
Fotos em drones mostram a adesão ao alto na Paulista
Deu no Metrópoles
Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) saíram às ruas, neste domingo (3/8), em 62 cidades de todo o país. A pauta das mobilizações também inclui o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Os atos ocorreram em todas as regiões do país, no contexto da imposição de medidas cautelares a Bolsonaro, como o uso de tornozeleira eletrônica. Devido às restrições, o ex-presidente não pode sair de casa aos fins de semana e, por isso, não participou presencialmente de nenhuma das manifestações convocadas para este domingo, mas fez algumas videochamadas e assistiu aos atos em Brasília, transmitido por uma assessora, no Rio, pelo filho Flávio Bolsonaro (PL-SP), e em Belém, pela mulher, Michelle.
GOLPE DE ESTADO – O ex-presidente é réu no processo relacionado a uma suposta tentativa de golpe de Estado, que teria ocorrido em 2022 para mantê-lo no poder, mesmo após a vitória do presidente Lula da Silva (PT). A ação penal é conduzida por Moraes no STF.
A anistia em pauta visa livrar Bolsonaro de uma possível condenação que pode levá-lo à cadeia. O perdão se estenderia, ainda, aos demais réus no processo que trata da trama golpista e aos condenados pelo 8 de Janeiro.
Em Brasília, o grupo se reuniu no Eixão Sul, em frente ao Banco Central, a partir das 10h. Tradicionalmente, a rodovia fica fechada aos domingos para o lazer dos moradores da cidade, o que facilitou o encontro.
BANDIDO É LULA – A deputada Bia Kicis (PL-DF) subiu ao carro de som por volta das 10h, logo no início dos protestos, e discursou. “A gente sabe que o nosso presidente é um homem inocente, limpo, honesto, patriota. Ele não é bandido para usar tornozeleira. Bandido é o Lula. Essas mulheres e esses homens perseguidos do 8 de janeiro, que estão de tornozeleiras, sofrendo ou até mesmo presos”, disse a parlamentar
“Hoje é o dia de a gente mostrar a nossa garra e o nosso coração. Hoje é o dia de a gente mostrar que o brasileiro tem coragem, é patriota e solidário. Nós estamos juntos. Viva o Brasil”, finalizou.
Após a fala da deputada, tocaram o Hino Nacional no carro de som, que foi cantado efusivamente pelos manifestantes. Segundo os organizadores do evento, 12 mil pessoas estiveram no ato.
ATAQUE A MORAES – Outros políticos, como o senador Izalci Lucas (PL-DF) e os deputados distritais Thiago Manzoni (PL) e Pastor Daniel de Castro (PP), também marcaram presença no local. O desembargador Sebastião Coelho, aposentado do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) aproveitou para dizer que a direita pretende pressionar o Congresso Nacional “em busca de medidas”. “Alexandre de Moraes, você não é um juiz, você é um criminoso”, atacou.
A deputada federal Caroline de Toni (PL-SC) questionou “que crime Bolsonaro cometeu?”. A parlamentar disse, ainda, que a oposição pretende pautar no Congresso o pedido de anistia aos réus do 8/1, bem como uma solicitação de impeachment de Moraes.
EM COPACABANA – As ruas de Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro, também foram ocupadas por manifestantes, na manhã deste domingo (3/8). O ato em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro está previsto para começar as 11h. A estação de metrô do Cantagalo ficou lotada de bolsonaristas, que se dirigiam ao ato.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, esteve na manifestação e conversou com o Metrópoles pouco antes de subir no trio elétrico.
“A gente é muito grato pelas pessoas que, mais uma vez, estão nas ruas para lutar pelo país. O que tem acontecido no Brasil é fruto de toda perseguição de Alexandre de Mores, que, para a vergonha brasileira, é uma autoridade sancionada pela maior democracia do mundo. As pessoas não podem fingir que o Brasil está em normalidade, porque não está. E quem está aqui hoje, em Copacabana, e quem está nas ruas de todo o Brasil está vindo nos ajudar. Esse é o momento de resgatar nossa liberdade e buscar a normalidade no Brasil”, disse.
LÍDER MUNDIAL – O governador Cláudio Castro (PL-RJ) foi ao protesto e discursou de cima do trio. “E esse grito, meus irmãos. está sendo gravado e vai ecoar pelo Brasil e pelo mundo inteiro. Porque o único líder mundial hoje que outras nações param o que estão fazendo para defender é Bolsonaro. Por isso, temos de começar hoje uma grande campanha. Não há plano B ou plano C. Nós queremos Bolsonaro para presidente da República. Viva a democracia. E viva a Bolsonaro”, gritou.
APOIO A EDUARDO – A Praça da Liberdade, em Belo Horizonte virou palco da manifestação de apoiadores, neste domingo. Um dos nomes mais lembrados pelo público foi o do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), alvo de gritos efusivos de “obrigado” ao longo do ato.
Mesmo ausente, Eduardo foi citado por manifestantes em razão de sua atuação nos Estados Unidos, onde está desde março. De acordo com declarações anteriores do próprio parlamentar, sua permanência no país tem dois objetivos: articular apoio com aliados do ex-presidente Donald Trump para uma possível anistia aos investigados pelos atos de 8 de janeiro de 2023, em Brasília, e pressionar por sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Na última quarta-feira (30/7), Moraes foi oficialmente sancionado pela Lei Magnitsky, norma americana que permite punições a indivíduos acusados de envolvimento em violações de direitos humanos. A medida foi celebrada por bolsonaristas nas redes sociais e também durante o ato na capital mineira.
