Trump arma ofensiva diplomática na Ásia e tenta equilibrar poder entre China e América Latina

Trump tem em sua agenda um encontro decisivo com Xi Jinping

Pedro do Coutto

Após o encontro cordial com o presidente Lula da Silva na Malásia, Donald Trump segue ampliando sua estratégia global de reaproximação comercial. O presidente norte-americano tem agora em sua agenda um encontro decisivo com Xi Jinping, na China, onde pretende firmar acordos que possam redefinir a balança de poder econômico entre Washington e Pequim.

Segundo fontes diplomáticas, Trump oferecerá isenções tarifárias a países do Sudeste Asiático — entre eles Tailândia, Vietnã, Camboja e a própria Malásia — numa clara tentativa de reforçar a presença dos Estados Unidos na região e conter a influência crescente da China sobre seus vizinhos.

“NEGOCIADOR GLOBAL” – O movimento é típico do estilo político de Trump: pragmático, transacional e fortemente voltado à imagem de “negociador global”. A visita à Ásia acontece em meio a uma série de reviravoltas na política comercial americana, que nos últimos meses impôs e agora revisa tarifas com objetivos de pressão diplomática.

A nova rodada de viagens presidenciais tem um duplo propósito — reposicionar os Estados Unidos como centro das cadeias produtivas globais e reconstruir pontes com parceiros estratégicos afetados por medidas protecionistas anteriores.

A China, por sua vez, teria aceitado um acordo parcial envolvendo o mercado da soja, um dos pontos de maior atrito entre as duas potências. Para Trump, a concessão chinesa representa uma vitória simbólica: ela sinaliza que Pequim está disposta a flexibilizar barreiras em troca de estabilidade e previsibilidade no comércio bilateral. Esse gesto também tem impacto direto sobre o Brasil, já que o país é um dos maiores exportadores de soja para o mercado chinês e pode ver o equilíbrio global desse setor se modificar.

APROXIMAÇÕES – A ofensiva asiática de Trump é parte de um jogo mais amplo de aproximações simultâneas. Ao estender a mão a Lula da Silva e acenar positivamente à China, o presidente norte-americano tenta redesenhar um mapa de alianças comerciais que combine política de resultados com pragmatismo geoeconômico.

Em um contexto global de tensões e disputas, Trump aposta em sua capacidade de negociar com todos os lados, mesmo com líderes ideologicamente opostos, para consolidar um novo eixo de influência baseado em vantagens econômicas e parcerias seletivas.

OPORTUNIDADE – Para o Brasil, esse novo tabuleiro representa tanto uma oportunidade quanto um desafio. Se Lula souber aproveitar o canal de diálogo aberto na Malásia, poderá garantir espaço para o país em futuras negociações multilaterais e até equilibrar sua posição entre Washington e Pequim.

O fato é que Trump, em seu retorno ao centro do poder mundial, parece disposto a usar a diplomacia econômica como principal arma para reposicionar os Estados Unidos. E cada gesto seu, da América Latina à Ásia, tem o potencial de redefinir a dinâmica comercial global nas próximas décadas.

4 thoughts on “Trump arma ofensiva diplomática na Ásia e tenta equilibrar poder entre China e América Latina

  1. Xiiiiiiiii!… Jinping?

    ___________

    A territorialização do crime organizado no Rio é uma patologia social e politica

    Por décadas, o Rio de Janeiro conviveu com a ideia de que a violência urbana é parte da paisagem. A naturalização das armas, dos tiroteios, das rotas interditadas e das mortes diárias se consolidou como uma anomalia que deixou de chocar — e, como ensinou Émile Durkheim, fundador da sociologia moderna, o momento em que o patológico se torna normal é o instante em que uma sociedade começa a adoecer profundamente.

    A territorialização do crime no Rio não é apenas uma questão de segurança pública: é uma patologia social e política, resultado da corrosão prolongada dos mecanismos de solidariedade e da incapacidade das instituições de exercerem, de forma integrada, o monopólio legítimo da força.

    O ex-deputado Alfredo Sirkis, pioneiro do movimento ambientalista e ex-militante da resistência armada, diagnosticou o fenômeno há décadas: “Os traficantes têm uma topografia adequada, uma base social enraizada e uma fonte inesgotável de financiamento”.

    (…)

    Correio Braziliense, Nas Entrelinhas 29/10/2025 – 06:23 Por Luiz Carlos Azedo

    https://blogs.correiobraziliense.com.br/azedo/a-territorializacao-do-crime-organizado-no-rio-e-uma-patologia-social-e-politica/

    • Um mundo de “para tanto alçados”, se fez LOCUPLETOS servos khazarianos!
      Uma selva, dos arregimentados e enlaçados tido “iluminados” sem pátria definida!

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