Trump está vencendo? Sim, mas haverá inflação e também perda de credibilidade

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Charge do Amarildo (Arquivo Google)

Hélio Schwartsman
Folha

Donald Trump está vencendo? Por algumas contas, sim. Ele está conseguindo impor sobretaxas a seus parceiros comerciais sem encontrar resistência organizada. Nessa brincadeira, o Tesouro americano já arrecadou US$ 150 bilhões com tarifas, valor que deve pelo menos dobrar até o final deste ano.

A fórmula para lidar com valentões como Trump é não apenas conhecida como está inscrita em nossos DNAs de primatas gregários. É a reciprocidade, direta ou indireta. Na literatura de teoria dos jogos, as estratégias vencedoras ganham nomes como “tit-for-tat” e “win-stay, lose-shift”.

PRAGMATISMO – É claro que só funciona se os agentes tiverem poder de fogo comparável ou se atores mais fracos se unirem para dar uma resposta coordenada. E é aí que está o problema. Mesmo atores que teriam cacife para peitar o Agente Laranja, como a União Europeia, optaram por aceitar perdas para evitar uma escalada que poderia trazer prejuízos ainda maiores mais adiante. Prudência ou covardia?

A tática de Trump de alternar entre tratamentos relativamente benignos para quem se submete e ameaçar com o apocalipse para os que ensaiam resistência torna o pragmatismo tentador.

Devemos então reconhecer o presidente americano como gênio da estratégia e mestre das negociações? Não tão rápido. Como eu disse no início, Trump está se dando bem por algumas contas. E são contas que consideram só o curto prazo.

O JOGO MUDA – Se introduzirmos também o médio e longo prazos, o jogo muda. É muito difícil, para não dizer impossível, que as sobretaxas não gerem inflação, que costuma provocar danos eleitorais. No ano que vem Trump enfrenta as eleições de meio de mandato, que poderão custar aos republicanos o domínio de uma ou das duas Casas do Legislativo.

De forma mais dramática, Trump desfaz décadas de política de alianças, baseada em laços de confiança, soft power e ajuda externa, pela qual outros presidentes americanos tanto se empenharam.

Mesmo no pós-Trump, outros países não voltarão tão cedo a confiar nos EUA, cuja liderança sairá muito machucada.

12 thoughts on “Trump está vencendo? Sim, mas haverá inflação e também perda de credibilidade

  1. Datafolha: em crise com Trump, Lula mantém reprovação de 40% e aprovação de 29%

    Dados pouco variaram desde julho, quando o governo era avaliado como péssimo e ruim pelo mesmo percentual

    Mesmo após conflito com Trump e discurso de soberania de Lula, Datafolha aponta que avaliação negativa do governo se mantém em 40%

    Levantamento mostra pouca variação em relação à última aferição, em julho. Na ocasião, a percepção negativa era a mesma e a positiva oscilou um ponto percentual, de 28% para 29%

    O Estado de S. Paulo, Pulso, 02/08/2025 12h51 Por Fernanda Alves

    Barba achou que o tarifaço estava melhorando a popularidade do seu governo. Mas… Eis que vem o Datafolha, e ‘estraga tudo’.

  2. É muito difícil pra quem esteja em plena vigência da Nova Ordem Mundial advinda da Quarta Revolução Tecnológica perceber o que se passa. A primeira Revolução Industrial é passível de reflexóes inócuas atá hoje, embora Marx a tenha decifrada já ao seu tempo.

    Não se trata de garantir hegemonias micros e macroeconômicas, trata-se de hegemonizar este processo.

    Nesta toada, o Brasil, digo, seu desgoverno, que sobrevive da Indústria da Miséria, está situado em meados doo século passado.

    Aliou-se ao Eixo Ditatorial da peleja e sifu.

    Simples assim!

    A China, lider do tal Eixo abandonou o Lule, sua babá stefiana jogando pedra na Lua sozinhoa.

    Idiotice, vagabundagem, vantagem econômica, o que jsutifica tamanha imbecilidae?

  3. Aqui se faz e aqui se paga. Se arrependimento matasse.

    Bananinha, o traidor da Pátria, tem esperança de que Laranjão salve o ex-mito. É melhor já ir se acostumando com a ideia de que não haverá salvação nem para o pai nem para ele próprio.

    Laranjão não irá à guerra em defesa de uma família de trapalhões. Convenceu-se de que somente Barba teria a ganhar com isso.

    Em parte, debite-se a Bananinha uma eventual derrota da direita na eleição presidencial do próximo ano. A ele e ao papai.

    Fonte: Metrópoles, Opinião, 02/08/2025 05:30 Por Ricardo Noblat

  4. Das taxas
    Devemos concluir que Trump e Haddad rezam pela mesma cartilha ou o bandido é sempre o outro?
    Para os fariseus as taxas de Haddad são do bem.

  5. As maiores democracias do mundo se lascaram, União Soviética, China, Cuba, usaram a foice e o martelo nesse serviço.
    A foice e o martelo fizeram uma lenha! Hehehe

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