Paulo Peres
Poemas & Canções
A escritora, jornalista e poeta Clarice Lispector (1920/1977), nascida na Ucrânia e naturalizada brasileira, sustenta que “O Sonho” é para ser praticado durante a vida, juntamente com muita felicidade.
O SONHO
Clarice Lispector
Sonhe com aquilo que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida
e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que quer.
Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.
As pessoas mais felizes não tem as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor das oportunidades
que aparecem em seus caminhos.
A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem
a importância das pessoas que passaram por suas vidas.
Que me desculpem minha insignificância. Como a vida dura me fez duvidar das coisas, li o poema com o espírito de um crítico.
Pois bem, lá vai minha crítica:
1. “As pessoas mais felizes não têm as melhores coisas.”
Acho que a poetisa quis dizer que a felicidade das pessoas não advém do fato de elas terem muitas coisas. De outro modo a sentença não teria nenhum sentido.
2. “A felicidade aparece para aqueles que choram”
Meu Deus, essa frase não tem sentido algum. Fosse assim, todos os pobres seriam felizes porque não lhes faltam motivos para o choro.
A felicidade é um estado de espírito que envolve sentimentos positivos, realização de objetivos, estar contente com o que faz, etc.
Passados 2 anos o Face republics lembranças aqui postados por Paulo Peres, à quem sou grato!
“Poemas & Canções.”
Autor de 195 poemas, o projetista e poeta André Luiz Schossland (1973-2021), nascido em Joinville (SC), no poema “Surdina”, expressa o que escreveu sobre momentos, sentimentos, caminhos e pessoas durante a vida.”
“SURDINA…”
André Luiz Schossland
“Escrevi tanta coisa
Nesta vida…
Foram tantos versos
Falei sobre o dia… Falei sobre a noite
Povoei-me de dores, mas também
Sem querer, falei de amores…
Fiz paralelos, trilhei por caminhos
Que nem mesmo conheci, mas também
Foram tantos que com certeza vivi.
Falei de meu pai,
Construí versos para meu irmão
Lembrei-me de meu filho,
Mas não consegui nem mesmo
Escrever versos para minha mãe.
Foram tantos versos sobre amor,
Solidão, foram lágrimas, foram choros
Foram por certo incontidas as investidas,
Mas já estão cansadas minhas pálpebras
Na surdina desta noite que suporto…
Escrevo uma vez mais um poema…
Ou outra vez mais outro lamento?”