
Moraes não permite que as testemunhas se expressem
João Rosa e Lucas Schroeder
da CNN
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), repreendeu uma testemunha de defesa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres durante depoimento nesta quarta-feira (28). Antonio Ramiro Lourenzo, ex-secretário executivo do Ministério da Justiça, foi ouvido no processo que apura a tentativa de golpe de Estado em 2022.
No decorrer de sua oitiva, Lourenzo disse ao ministro do Supremo: “Essa palavra ‘golpe’ eu só escuto na mídia. Acho que não teve nada nesse sentido de golpe.”
MORAES INTERVÉM – Foi então que Moraes interrompeu a fala do depoente e chamou sua atenção: “Se o senhor acha ou não que houve golpe, isso não é importante para a Corte. Se atenha somente aos fatos”, pediu o magistrado.
O ministro do STF voltou a demonstrar incomodo em um momento do depoimento de Rosivan Correia de Souza, servidor da Secretaria da Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF), que também é testemunha de defesa de Torres.
O fato ocorreu quando Rosivan tentou minimizar o poder de Torres — que foi secretário da Segurança Pública do DF em 2023 — sobre o comando da Polícia Militar da capital federal. Segundo o depoente, o Comando-Geral da PM-DF não estaria subordinada à secretaria, mas apenas vinculado a ela.
TINHA HIERARQUIA? – Ao final do depoimento, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, questionou se de fato não havia hierarquia entre a SSP e a Polícia Militar.
Advogados de Torres intervieram, argumentando que, conforme o organograma do governo do DF, a relação entre a PM e a SSP seria de vinculação, e não de subordinação.
Moraes, então, pediu a palavra e rebateu: “Eu fui secretário de Segurança. Há relação de total subordinação. O secretário de Segurança comanda a Polícia Militar e a Polícia Civil”, afirmou, exigindo que a testemunha respondesse diretamente ao questionamento feito pela PGR.
RAINHA DA INGLATERRA – A testemunha manteve a posição inicial e reiterou que, no Distrito Federal, não existiria subordinação formal da PM à SSP, mas apenas uma vinculação administrativa, fato que mudaria bastante as circunstâncias que envolveram o quebra-quebra do 8 de Janeiro.
Diante disso, Moraes se irritou e ironizou: “O secretário de Segurança é uma rainha da Inglaterra aqui?”.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Moraes é incontrolável e continua tentando redirecionar os depoimentos das testemunhas de defesa, para que incriminem os réus. Sua atuação é ilegal e patética.
(C.N.)
Aqui no ceará, temos uma chacota antiga: ‘morou, morais; se não morou, não mora mais’…
O magistrado batendo boca com testemunhas e silenciando (cortando o som do microfone) dos advogados de defesa; esse é o nível das pessoas de notável saber jurídico, escolhidas para a mais alta corte do país.
O petismo destruiu a Justiça brasileira para se apoderar do país e saquear o povo brasileiro impunemente.
Verdade “verdadeira” !!!
Moraes continua achando que sua criatividade é o justo.
O Moraes está escudado pelas FFAA e pensa que tem poder absoluto. Só que confiar nos Melancias pode ser fatal pois eles só pensam neles mesmos.
Lembrar ao Morais:
“ com as devidas vênias o senhor é na hierarquia do supremo abaixo do presidente do supremo mas, no entanto, não tem as suas ações e decisões subordinada s ao desejo do presidente”.
Assim deviam responder ao achista da vez.