Megaoperação policial: PGR cobra explicações e STF pode exigir resposta do Governo do Rio

PGR e CNDH Reagem à Tragédia no Alemão e Penha

Daniel Gullino
O Globo

A Procuradoria-Geral da República (PGR) reforçou questionamentos feitos ao governo do Rio de Janeiro pelo Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH) e por um grupo de trabalho do Ministério Público sobre a megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha, realizada na terça-feira e que deixou ao menos 119 mortos. Cabe ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinar se esses questionamentos devem ser enviados ao governo estadual.

Nesta quarta-feira, o Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH), vinculado ao Ministério dos Direitos Humanos, solicitou que o STF determinasse que o governo do Rio respondesse uma série de perguntas sobre a operação, como a justificativa formal para sua realização e quais as providências adotadas para assistência às vítimas

ADPF DAS FAVELAS – O pedido foi feito no processo conhecido como ADPF das Favelas, no qual o STF estabeleceu regras para operações policiais no Rio de Janeiro. Essa ação estava sem relator após a aposentadoria do ministro Luís Roberto Barroso, mas na terça-feira foi enviada para Moraes, para análise de questões urgentes.

Moraes, então, deu 24 horas para a PGR se manifestar sobre a solicitação. Nesta quarta-feira, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, respondeu que os esclarecimentos solicitados pelo CNDH são semelhantes aos que já haviam sido apresentados pelo grupo de trabalho, coordenado pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), criado para acompanhar o cumprimento das determinações da ADPF das Favelas. Por isso, Gonet reiterou os questionamentos feitos pelos dois órgãos.

INFORMAÇÕES – “A Procuradoria-Geral da República reitera os mesmos pedidos de informações deduzidos pelo Coordenador do Grupo, o Procurador Regional da República e membro do Conselho Nacional do Ministério Público, Dr. Antônio Edílio Magalhães Teixeira, com os acréscimos de indagações do CNDH”, escreveu o procurador-geral.

Também na terça-feira, o conselheiro do CNMP e coordenador-geral do grupo de trabalho, Antônio Edílio Magalhães Teixeira, solicitou informações sobre o cumprimento das regras estabelecidas na ADPF, como a utilização de câmeras corporais pelos policiais, o respeito às regras de buscas domiciliares, a presença de ambulâncias e o princípio da proporcionalidade no uso da força.

6 thoughts on “Megaoperação policial: PGR cobra explicações e STF pode exigir resposta do Governo do Rio

  1. Protetor Geral dos malfeitores, assaltantes, criminosos, delinquentes, ladrões, marginal, salteadores, facínoras, cangaceiros e bandoleiros da República.

  2. BARBA É O MAIS PERDIDO EM MEIO AO TIROTEIO

    Nem o presidente da República, nem o seu partido fazem a menor ideia de como combater o crime, seja com armas, com inteligência ou com espiritismo. São os mais perdidos em meio ao tiroteio.

    Barba está perdido em meio ao tiroteio. Não sabe como se posicionar em relação à megaoperação policial no Rio de Janeiro, que causou a morte de 121 pessoas, quatro delas policiais. As cenas, ontem, variaram do simplesmente patético ao “Esta Noite se Improvisa”.

    A realidade é que a segurança pública só interessa a Barba por ter passado a ser o assunto que mais preocupa os eleitores brasileiros.

    A sua questão de fundo é ideológica: a esquerda vitimiza a bandidagem, até a idealiza, e o presidente da República várias vezes deixou claro esse ponto de vista nos seus discursos. No último deles, chegou a dizer que os traficantes são vítimas dos usuários.

    Nas redes sociais, o apoio à megaoperação é acachapante, e Barba está fazendo um salto duplo twist carpado para não criticá-la diretamente e, ao mesmo tempo, não parecer que apoia o enfrentamento armado ao crime, plataforma da direita.

    (…)

    Metrópoles, Opinião, 30/10/2025 12:22 Por Mario Sabino

    https://www.metropoles.com/colunas/mario-sabino/megaoperacao-no-rio-lula-e-o-mais-perdido-em-meio-ao-tiroteio

  3. A bandidagem do poder judiciário Brasileiro quer que as polícias avisem com antecedência seus planos de operações , informando locais/dia/hora onde vão atuar/operar , permitindo que os bandidos fujam , essa foi a ordem que um juiz do STF deu ao Governador e a seu secretário de segurança do RJ ou seja , com o agravante de que sempre os juízes recebem o plano de operações das polícias com antecedência , esses mesmos juízes vazam e informam a bandidagem o dia , hora e local onde os policiais vão operar , frustrando tais operações , como é recorrente como é público e notório , sendo que os mortos encontrados mortos após o termino das operações e saída dos policiais , com toda certeza foram mortes pelos seus iguais , numa briga de entre facções visando subjuga-la , sendo que as estão atribuindo aos policiais envolvidos na operação , e proteger os marginais envolvidos .

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