OUTROS ESTADOS – De acordo com a Polícia Militar de Minas Gerais, a manifestação ocorreu de forma pacífica e não houve registro de confusões ou confrontos no local.
Pré-candidato ao Senado por Santa Catarina , o vereador carioca Carlos Bolsonaro (PL) escolheu a cidade de Criciúma (SC) para participar dos atos pró-anistia ao pai e contra o ministro do STF Alexandre de Moraes.
Carlos foi visto no protesto realizado no município. Em uma das imagens, ele aparece cumprimentando o deputado federal Daniel Freitas (PL-SC), que tem base eleitoral na região.
EM SALVADOR – Pelo terceiro domingo seguido, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foram às ruas de Salvador. O ato “Reaja, Brasil” ocorreu no Farol da Barra, com bandeiras do Brasil e trio elétrico.
A manifestação foi organizada por aliados de Bolsonaro na Bahia, como os deputados estaduais Diego Castro, Leandro de Jesus e deputado federal Capitão Alden, todos do PL-BA. Os parlamentares convocaram o público pelas redes sociais. O protesto começou às 9h e integrou a série de atos simultâneos pelo país.
Nos dois domingos anteriores, os bolsonaristas se reuniram na orla do Costa Azul, no bairro do Stiep, e também no Farol da Barra. As manifestações pedem anistia aos investigados dos atos de 8 de janeiro e criticam decisões do STF.
MICHELLE EM BELÉM – A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro participou do ato em apoio ao marido e ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em Belém (PA). A manifestação começou às 8h, na avenida Assis de Vasconcelos.
Michelle optou por não comparecer ao ato principal do dia, na Avenida Paulista, em São Paulo, o que gerou incômodo entre aliados. A ex-primeira-dama já havia se ausentado de outras mobilizações organizadas pelo pastor Silas Malafaia, como em Copacabana (em março) e na Paulista (em junho).
Em São Paulo, onde a manifestação começou às 14h, bolsonaristas começaram a chegar à Avenida Paulista no final da manhã. Organizado por Malafaia, o palco montado para os bolsonaristas contou com dois trios elétricos estacionados na esquina com a rua Peixoto Gomide.
NUNES PRESENTE – O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), participou da manifestação. Ele não foi ao último ato bolsonarista em São Paulo, em 29 de junho. No entanto, na manifestação anterior, em abril, Nunes chegou a discursar no palanque e foi tratado como “anfitrião” pelo principal organizador do evento, pastor Silas Malafaia.
Sem o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que faz um procedimento no Hospital Albert Einstein, na zona oeste da capital, a ida de Nunes à Paulista é mais um gesto de aproximação do prefeito paulistano ao bolsonarismo.
O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) foi a principal atração entre políticos que fizeram o uso da fala no ato deste domingo em SP. No discurso, o parlamentar atacou o ministro Alexandre de Moraes, criticou a diplomacia do governo Lula e cobrou os presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), e do Senado, Davi Alcolumbre (União).
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Jair Bolsonaro continua a ser o principal líder da direita. Tem grande chance de derrotar Lula, mas depende do Congresso, que terá de aprovar a anistia, sem que o Supremo derrube o projeto por inconstitucionalidade. Além disso, há a inelegibilidade no TSE, o que é ainda mais complicado, a não ser que também conste na anistia. (C.N.)
As manifestações de hoje pelo País parecem ter estragado o final de semana de Barba, que nem teria feito o pronunciamento que faria na TV, em cadeia nacional.
O governador Cláudio Castro (PL-RJ) está há três anos sem conceder reajuste nos vencimentos do servidores públicos estatutários ativos,aposentados e pensionistas do Estado do Rio de Janeiro.
Cláudio Castro que, não honra com os reajustes anuais dos seus servidores irá, ainda este mês, enfrentar algumas manifestações de entidades sindicais.
Mais uma prova que patriotismo verdadeiro (nacionalismo) não tem a ver com a pessoa brandir bandeiras, vestir camiseta, processar fé. Esse patriotismo de araque, de cidadãos SPD, que desprezam grande parte do povo, usam o patriotismo falso para manipulação.
Claro que alguns são manipulados por não terem clareza no pensamento ou até porque no fundo se identificam com valores escondidos e que numa multidão vêm à tona. É o efeito da manada que acontece nessas ocasiões.
Porque não lançar mãos e aplica-las imediatamente as ” Leis de segurança nacional ” da era da ditadura civil militar ainda vigente , sendo que essa lei prevê a pena de morte aos traidores da pátria , tanto contra Jair Bolsonaro , seus filhos e seus comparsas congressistas e da sociedade civil , empresarial e militar , pois ironicamente essa corja sempre invocaram-nas inúmeras vezes para usa-las contra seus ” críticos , desafetos e opositores ” como forma de intimida-los e silencia-los ao longo de todo o mandato de Jair Bolsonaro , com amplo apoio do congressistas Brasileiros envolvidos nos mais diferentes crimes o país .
Em nenhum momento, até onde percebi, se diz no artigo quantos pindoramenses se juntaram em todo o país pra louvar Bolçassauro. No “datafolha” e similares não dá pra acreditar. Alguém aí poderia me iluminar com tal informação?