, a macacada, os velhos velhacos, o cronista pé-de-cana e todos os demais assemelhados, simbolizados pelos paus de arara mortos de fome e dos vagabundos que optaram pelo bolsa família, que apoiam tudo que o larápio pensa (?) e zurra, isto é, falha.

    Fosse alguém da direita, o dono das leis mandaria prender (sem que fosse provocado), pois a CF88 proíbe, conforme Art. 5º, XLII.

  2. Esse idiota ainda fala em viver 220 anos, sua vida é u.a coleção de absurdos, não sei como ainda as pessoas dão crédito a um desqualificado igual a esse.

  3. Bem, os semitas não são somente os judeus, os palestinos também são considerados semitas. Assim, como dizer que alguém que critica a mortandade em Gaza é anti-semita? Que é contra os judeus? Faz sentido chamar alguém de anti-semita?

    Pelo jeito, o autor do texto é a favor da expulsão dos palestinos do seu território, mesmo à custa de milhares de vidas, incluindo crianças.

    Como é definido o extermínio de um povo?

    Acho que ninguém, fora algumas nações árabes é anti-sionista. Para mim, os palestinos deveriam ter um Estado próprio, assim como os judeus têm Israel.

    Aliás, quando Israel foi fundado, não estava previsto também a criação do Estado da Palestina, até hoje não reconhecido?

    • Concordo com o José Vidal e discordo do tom da matéria. É possível criticar o governo Lula sem ser a favor da destruição de Gaza, que tem mais que ver com a política do primeiro-ministro atual, Netanyahu, que com semitismo, anti-semitismo. Nisso, o governo brasileiro tá certo, junto com a maioria dos países da ONU. Mas parte da imprensa parece querer transformar todas as questões relativas ao governo em fla-flu, e não se pode confundir oposição e intrigas internas com a projeção externa de poder de uma nação. Isso fica pra história, a “vergonha” que a manchete e a foto traz ao articulista vendo a notícia publicada nas bancas de jornais, isso passa.

    • Concordo com o José Vidal e o Fernando Bortolotto. E pinço um trecho do artigo: “só há guerra em Gaza porque os terroristas da sua “Palestina” assassinaram 1.200 civis israelenses num crime de selvageria sem precedentes,”
      Esquece-se o autor de que, em represália, as forças israelenses já mataram mais de cinquenta mil palestinos, incluindo dezenas de milhares de mulheres e crianças, destruíram a infraestrutura de Gaza e proibiram o acesso de comida, água e remédios ao povo de lá. Isso não é guerra, isso é retaliação. Durante os horrores nazistas, quando a resistência matava nazistas, os alemães retaliavam mandando fuzilar 10, 20 homens por nazista morto, e o mundo ficava horrorizado. Até agora os israelenses já mataram perto de cinquenta por um, incluindo mulheres e crianças, destruíram o país, estão matando o resto da população à fome e à doença e querem nos convencer de que isso é uma guerra justa? Estão fazendo muito pior do que os soldados alemães. E querem convencer o mundo de que quem protesta é antisemita?

  4. Sr. Newton

    Nessa entrevista com o Presidente Franco-Tucano-Suiço o Narco-Dorobô de Nove Dedos passou por maus bocados, como se dizia antigamente..

    Eu não consegui anotar a placa da locomotiva que atropelou e ainda deu uma ré para conferir o estrago feito com a cara do Narco-Ladrão…..

    O Narco-Ladrão tentou usar a velha tática de enrolar, mentir, passar a perna , como o estilo blá,blá, blá, blá, blá, e nhenhenhen, mas não teve jeito..

    Dessa vez, a 51 teve um efeito contrário, não tinha jumentos na platéia para aplaudir o Ladrão…

    Assim que o Presidente Franco-Tucano-Suiço teve a palavra já no inicio foi aquela sova..

    Esfregou e arrastou a cara do Presidemente no chão sem dó….

    Foi um massacre…

    aquele abraço

  5. Senhor J.R. Guzzo (Estadão) , não achas que essa ridícula retórica de tratar as pessoas que não comungam das cartilhas de Israel , EUA e OTAN como se ” traficantes de drogas , antissemita e terroristas ” fossem , não seria o caso de se dar um basta nessa palhaçada de ” antissemita ” , e ir abordar o cerne da questão , que é o ” extermínio e holocausto ” do povo Palestino escravizados por Israel a mais de 50 anos , com o agravante de que Israel montou uma nova ” milícia ” a seu serviço para fazerem frente ao Grupo Hamas sua cria , sendo que os componentes dessas milícias são Palestinos que provavelmente perderam seus lares , partes ou toda sua família .

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