
Senador Rodrigo Paz, de direita, vence o primeiro turno
Bruno Gomez Musa
TimeLine
Permitam-me compartilhar com vocês uma preocupação profunda que carrego: a Bolívia. Hoje, ao observar a situação da nação andina, sinto um frio na espinha, pois vejo ali um espelho, um reflexo do que pode se tornar o Brasil se não abrirmos os olhos. A Bolívia está à beira de uma “ruína econômica” e, pasmem, quase uma “guerra civil”.
Não é um exagero; é a triste realidade de 25 anos de políticas populistas de extrema esquerda, lideradas por Evo Morales e, mais recentemente, por Luis Arce. A mensagem que tiro disso é clara: se o Brasil não se desvencilhar dessas práticas, corremos o risco real de trilhar o “mesmo caminho” para o colapso.
NA DERROCADA – Os números, meus amigos, são implacáveis. A inflação na Bolívia está flertando com 25% anuais. Pensem nisso… E as reservas internacionais, que em 2014 eram robustos US$ 15 bilhões, hoje se arrastam em meros US$ 1,7 bilhão. Comparem com a reserva do Brasil, aproximadamente US$ 340 bilhões.
O governo boliviano gasta mais do que arrecada, e o déficit fiscal é financiado pela impressão de dinheiro e pela emissão de dívida. É uma espiral de autodestruição. O PIB per capita deles, estagnado e abaixo de US$ 4 mil entre 2015 e 2023, é a prova da ausência de crescimento real após o período de bonança das commodities.
Sim, a dependência do gás natural, principal motor de exportação, cobrou seu preço, com a queda dos valores, mas os gastos populistas, esses não acompanharam o freio nas receitas.
DÍVIDA X PIB – Consequentemente, a relação entre dívida e PIB explodiu, superando os 80% e tornando-se insustentável. E a cereja do bolo da crise, o que paralisa tudo, é a escassez de dólares, que impede a importação de combustíveis, travando transporte, distribuição e toda a atividade econômica. É desolador.
A semente dessa crise, acreditem, foi plantada lá no início dos anos 2000. Tanto a Bolívia, sob Evo Morales, quanto nós, sob Lula, vivenciamos um período de fartura impulsionado pelos altos preços das commodities.
E aqui está o ponto crucial: o influxo de dólares não foi canalizado para investimentos em produtividade de longo prazo. Em vez disso, foi usado para financiar políticas populistas, subsídios e programas sociais ineficientes. Isso gerou um crescimento artificial de curto prazo, inflado pelo expansionismo fiscal, mas sem bases sólidas.
EXAUSTÃO – A conta, como sempre, chegou quando os preços das commodities despencaram. As receitas diminuíram, mas os gastos populistas persistiram, levando ao financiamento via dívida, à explosão do endividamento público e à exaustão das reservas. Eu vejo essa “fórmula do fracasso” boliviana e a comparo diretamente com as práticas que temos observado no Brasil. É um alerta de causa e efeito que não podemos ignorar.
A trajetória de Evo Morales, que assumiu a presidência em 2005, é para mim o manual do populismo autoritário. Em 2008, ele expulsa a agência antidrogas dos Estados Unidos e nacionaliza recursos naturais, inclusive a Petrobras boliviana. Em 2009, elabora uma nova Constituição, que permitia a reeleição, garantindo-lhe 8 anos no poder. E Morales não parou. No fim de seu terceiro mandato, tentou um quarto, com base numa “tecnicalidade”.
NO SUPREMO – O desrespeito à vontade popular ficou evidente quando, após perder um referendo popular que rejeitava sua permanência, ele recorreu ao Tribunal Constitucional – com juízes que ele mesmo havia indicado –, que convenientemente permitiu sua candidatura. Em 2019, denúncias de fraude eleitoral feitas pela OEA e a retirada de apoio do Exército levaram à sua renúncia.
Na eleição desta semana, o populismo de esquerda foi varrido do poder. O segundo turno será disputado por dois nomes de direita: Rodrigo Paz (Partido Democrata Cristão) obteve mais de (32,08%) e Tuto Quiroga (Aliança Livre), com 26,94%), segundo resultados preliminares divulgados pelo Tribunal Supremo Eleitoral.
Apesar de todas as sombrias comparações, preciso reconhecer que o Brasil, até o momento, não atingiu a mesma ruína da Bolívia. E por quê? Atribuo essa diferença a dois fatores cruciais: a nossa pauta exportadora e a indústria brasileira são muito mais diversificadas e robustas, garantindo maior resiliência econômica. Além disso – e aqui faço uma aposta com o futuro –, sugiro que a população brasileira, especialmente a partir de 2025, parece estar “mais acordada” para os riscos do “regime nefasto” do autoritarismo e do populismo. Isso pode gerar – e espero que seja assim – uma maior resistência a essas práticas
Intervencionismo militar dos EUA na América Latina?
