Governo quer “abrigar” na AGU mais 8,5 mil procuradores num prédio colossal

Foi um freio de arrumação na litigância predatória contra o Estado no Brasil”, diz Messias à CNN | Blogs | CNN Brasil

Messias não explica por que pretende “entupir” a AGU…

Claudio Dantas

Enquanto o governo Lula promove sob pressão um corte bilionário no orçamento federal, dentro da Advocacia-Geral da União de Jorge Messias está sendo engatado um verdadeiro trem da alegria, que aumentará o número de integrantes do órgão em pelo menos 8.500 servidores, ou seja, um incremento de 126%.

Um projeto de lei em preparação prevê incorporar à AGU os procuradores federais e do Banco Central, que, atualmente, integram a Procuradoria-Geral Federal e o BC e são apenas vinculados.

DIZ A LEI – A criação da AGU previu, como membros, apenas os Procuradores da Fazenda Nacional (total aproximado de 2.694, incluindo aposentados e pensionistas) e os Advogados da União (4.069 aproximadamente, com aposentados e pensionistas), totalizando cerca de 6.763 servidores que representam juridicamente a União.

Ou seja, os membros originários são em número inferior até aos servidores que podem vir a ingressar na estrutura da AGU. Os procuradores da Fazenda Nacional e advogados da União reclamam nos bastidores, classificando a medida como inoportuna, inconstitucional e irregular.

Os defensores do projeto alegam que os procuradores federais e do Banco Central já tem remuneração igual à das demais carreiras e que não haveria aumento de despesa.

NÃO HÁ CÁLCULOS – Porém, fontes internas do órgão dão conta de que não há como evitar o impacto orçamentário-financeiro da medida, mas que o seu valor é desconhecido e não foi apurado até o momento, o que está causando estranhamento, já que o corte de gastos é hoje a tônica na Esplanada.

Além disto, afirmam que os números do trem da alegria podem ser ainda maiores, pois há milhares procuradores autárquicos e fundacionais e assistentes jurídicos dos entes descentralizados, hoje procuradores federais, que ficaram em quadros em extinção sob gestão do MPDG quando da LC 73 e que podem migrar para a AGU, pois há pleito destes servidores, que buscam sua inclusão na proposta em estudo.

Quem é contra a proposta da AGU, além do aumento da despesa da União, levanta outros aspectos relacionados à estrutura e imagem institucional do órgão. Alertam que, à época da criação da AGU, o Partido dos Trabalhadores, base do atual governo, posicionou-se, expressamente, contra o trem da alegria, especialmente com o suporte do deputado Hélio Bicudo.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A notícia do site de Cláudio Dantas não tem outra explicação. O que se diz é que Messias quer construir mais um palácio em Brasília para abrigar essa super-AGU e render propinas para a campanha do PT no ano que vem. Apenas isso, não há outra justificativa. (C.N.)

1 thoughts on “Governo quer “abrigar” na AGU mais 8,5 mil procuradores num prédio colossal

  1. Prometer luz e entregar sombras – é estelionato eleitoral

    Promessa de ‘governo transparente’ virou fumaça. Governo Lula multiplica sigilos, oculta gastos e restringe acesso a documentos públicos, expondo o engodo da ‘frente ampla democrática’

    Durante a campanha eleitoral, Lula agitou a bandeira da transparência como um dos ativos morais de sua candidatura.

    O governo Lula aumentou os gastos sigilosos no cartão corporativo e manteve o segredo de cem anos sobre as despesas, como fez Bolsonaro.

    O Planalto se recusa a divulgar dados sobre viagens presidenciais, visitas à primeira-dama, relatórios sobre emendas parlamentares e até registros de entrada e saída em edifícios públicos.

    A insistência em manter o sigilo é reveladora da má-fé institucional que anima este governo. Transformou-se em regra o que deveria ser exceção em um processo de poluição dos arquivos públicos engendrado por subterfúgios técnicos, mas motivado por razões políticas.

    É exatamente a atitude que Lula jurava combater. A diferença está no discurso, e não na prática.

    Segundo levantamento da Controladoria-Geral da União, nos dois primeiros anos de Lula, 7,9% dos pedidos via LAI foram negados. Sob Bolsonaro, no mesmo período, foram 7,7%. A média de recusa por “dados pessoais” se manteve alta, revelando que, se o Executivo mudou de cor, não mudou de conduta. Em alguns aspectos, até retrocedeu.

    Lula se elegeu prometendo liderar uma “frente ampla” contra o obscurantismo e a opacidade. Prometeu restaurar a verdade, abrir arquivos, democratizar a informação. Entregou o oposto, perpetuando o sigilo e instrumentalizando a legislação para ocultar dados.

    Prometer luz e entregar sombras é mais que contradição ou hipocrisia – é estelionato eleitoral.

    Fonte: O Estado de S. Paulo, Opinião, 27/05/2025 | 03h00 Por Editorial

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