Envio de navios americanos à Venezuela traz riscos ao Brasil
É temerário o envio de uma frota de navios de guerra americanos, com fuzileiros navais e aviões de reconhecimento, em direção à Venezuela.
O Brasil se preocupa com a movimentação de forças americanas na Venezuela, país com o qual tem 2 mil quilômetros de fronteiras.
Fonte: O Globo, Opinião, 23/08/2025 00h10 Por Editorial
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Crise envolve Forças Armadas: ao ‘adiar’ operações militares, Lula adia relações com EUA
Por mais que as Forças Armadas e o Itamaraty tentem manter frieza e minimizar o envio de navios dos EUA à costa da Venezuela e de um avião branco, sem bandeira e com agentes da CIA, ao Sul do Brasil, é claro que os movimentos de Laranjão afeta os países da região e são muito preocupantes.
O avião no Brasil, vá lá, até porque não é novidade. Mas destróieres e três navios de guerra? Sob o pretexto do combate ao crime organizado?
Nos bastidores, as falas do governo brasileiro tentam passar tranquilidade, com cuidado para não aumentar a tensão. Na prática, porém, as ações e recados de Laranjão são sequenciais e a cada dia mais ameaçadores.
Trump usa o combate ao crime organizado para mandar os navios e recorre às falsas alegações de “caça às bruxas”, “censura” e “ditadura do judiciário” para atacar o Brasil.
Agora, Lula, Itamaraty e Forças Armadas usam pretextos para “adiar” (leia-se: cancelar) operações militares com os EUA: das duas Marinhas em Formosa (GO), em setembro, e a Core, dos dois Exércitos em Petrolina (PE), em outubro. De quebra, também estão suspensas as operações Arandu, com a Argentina, e Minuano, com o Uruguai.
Com tanta tensão, meia palavra (ou meia linha) basta para deixar claro que não há clima, nem vontade de qualquer operação militar com os EUA.
As três forças mantêm centenas de militares nos EUA, cem deles só do Exército, mas as relações Brasil-EUA, que têm 200 anos, estão “adiadas”, ao menos até o desfecho do avanço de Laranjão sobre a Venezuela e do julgamento de Bolsonaro e sabe-se lá até quando.
Fonte: O Estado de S. Paulo, Política, 21/08/2025 | 21h23 Por Eliane Cantanhêde
O REAL (R$), desacompanhado de projeto novo e alternativo de política e de nação, apenas trocou o dragão da inflação pelo monstro da agiotagem extorsiva e do endividamento mortal da nação. PORTANTO, sem uma moeda forte no bojo do projeto novo e alternativo de política e de nação, como propõe a RPL-PNBC-DD-ME, há 35 anos, o Brasil continuará condenado à eterna condição de fundo de quintal dos EUA, com direito a esbanjar o velho “complexo de vira-lata”, a lambeção de botas e a babação de ovos, à mercê de todos os acessos de loucuras de Tio Sam que se diferencia do resto do mundo apenas pela supremacia do dólar, papel pintado vendido e comprado a peso mundo afora, fato que mantém os compradores internacionais de rabo preso com o mercado norte-americano que, assim, vai bem obrigado. POR OUTRO LADO, Discursos bonitos, eloquentes, volumosos, inflamados, ufanistas, motivacionais, ajudam, mas, desacompanhados de medidas evolutivas eficazes bem definidas que resolvem a problemática, ficam só na boa vontade, na seara das boas intenções. ABERTURA DEMOCRÁTICA MÁXIMA À PARTICIPAÇÃO POPULAR CABEÇA, com mais chances para as mulheres formarem inclusive maiorias nos governos e nas casas legislativas, é disso que a Democracia está necessitando. TANTO LÁ QUANTO CÁ, verdade seja dita justiça seja feita, quem está matando a democracia-partidária-eleitoral é ela mesmo, alicerçada na plutocracia putrefata com jeitão de cleptocracia e ares fétidos de bandidocracia, através dos seus próprios operadores que nela estão injetando doses muares do próprio veneno. Daí a necessidade de reinventá-la com urgência urgentíssima, fazê-la evoluir, blindá-la, dotá-la de anticorpos, antes que seja tarde demais, tendo em vista a invasão de legiões de psicopatas loucos por dinheiro, poder, vantagens e privilégios, sem limite$, sem sensibilidade humana, sem ética, sem escrúpulos e sem remorsos, como já aconteceu no passado da humanidade com as invasões bárbaras…. Urge pedir arrego ao povo cabeça, colocá-lo na parada, na linha de frente, para conter o avanço do povo sem cabeça manipulado pelos déspotas, mitomaníacos, populistas, oportunistas e aproveitadores do sistema, mais furado do que queijo suíço…, de modo que é inegável que evoluir é preciso, como propõe a Democracia de verdade, Direta, com Meritocracia e Deus na Causa, do Brasil para o mundo. https://www.facebook.com/GloboNews/videos/1578981793031509